Compras.com
Certamente você já fez compras pela internet. Não? Então faça. É cômodo, rápido, não tem vendedor pegando no seu pé, embrulhos para carregar, enfim, é tudo muito prático.
Mas tem as dúvidas, os receios. Será que o aparelho é bom? E meu cartão de crédito, será que não vão clonar? E se não funcionar?
Há três anos comprei uma geladeira pela internet que chegou bem antes do prazo, é muito boa, nunca deu problema e meu cartão continua meu. Foi no Extra. Me senti um herói contemporâneo, absolutamente up to date. Depois disso pequenas compras de cds, livros, passagens aéreas, essas coisas.
Semana passada comprei um mini system Gradiente com MP3 e o escambau.
Instalação feita ouvi rádio, cd e já me preparava para baixar programas de MP3 quando o aparelho deixou de tocar cds.
Branco total. E agora? Calma é só ligar para a loja e resolver.
Aí é que mora o perigo. Se eu comprei pela internet foi pela forte razão de não gostar muito de vendedores e, pior, de atendentes de call center. Me deixam impaciente. Esperei minutos longuíssimos apertando opções de atendimento e ouvindo uma musiqueta horrível, repetitiva, profissional e competentemente feita para lhe levar ao desespero, quebrar o telefone e desistir de fazer a reclamação. Resisti bravamente até que finalmente, eu já a ponto de querer comer o fígado da primeira voz ao vivo que aparecesse, me atende aquela mulher com voz de isopor “pronta para me servir”.
Como é possível alguém com a emoção de uma jaca estar pronta para me ser útil?
Mas vamos lá. Explico o caso e ela pede o número do pedido. Lógico que eu já havia jogado fora o tal número. Afinal o pedido já não era um pedido era uma compra consumada. Dou meu CPF. Após mais uma longa espera a jaca diz que minha última compra foi em janeiro e que não havia registro desta que eu reclamava. Eu sabia! Tinha que ter sacanagem! Agora vão dizer que minha garantia de devolução já havia vencido e etc, etc, etc. Insisto e o isopor pede o número na nota grafado após o meu nome. Não havia número nenhum após o meu nome. Grunhindo murmúrios mal humorados e já à beira do famoso ataque de nervos percebo que a nota era do Extra e que eu estava reclamando nas Lojas Americanas.
Vingo-me. Com a mesma voz de móvel velho, digo que me enganei, agradeço e desligo.
Que vexame!
Depois liguei para a loja certa e troquei o aparelho no ato. Pronto, tudo resolvido.
Mas tem as dúvidas, os receios. Será que o aparelho é bom? E meu cartão de crédito, será que não vão clonar? E se não funcionar?
Há três anos comprei uma geladeira pela internet que chegou bem antes do prazo, é muito boa, nunca deu problema e meu cartão continua meu. Foi no Extra. Me senti um herói contemporâneo, absolutamente up to date. Depois disso pequenas compras de cds, livros, passagens aéreas, essas coisas.
Semana passada comprei um mini system Gradiente com MP3 e o escambau.
Instalação feita ouvi rádio, cd e já me preparava para baixar programas de MP3 quando o aparelho deixou de tocar cds.
Branco total. E agora? Calma é só ligar para a loja e resolver.
Aí é que mora o perigo. Se eu comprei pela internet foi pela forte razão de não gostar muito de vendedores e, pior, de atendentes de call center. Me deixam impaciente. Esperei minutos longuíssimos apertando opções de atendimento e ouvindo uma musiqueta horrível, repetitiva, profissional e competentemente feita para lhe levar ao desespero, quebrar o telefone e desistir de fazer a reclamação. Resisti bravamente até que finalmente, eu já a ponto de querer comer o fígado da primeira voz ao vivo que aparecesse, me atende aquela mulher com voz de isopor “pronta para me servir”.
Como é possível alguém com a emoção de uma jaca estar pronta para me ser útil?
Mas vamos lá. Explico o caso e ela pede o número do pedido. Lógico que eu já havia jogado fora o tal número. Afinal o pedido já não era um pedido era uma compra consumada. Dou meu CPF. Após mais uma longa espera a jaca diz que minha última compra foi em janeiro e que não havia registro desta que eu reclamava. Eu sabia! Tinha que ter sacanagem! Agora vão dizer que minha garantia de devolução já havia vencido e etc, etc, etc. Insisto e o isopor pede o número na nota grafado após o meu nome. Não havia número nenhum após o meu nome. Grunhindo murmúrios mal humorados e já à beira do famoso ataque de nervos percebo que a nota era do Extra e que eu estava reclamando nas Lojas Americanas.
Vingo-me. Com a mesma voz de móvel velho, digo que me enganei, agradeço e desligo.
Que vexame!
Depois liguei para a loja certa e troquei o aparelho no ato. Pronto, tudo resolvido.
1 Comments:
Alfredo, sou eu, a velha Anamaria da Rosa Borges, sua prima de longa data... antes que haja mais confusão e agressão gratuita. Continuo sem saber o que clicar direito pra essa máquina perversa não me dar um "codinome pouco criativo", como cabe a uma máquina, que é desumana, por natureza.
A nova namorada do Ivan (o meu caçula) é treinadora de jacas e isopores e móveis velhos. Já tivemos ótimas conversas sobre isso e parece que a jaquice faz mesmo parte essencial do tal treinamento. Mesmo depois do óbvio e tão esperado ataque de nervos, têm que responder que o nosso acesso é sempre um grande prazer e gentilmente agradecer por termos sido feitos de bobos por tanto tempo.
A única compra.com que fiz na vida seguiu as suas instruções... naquela viagem pra Nova Iorque. Deu tudo espantosamente certo... eu diria certíssimo! Com o tempo a gente vai conseguindo driblar o virtual e continuar sendo humanos, como só sabe a geração da gente.
Mas, confesso, continuo sentindo falta do olho no olho, do cheiro das pessoas, das expressões faciais indisfarçáveis e do impossível anonimato das relações reais.
Já até pensei num projeto de ensinar às jacas e isopores a parecerem gente...
Aliás, teve um que me mandou à merda! Adorei, mas o pobre deve ter perdido o emprego... porque tudo era paranoicamente gravado.
Volte a escrever. Tenho sentido falta de sua radical inteligência, tão boa de discutir.
E por medo das pedradas, mais uma vez, sou eu mesma que estou digitando... estou tranquila... as coisas têm estado melhores ultimamente e o projeto de quinze dias por aí já se concretizou. Estou contanto os dias...
A ex-escrescência anônima, condenada a uma amarga velhice cinzenta pelos seus impedernidos defensores. Anamaria. Ah! da Rosa Borges.
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