Atravessando o rítmo
Pernambuco, quiçá o mundo, comemora dia nove de fevereiro os 100 anos do frevo.
A cidade do Recife se ornamenta com imagens inspiradas em pinturas carnavalescas de Lula Cardoso Ayres e comemora o carnaval em sua homenagem e ao maestro Nunes.
Na sexta feira passada teve a 29º edição do Baile dos Artistas no Clube Português.
Sábado o tradicional bloco Guaiamum Treloso desfilou sua alegria pelo belo bairro do Poço da Panela.
Domingo, no cais da Rua Aurora, uma tarde de lirismo com o encontro de blocos tradicionais com suas flabelistas, mulheres que seguram o flabelo, espécie de estandarte das agremiações líricas. Foram 16 ao todo entre eles os blocos das Flores, da Saudade, das Ilusões, Flor de Lira, Eu Quero É Mais, Cordas e Retalhos, Com você no Coração, Confete e Serpentina, Menestréis de Paulista, Me Apaixonei Por Você e O Bonde.
Pura tradição dos eternos carnavais pernambucanos.
Também no domingo o bloco Virgens de Verdade de Olinda deu show de irreverência com seus marmanjos exibindo suas pernas peludas e barrigões protuberantes de cerveja.
Muito deboche e alegria!
Infelizmente, também no domingo, reviveu-se um ultrapassado formato de desfile do bloco carnavalesco Balança Rolha.
Este tipo de festa (?) já havia se esgotado por vários motivos dentre eles o que utiliza a principal avenida residencial, cartão postal do Recife, para o desfile de seus trios elétricos.
O modelo é metido a elitista, para participar paga-se R$ 150,00 e vai-se seguindo o trio elétrico dentro de um cordão de isolamento cercado por “cordeiros” e seguranças que isolam os pagantes do povão que se espreme nas calçadas na parte externa do bloco.
Mais uma vez, não deu outra.
Nem todo o esforço da cantora Ivete Sangalo, interrompendo o desfile por diversas vezes e reclamando pelos alto falantes da falta de segurança e pedindo calma, foi suficiente para conter a fúria de baderneiros travestidos de foliões que acompanhavam seu trio.
Garrafadas, trocas de socos e pontapés e até tiros em plena avenida Boa Viagem!
Este tipo de desfile de abadás, comprovadamente, não carrega o verdadeiro espírito de carnaval dos blocos populares, abertos, que espontaneamente brincam o carnaval pernambucano.
Definitivamente o Balança Rolha atravessou o rítmo, virou jurássico!
A cidade do Recife se ornamenta com imagens inspiradas em pinturas carnavalescas de Lula Cardoso Ayres e comemora o carnaval em sua homenagem e ao maestro Nunes.
Na sexta feira passada teve a 29º edição do Baile dos Artistas no Clube Português.
Sábado o tradicional bloco Guaiamum Treloso desfilou sua alegria pelo belo bairro do Poço da Panela.
Domingo, no cais da Rua Aurora, uma tarde de lirismo com o encontro de blocos tradicionais com suas flabelistas, mulheres que seguram o flabelo, espécie de estandarte das agremiações líricas. Foram 16 ao todo entre eles os blocos das Flores, da Saudade, das Ilusões, Flor de Lira, Eu Quero É Mais, Cordas e Retalhos, Com você no Coração, Confete e Serpentina, Menestréis de Paulista, Me Apaixonei Por Você e O Bonde.
Pura tradição dos eternos carnavais pernambucanos.
Também no domingo o bloco Virgens de Verdade de Olinda deu show de irreverência com seus marmanjos exibindo suas pernas peludas e barrigões protuberantes de cerveja.
Muito deboche e alegria!
Infelizmente, também no domingo, reviveu-se um ultrapassado formato de desfile do bloco carnavalesco Balança Rolha.
Este tipo de festa (?) já havia se esgotado por vários motivos dentre eles o que utiliza a principal avenida residencial, cartão postal do Recife, para o desfile de seus trios elétricos.
O modelo é metido a elitista, para participar paga-se R$ 150,00 e vai-se seguindo o trio elétrico dentro de um cordão de isolamento cercado por “cordeiros” e seguranças que isolam os pagantes do povão que se espreme nas calçadas na parte externa do bloco.
Mais uma vez, não deu outra.
Nem todo o esforço da cantora Ivete Sangalo, interrompendo o desfile por diversas vezes e reclamando pelos alto falantes da falta de segurança e pedindo calma, foi suficiente para conter a fúria de baderneiros travestidos de foliões que acompanhavam seu trio.
Garrafadas, trocas de socos e pontapés e até tiros em plena avenida Boa Viagem!
Este tipo de desfile de abadás, comprovadamente, não carrega o verdadeiro espírito de carnaval dos blocos populares, abertos, que espontaneamente brincam o carnaval pernambucano.
Definitivamente o Balança Rolha atravessou o rítmo, virou jurássico!
2 Comments:
conheço gente que estava do lado de fora do famigerado crdão de isolamento e só escutava a seguinte frase: vamo acabar com a festa da playboyzada!
uma pena. =/
Brinquei o Carnaval em Pernambuco em 93 e 94 pela última vez.
Não tenho dúvida, a segregação no Recife torna o Carnaval perigoso e sem graça. Adorei Olinda, todos brincando, sem preconceitos e sem raiva. Este sim É o Carnaval....
OLINDA QUERO CANTAR A TI ESTA CANÇÃO.....
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