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Local: Varanda em Pernambuco

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Atravessando o rítmo

Pernambuco, quiçá o mundo, comemora dia nove de fevereiro os 100 anos do frevo.

A cidade do Recife se ornamenta com imagens inspiradas em pinturas carnavalescas de Lula Cardoso Ayres e comemora o carnaval em sua homenagem e ao maestro Nunes.

Na sexta feira passada teve a 29º edição do Baile dos Artistas no Clube Português.

Sábado o tradicional bloco Guaiamum Treloso desfilou sua alegria pelo belo bairro do Poço da Panela.

Domingo, no cais da Rua Aurora, uma tarde de lirismo com o encontro de blocos tradicionais com suas flabelistas, mulheres que seguram o flabelo, espécie de estandarte das agremiações líricas. Foram 16 ao todo entre eles os blocos das Flores, da Saudade, das Ilusões, Flor de Lira, Eu Quero É Mais, Cordas e Retalhos, Com você no Coração, Confete e Serpentina, Menestréis de Paulista, Me Apaixonei Por Você e O Bonde.
Pura tradição dos eternos carnavais pernambucanos.

Também no domingo o bloco Virgens de Verdade de Olinda deu show de irreverência com seus marmanjos exibindo suas pernas peludas e barrigões protuberantes de cerveja.
Muito deboche e alegria!

Infelizmente, também no domingo, reviveu-se um ultrapassado formato de desfile do bloco carnavalesco Balança Rolha.

Este tipo de festa (?) já havia se esgotado por vários motivos dentre eles o que utiliza a principal avenida residencial, cartão postal do Recife, para o desfile de seus trios elétricos.

O modelo é metido a elitista, para participar paga-se R$ 150,00 e vai-se seguindo o trio elétrico dentro de um cordão de isolamento cercado por “cordeiros” e seguranças que isolam os pagantes do povão que se espreme nas calçadas na parte externa do bloco.

Mais uma vez, não deu outra.

Nem todo o esforço da cantora Ivete Sangalo, interrompendo o desfile por diversas vezes e reclamando pelos alto falantes da falta de segurança e pedindo calma, foi suficiente para conter a fúria de baderneiros travestidos de foliões que acompanhavam seu trio.
Garrafadas, trocas de socos e pontapés e até tiros em plena avenida Boa Viagem!

Este tipo de desfile de abadás, comprovadamente, não carrega o verdadeiro espírito de carnaval dos blocos populares, abertos, que espontaneamente brincam o carnaval pernambucano.

Definitivamente o Balança Rolha atravessou o rítmo, virou jurássico!

2 Comments:

Blogger flavia said...

conheço gente que estava do lado de fora do famigerado crdão de isolamento e só escutava a seguinte frase: vamo acabar com a festa da playboyzada!


uma pena. =/

12:01 AM  
Anonymous Anônimo said...

Brinquei o Carnaval em Pernambuco em 93 e 94 pela última vez.
Não tenho dúvida, a segregação no Recife torna o Carnaval perigoso e sem graça. Adorei Olinda, todos brincando, sem preconceitos e sem raiva. Este sim É o Carnaval....
OLINDA QUERO CANTAR A TI ESTA CANÇÃO.....

8:32 PM  

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