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sexta-feira, dezembro 03, 2010

Os Gefajotas

Finalmente abriu-se um novo horizonte para explicar algumas criaturas que vivem entre nós. Não é normal uma pessoa ser um político ladrão ou o seu vizinho do apartamento de cima arrastar móveis nos horários mais inconvenientes.

Como explicar o farofeiro que encosta seu carro na areia da praia, abre seu som e o coloca a todo volume forçando todos nós a ouvir suas músicas, normalmente, de péssimo gosto?

E os sujões que empesteiam a cidade com seus lixos, suas latinhas, copos plásticos e que tais?

A lista é interminável como os padres pedófilos, os estupradores de criancinhas e por aí vai.

Agora uma equipe de cientistas liderada por Felisa Wolfe-Simon da Pesquisa Geológica dos Estados Unidos descobriu que uma bactéria é capaz de substituir o nutriente fósforo por arsênico, um elemento tóxico para a maioria das formas de vida conhecidas.

Seria a primeira exceção a regra conhecida de que todos os animais, plantas e micro organismos dependem de seis elementos químicos para construir as moléculas que compõem seus corpos: oxigênio, hidrogênio, carbono, fósforo, enxofre e nitrogênio.

Batizado de GFAJ-1, o novo organismo foi encontrado em sedimentos do Lago Mono, da Califórnia. Seria assim uma espécie de ET das moléculas.

Talvez agora a gente entenda melhor algumas figuras que vivem entre nós. Seriam todos ETs que transformam tóxicos como a corrupção, a roubalheira, a falta de caráter e educação, a antiética, a imoralidade em suas energias para sobreviver. Devem ter um montão de GFAJ-1 nos seus DNAs.

Até hoje eram conhecidos por filhos da puta. Mas esse predicado é por demais genérico, vai desde o mau motorista até o pobre do juiz de futebol.

Agora não. A partir de hoje podemos classificá-los com mais precisão como Gefajotas. Ou, se preferirem, para dar mais ênfase, como Gefajotas, filhos da puta, mesmo.