PD?

A reunião foi acalorada. Tinham que ressuscitar o partido de qualquer maneira.

Desde as últimas eleições que o partido entrou em degringolada fazendo menos de 65 deputados federais, fora os que ainda vão aderir ao lulismo.

Borhausen sugeria com veemência que o partido deveria se oxigenar nomeando novos dirigentes como o Rodrigo Maia, filho do prefeito César Maia do Rio de Janeiro ou o Gilberto Kassab, o prefeito de São Paulo.

E o nome, e o nome? perguntavam-se todos.

Afinal o nome Partido da Frente Liberal até hoje consta nos regimentos do PFL como nome provisório e além do mais esse negócio de liberal tem pegado mal. Tinham que dar uma guinada à esquerda para ficarem no centro.

O senador Marco Maciel, como de costume, cochichava para si mesmo.

De repente levanta-se, pede a palavra e ouve-se um leve tuiiimmm! Ops, PD, desculpa-se o encabulado o senador.

Bravos! exclamam todos. PD, Partido Democrata, isso mesmo, gritavam!

E assim batizou-se o novo PFL. Partido Democrata, o, com o perdão da má sigla, PD.