Dilmala

Outro dia caminhando na praia com meu amigo Henrique disse ele:

“Veja se não parece uma mala mal arrumada.”

“Como, perguntei?

“Essa senhora aí na frente não parece uma mala mal arrumada aquela que está tudo jogado dentro, tudo fora do lugar?”

Toda vez que vejo cenas de Dilma caminhando para ir dar uma entrevista me lembro do Henrique, mas deixa prá lá, divaguei.

O que importa são suas declarações. Ontem numa entrevista querendo exaltar a confortável situação do Brasil no FMI onde passou de devedor a credor saiu-se com essa: “Ninguém respeita devedor” e repetiu, “devedor ninguém respeita.”

Meu Deus do céu o que mais se respeita no mundo é devedor adimplente. O que não se respeita é caloteiro.

O Banco Central (BC) estima que a dívida externa do Brasil chegou a US$ 202,5 bilhões no fim de 2009 e a dívida interna é de R$ 1,5 trilhão!!!!! Com aplausos de seus credores que recebem um dos maiores juros do mundo!

Não me consta que por isso o Brasil não seja respeitado, ao contrário é muito respeitado, tese, aliás, da própria candidata. E mais.

Levantamento do IPEA divulgado em 31 de agosto mostra que a maior parte da população brasileira tinha alguma dívida. Segundo o estudo, que calculou o Índice de Expectativas das Famílias (IEF) brasileiras, 54,15% declararam ter alguma dívida. A pesquisa aponta que a dívida média mensal das famílias chega a R$ 5.426,59.

Será possível que a maioria das famílias brasileiras não conte com o respeito da candidata? Porque dos credores certamente contam não só com o respeito, como também com o lucro que obtém dos empréstimos.

As maiores empresas do Brasil e do mundo devem. A Petrobrás, por exemplo, está no limite de dívida permitido por lei. São dívidas operacionais para investimentos, crédito ao consumidor e isso move a economia. Todas, empresas respeitadíssimas.

Lógico que ela dirá que foi mal interpretada e que no contexto não era isto que queria dizer. Pois que aprenda, então, a falar!

A candidata não é só uma mala mal arrumada é uma tremenda de uma mala sem alça que só mesmo a incrível popularidade do Lula consegue carregar!