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quinta-feira, setembro 02, 2010

Imensa Venezuela

Contrariando Chico e Ruy Guerra em Fado Tropical, não seremos um imenso Portugal, talvez uma enorme Venezuela.

Eleita Dilma Roussef, se seus ministros e conselheiros forem do tipo Marco Aurélio Garcia e Franklin Martins marcharemos céleres para sermos mais uma republiqueta bolivariana. Por que?

Simples; ela não é uma continuação do Lula. O Lula tem um instinto político inigualável e sabia o que não sabia, ouvindo os conselhos certos.

Dilma, ao contrário, não tem a sabedoria da humildade e tem certeza que sabe das coisas. Somada a outros porraloucas desvairados poderá transformar o Brasil numa imensa cucarachta.

Basta ver, ainda com o Lula, o aparelhamento do estado e suas nefastas consequências como essa inacreditável violação de sigilo fiscal da Receita Federal. Por coincidência de cidadãos, todos, ligados ao PSDB.

Mais uma vez confirmando o que se costumava dizer contra as ditaduras, o problema não é o general de plantão, é o guarda da esquina. Quando a arbitrariedade corre solta e com ela a impunidade os “guardas da esquina” também se lançam a suas aventuras, como na Receita.

E mais, temos que ter olhos para ver a falência da infraestrutura brasileira com seus portos, aeroportos, estradas, ferrovias, cabotagem em petição de miséria. Toda ela, infraestrutura, cantada aos ventos como responsabilidade da ex ministra chefe da Casa Civil.

Com a iminente vitória da Dilma corremos o risco de grande retrocesso social, político e, pior, institucional.

Você pode argumentar que o Brasil é muito diferente e muito mais desenvolvido que a Venezuela. Certo, mas os métodos não variam muito. Lula com seu, e só seu, carisma comprou a classe pobre com a bolsa família, a média com o crédito fácil, a rica mantendo uma economia estável. (Este foi o erro do Chavez impossibilitado pelo mau desempenho da economia de arregimentar apoio das empresas e midia.)

A classe política foi mais fácil institucionalizando a corrupção do toma lá dá cá em nome da governabilidade. Sem oposição não é difícil incorrer por caminhos bolivarianos.

Não passou despercebida a intenção de Lula, tênue, de interferir na gerência da Vale e nas várias, não tão discretas, de regulamentar a imprensa segundo seus pensamentos ou de seus Franklins da vida.

Não costumo errar nas minhas previsões. Os que acompanham “Meusditos” são testemunhas.

Torço para desta vez estar errado, mas para garantir, se for eleitor da Dilma, vote no Eymael.