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sexta-feira, maio 23, 2008

O Negão e o assento sanitário!

Uma pesquisa da Universidade do Arizona, nos EUA, concluiu que, em média, uma mesa de trabalho tem 400 vezes mais bactérias do que um assento sanitário!

Deve-se olhar com cautela tal pesquisa por que em alguns segmentos da população, o político, por exemplo, ambos utilitários tem a mesma serventia não cabendo, portanto, a diferenciação.

Talvez a diferença se dê em razão da época. Quando em campanha para se eleger, o político aperta uma infinidade de mãos, troca abraços suados, dinheiro vivo passando de mão em mão, promessas escusas, pequenas corrupções, enfim, a mesa de trabalho deve apresentar uma enorme vantagem de contaminação frente ao assento sanitário.

Mesmo assim, há aqueles que, temerosos pela não eleição, descarregam seu desconforto em diarréias nervosas o que tende a equilibrar a contaminação.

Se e quando eleitos, inverte-se a proporção. A mesa de trabalho fica jogada às moscas, no bom sentido, absolutamente esquecida por seu proprietário. Se for pessoa saudável, a freqüência ao assento sanitário se manterá constante. Ponto para o assento!

Agora desafio o meu caro leitor a determinar com precisão quem está mais contaminado no caso do Negão Abençoado, a mesa ou o assento?

Não é pouco caso nem preconceito, o Negão Abençoado existe e é o vulgo do deputado federal por Pernambuco Marco ou Marcos Antônio do PRB. Se Marco ou Marcos não tenho a menor curiosidade em saber, mas vale ressaltar que numa matéria de poucas linhas o Jornal do Commercio conseguiu grafar o nome do famoso deputado de maneiras diferentes. Vou optar por Marco(s) Antônio.

Eleito em 2006 pelo PSC, antes mesmo de assumir o mandato, mudou-se para o PAN. Com a incorporação do PAN pelo PTB, lá se foi o Negão para o PRB. Por infidelidade partidária, dois ínclitos cidadãos reclamaram sua cadeira na Câmara: Fernando Rodovalho do PSC e o famigerado Severino Cavalcanti, do PP, primeiro suplente da coligação PP/PSC.

Rodovalho foi prefeito de Jaboatão após, como vice, derrubar o prefeito Newton Carneiro. Marcou sua administração por jogar carradas de rochas no mar para fazer um dique para conter seu avanço. Como não se contam rochas, deve ter feito um bom pé de meia. O mar continuou avançando.

Severino Cavalcanti dispensa apresentação desde que como presidente da Câmara teve de renunciar para não ser cassado por mordiscar mesada do arrendatário do restaurante daquela casa.

Ambos deram com os burros n’água. No dizer do presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, “apesar de tratar-se de um trânsfuga compulsivo” não há como cassar o mandato do Negão visto que a primeira mudança foi anterior à resolução do TSE sobre o mandato pertencer ao partido e a segunda justifica-se por seu partido ter sido incorporado por outro.

À bem da verdade não cabe punição a quem troca o nada por coisa nenhuma. O ilustre Marco(s) Antônio só faz número, recebendo sua remuneração, mordomias e não sujando a mesa de trabalho, mas, confortavelmente, servindo-se do suntuoso assento sanitário da Câmara.

É impressionante como uma bobagem puxa a outra!