Ah, senador, como devo chamá-lo?
Acordou excitadíssimo. Lavou o rosto admirando- se ao espelho. Vestiu seu robe de chambre salmão e dirigiu-se à sala.
Tocou a sineta para chamar o mordomo e solicitou, não, ordenou que convocasse a manicure e a cabeleireira. Queria estar impecável para este grande dia.
Pediu, não, ordenou ao mordomo que separasse seu melhor terno de shantung de seda francês, sua melhor camisa e, lógico, a melhor e mais chamativa gravata italiana.
Hoje será a glória. Afinal, a toda poderosa e queridinha do presidente Lula ia ao senado depor sobre o PAC e o que mais viesse à baila. Principalmente o tal dossiê de FHC e esposa. Seria mais uma chance de exibir sua ironia, seu saber, e encurralar a ministra rude e mandona.
“Ah, que bem me fazem a ribalta e os refletores! Vou brilhar nos noticiários da TV, explodirei minha popularidade no meu querido Rio Grande do Norte!”
Chegou o grande momento. Ajeitou as madeixas acaju, bocas e sobrancelhas. Afinal estava no seu território, conhecia os trâmites, as dicas e logo se viu ao microfone senhor da situação, afinal, como logo afirmou, “tinha mais tempo de microfone que urubu de vôo”, arrancando discretos sorrisos de seus pares.
Chegou o momento do golpe final, impiedoso, mortal. Insinuou que a ministra, se mentira tanto quando presa na ditadura, poderia voltar a fazê-lo agora neste depoimento.
Caiu o mundo, nem a ministra acreditou na levantada de bola. Revelando-se uma hábil debatedora, deu um contra golpe fulminante, um verdadeiro ippon. Cresceu na arena, emocionou-se e emocionou o senado e o Brasil.
Confesso que não tinha nenhuma simpatia pela ministra. Passei a admirá-la quase que desde criancinha.
Para ilustrar este “Meuditos” não encontrei foto melhor. O senador almofadinha, senhor de si, pensando que montava, na verdade, era montado.
Relaxa e goza, Agripino!
Tocou a sineta para chamar o mordomo e solicitou, não, ordenou que convocasse a manicure e a cabeleireira. Queria estar impecável para este grande dia.
Pediu, não, ordenou ao mordomo que separasse seu melhor terno de shantung de seda francês, sua melhor camisa e, lógico, a melhor e mais chamativa gravata italiana.
Hoje será a glória. Afinal, a toda poderosa e queridinha do presidente Lula ia ao senado depor sobre o PAC e o que mais viesse à baila. Principalmente o tal dossiê de FHC e esposa. Seria mais uma chance de exibir sua ironia, seu saber, e encurralar a ministra rude e mandona.
“Ah, que bem me fazem a ribalta e os refletores! Vou brilhar nos noticiários da TV, explodirei minha popularidade no meu querido Rio Grande do Norte!”
Chegou o grande momento. Ajeitou as madeixas acaju, bocas e sobrancelhas. Afinal estava no seu território, conhecia os trâmites, as dicas e logo se viu ao microfone senhor da situação, afinal, como logo afirmou, “tinha mais tempo de microfone que urubu de vôo”, arrancando discretos sorrisos de seus pares.
Chegou o momento do golpe final, impiedoso, mortal. Insinuou que a ministra, se mentira tanto quando presa na ditadura, poderia voltar a fazê-lo agora neste depoimento.
Caiu o mundo, nem a ministra acreditou na levantada de bola. Revelando-se uma hábil debatedora, deu um contra golpe fulminante, um verdadeiro ippon. Cresceu na arena, emocionou-se e emocionou o senado e o Brasil.
Confesso que não tinha nenhuma simpatia pela ministra. Passei a admirá-la quase que desde criancinha.
Para ilustrar este “Meuditos” não encontrei foto melhor. O senador almofadinha, senhor de si, pensando que montava, na verdade, era montado.
Relaxa e goza, Agripino!
1 Comments:
Impecáveis. Texto e foto. Infelizmente me senti como a rena mais por baixo...
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