Minha foto
Nome:
Local: Varanda em Pernambuco

sexta-feira, novembro 14, 2008

Incompetência, pague uma e leve duas!

O Jornal do Commercio de Pernambuco lançou uma promoção tentadora. Assinando o jornal por um ano você recebe gratuitamente um celular Motorola Q daqueles que escreve em aramaico, navega na internet, manda emails e o cacete a quatro.

Confesso que não sou chegado a falar em celulares. Tenho um da Tim num plano mixuruca de 40 minutos e nunca usei mais de 20. Mas a tal promoção me animou. Afinal eu sou assinante do JC e minha assinatura vence em janeiro.

Liguei e perguntei se era possível participar da promoção assinando já, mas considerando o prazo da assinatura a partir de janeiro. Sim, sem problema. O único problema era que o sistema estava fora do ar, me ligariam mais tarde. Como não ligaram, liguei novamente. Desta vez o sistema estava no ar.

Informaram que a assinatura seria em 12 parcelas de R$ 37,00 e pouco e eu deveria aderir ao plano 70 da Claro no valor mensal de R$ 62,00 e pouco. Tudo bem. Passei os dados do meu Diners e deveria ir buscar o tal Moto Q na loja da Claro do shopping aqui perto.

Dia seguinte fui à loja. Havia uma bancada com cinco posições de atendimento. Somente uma atendia um cliente. Dirigi-me a uma das vagas. O fulaninho, atendente, nem se quer olhou minha cara. Começou a operar um celular.

Já meio ouriçado perguntei se ia me atender ou falar ao celular. Disse-me que eu deveria passar pelo pré atendimento, um passo atrás de onde me encontrava, e retirar uma senha. Não acreditei já que quatro atendentes coçavam o saco, inclusive ele.

Virei-me para o pré emitiram uma senha e imediatamente o fulaninho se dirigiu a mim para me atender. Para quem quer ser cliente de uma empresa, convenhamos, foi um péssimo começo.

Mas piorou. Quando disse a que vinha, começou a ler o regulamento da promoção na tela do seu PC. Perguntei se não conhecia a promoção anunciada em cartazete em sua frente na bancada.
Pediu-me documentos, RG, CPF e comprovante de residência.

Procurei e para minha surpresa não achei minha carteira de habilitação que vive na minha carteira. Desanimei, mas tinha uma identidade da Ordem dos Economistas, secção São Paulo. O documento do carro servia para o atestado de residência. OK? Não.

Entrou para uma área restrita e voltou quase exultante, dizendo que aquele documento não servia, era estadual e não federal. A essa altura do campeonato já me sentia num balcão do INSS enfrentando a burocracia de um pequeno funcionário público e não um futuro cliente de uma operadora.

Recolhi meus documentos e fui embora. Dia seguinte procurei e li o regulamento da promoção nos classificados do jornal já que quando procurei no site, conforme informado, nada encontrei.

Dizia que o participante deveria procurar a loja da Claro depois de três dias da assinatura, ou seja, minha ida ao shopping foi inútil.

Liguei para o JC para confirmar e desliguei. Logo após liga-me o atendente, Paulo, do JC dizendo que havia um pequeno problema. A operadora que fez minha inscrição na promoção havia lançado no meu cartão apenas a primeira parcela e não o total em 12 parcelas. Consultava-me se poderia corrigir lançando outra vez em 11 parcelas.

O probleminha é que a primeira parcela lançada e a primeira das próximas onze cairiam no mesmo próximo mês. Tinha problema? Disse que problema não tinha, mas que considerava que o JC deveria assumir o ônus do seu erro e não eu. Falou que precisaria cancelar a parcela no cartão, e coisa e loisa e me encheu o saco. Falei que lançasse de qualquer maneira e tchau!

Dia seguinte acordei me perguntando para que mesmo eu iria querer o tal Moto Q que fala aramaico e engole fogo. Estou perto de desistir da tal promoção.