Tia Dadá
Conheci a praia de Piedade, onde moro, aos seis ou sete anos de idade. Vínhamos de São Paulo, eu e meu irmão, passar as férias de verão, hóspedes de Tia Dadá e tio Valdemar.
Lá se vão mais de 50 anos.
Lembro-me que a casa era muito distante do Recife e chegava-se por uma estrada de terra. Tinha um confortável terraço, um bom quintal na frente e, nos fundos, a imensidão de um mundo de cajueiros e chão coberto de herbáceas de melancia.
Um poço garantia a água, tirada por caçamba e por uma bomba manual, mais tarde, trocada por uma elétrica.
Uma forte imagem que guardo é a de tio Valdemar sentado no terraço lendo. Lia muito e todo dia. Usava um aparelho para audição que solenemente desligava para evitar os barulhos dos sobrinhos e ficar sossegado com sua leitura.
Conversava muito com tia Dadá sobre a paixão dos dois, 0 Teatro de Amadores de Pernambuco.
Em frente à casa, do outro lado da rua, alguns terrenos nos separavam da praia. Tínhamos pouquíssimos vizinhos. A praia e seus arrecifes ficavam praticamente à nossa disposição para pequenas pescarias de budião batata, mariquita, peixe gato, macaco, castanhola e se déssemos sorte, uma brigadora palombeta.
Tenho muita saudade desses bons tempos de minha infância. Devo ao carinho e atenção de meus tios o primeiro amor que tive por esta minha praia de Piedade.
Lembro-me que a casa era muito distante do Recife e chegava-se por uma estrada de terra. Tinha um confortável terraço, um bom quintal na frente e, nos fundos, a imensidão de um mundo de cajueiros e chão coberto de herbáceas de melancia.
Um poço garantia a água, tirada por caçamba e por uma bomba manual, mais tarde, trocada por uma elétrica.
Uma forte imagem que guardo é a de tio Valdemar sentado no terraço lendo. Lia muito e todo dia. Usava um aparelho para audição que solenemente desligava para evitar os barulhos dos sobrinhos e ficar sossegado com sua leitura.
Conversava muito com tia Dadá sobre a paixão dos dois, 0 Teatro de Amadores de Pernambuco.
Em frente à casa, do outro lado da rua, alguns terrenos nos separavam da praia. Tínhamos pouquíssimos vizinhos. A praia e seus arrecifes ficavam praticamente à nossa disposição para pequenas pescarias de budião batata, mariquita, peixe gato, macaco, castanhola e se déssemos sorte, uma brigadora palombeta.
Tenho muita saudade desses bons tempos de minha infância. Devo ao carinho e atenção de meus tios o primeiro amor que tive por esta minha praia de Piedade.
A casa ainda existe, mas desfigurada pela avenida Bernardo Vieira de Melo que cortou seu quintal e terraço. Piedade continua linda e é uma desenvolvida praia urbana tomada por edifícios.
Hoje, tia Dadá, Diná Rosa Borges de Oliveira, inesquecível primeira dama do teatro pernambucano, completaria 100 anos de idade.
Em sua homenagem publico esta foto de um momento de felicidade com seus irmãos.
Da esquerda para a direita: Roberto, Elza, Diná, Durval, Maria Luiza, Ruy e Sylvio Granville.
1 Comments:
Essa foto foi tirada por mim, aqui onde hoje moro. Chamo de meu barraco, mas tenho direito a uma piscina, mangueira, caquizeiro, pé de abiu, duas jabuticabeiras e dois cachorros. Era agosto de 1982, logo depois do aniversário de seu pai. Os irmãos de PE carregaram com Durval para estarem com papai que, por motivos de saúde, foi o único irmão que não pode ir à festança.
Postar um comentário
<< Home