Contraponto
-O senhor de piercing nas narinas.
-Aê!
-Não, por Deus, o do lado com a tatuagem de estrela na bochecha!
-Aê!
-Nos momentos atuais de tanta inquietude e comportamentos espúrios, gostaria que o senhor discorresse sobre a corrupção do ponto de vista do corrupto, qual a verdadeira percepção que ele tem do descaminho, se é que tem?
-Só!
-Não lhe parece que aos olhos do devasso não existe a devassidão e que dela pode até se vangloriar mesmo frente a seus amados e diletos filhos, por exemplo?
-É tudo! Só dá babaca!
-Agora mesmo, senhor, diante dessa horrorosa catástrofe, autoridades se dão ao desfrute de gestos obscenos comemorando um suposto álibi a suas culpas, inépcia e incompetência, num indescritível escárnio frente ao sofrimento alheio, o senhor não concorda?
-É dez!
-O presidente da República, numa afronta ao povo, acoita-se por dias, fugindo de suas responsabilidades e quando reaparece discursa como se pai dos conterrâneos fosse, querendo ditar normas de comportamento para que não se julgue ninguém apressadamente! O senhor não acha que faz pouco caso dos cidadãos, que sua conduta é um achincalhe à hombridade dos brasileiros?
-O mor panaca, meu, pegô mal!
-Meu jovem senhor, seus monossílabos refletem com exatidão o que flui de seu privilegiado cérebro ou são uma super síntese de longas e trabalhadas conjecturas que talvez não queira conosco compartilhar?
-Aê!
-Sou um professor que sempre primei pela tolerância, pelo equilíbrio, mesmo diante de situações por demais esdrúxulas, sempre tive como objetivo orientar e acolher opiniões as mais diversas, no intuito de promover o aprendizado e o saber. Sinta-se, senhor, à vontade para expor seus pontos de vista sejam eles quais forem!
-Então! É isso!
-Senhor, não é de meu feitio desesperar-me, mas sua eloqüência, creio, está começando a me incomodar!
-Ih, é?
-Tenho certeza que deve existir um jeito de estimulá-lo a se descontrair, relaxar-se e dividir conosco seus pensamentos, suas ansiedades, sua visão de mundo, pois não?
-Legal!
-Quem sabe provocando seus sentimentos primevos, seu eventual código de honra ou mesmo somente seu apreço a alguém, quem sabe?
-É tudo!
-Inda que mal pergunte, o senhor tem mãe?
-Só!
-Então, pôrra!
-Aê!
-Não, por Deus, o do lado com a tatuagem de estrela na bochecha!
-Aê!
-Nos momentos atuais de tanta inquietude e comportamentos espúrios, gostaria que o senhor discorresse sobre a corrupção do ponto de vista do corrupto, qual a verdadeira percepção que ele tem do descaminho, se é que tem?
-Só!
-Não lhe parece que aos olhos do devasso não existe a devassidão e que dela pode até se vangloriar mesmo frente a seus amados e diletos filhos, por exemplo?
-É tudo! Só dá babaca!
-Agora mesmo, senhor, diante dessa horrorosa catástrofe, autoridades se dão ao desfrute de gestos obscenos comemorando um suposto álibi a suas culpas, inépcia e incompetência, num indescritível escárnio frente ao sofrimento alheio, o senhor não concorda?
-É dez!
-O presidente da República, numa afronta ao povo, acoita-se por dias, fugindo de suas responsabilidades e quando reaparece discursa como se pai dos conterrâneos fosse, querendo ditar normas de comportamento para que não se julgue ninguém apressadamente! O senhor não acha que faz pouco caso dos cidadãos, que sua conduta é um achincalhe à hombridade dos brasileiros?
-O mor panaca, meu, pegô mal!
-Meu jovem senhor, seus monossílabos refletem com exatidão o que flui de seu privilegiado cérebro ou são uma super síntese de longas e trabalhadas conjecturas que talvez não queira conosco compartilhar?
-Aê!
-Sou um professor que sempre primei pela tolerância, pelo equilíbrio, mesmo diante de situações por demais esdrúxulas, sempre tive como objetivo orientar e acolher opiniões as mais diversas, no intuito de promover o aprendizado e o saber. Sinta-se, senhor, à vontade para expor seus pontos de vista sejam eles quais forem!
-Então! É isso!
-Senhor, não é de meu feitio desesperar-me, mas sua eloqüência, creio, está começando a me incomodar!
-Ih, é?
-Tenho certeza que deve existir um jeito de estimulá-lo a se descontrair, relaxar-se e dividir conosco seus pensamentos, suas ansiedades, sua visão de mundo, pois não?
-Legal!
-Quem sabe provocando seus sentimentos primevos, seu eventual código de honra ou mesmo somente seu apreço a alguém, quem sabe?
-É tudo!
-Inda que mal pergunte, o senhor tem mãe?
-Só!
-Então, pôrra!
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