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Local: Varanda em Pernambuco

sexta-feira, julho 13, 2007

A galinha sofre, mas bota! O Lula, não!


Sabe quando o Lula aparece logo cedo com aquela cara de mala mal arrumada de quem já tomou uma para rebater o porre de ontem? Pois é. Ontem no Recife ele estava no ponto.


Em discurso no Teatro Guararapes anunciou R$ 1,3 bilhão do PAC para obras em Pernambuco. Só alegria!

Começou o improviso aspergindo perdigotos e falando na sua infância de pobreza em Caetés, sofrida como de tantos conterrâneos. Neste momento vê na platéia o Severino Cavalcanti, de triste memória, e emenda de primeira, “Tá aí o Severino que sabe bem o que é sofrer com o preconceito das elites”. Bela referência! Logo ele ex-presidente da Câmara, rei do baixo clero, que renunciou para não ser cassado por extorquir um mensalinho do arrendatário do restaurante daquela casa! A platéia dos "sem mensalinho" aplaude freneticamente.

Continuou, suando aos pingos, a distribuir preciosidades.

Falando em saneamento básico disse que eram obras invisíveis que muitos políticos delas se esqueciam para priorizar obras onde pudessem colocar o nome do fulaninho, seu cupincha, e tirar foto para campanha! Ao seu lado, com a devida cara de bunda, exibindo um sorriso amarelíssimo, o prefeito do Recife, João Paulo que numa das obras mais controvertidas de seu governo, batizou, sob protestos generalizados, um parque a ser construído em Boa Viagem com o nome de D. Lindu em homenagem à mãe do presidente. Os "com foto" foram ao delírio!

O espetáculo estava divertidíssimo, nada freava a inspiração presidencial. Seguiu dizendo que “o nordeste não pode continuar sendo exportador de pobres. Não queremos ser só pedreiros, queremos ser engenheiros, médicos, daí por que temos que investir na formação de doutores nas universidades”. A galera dos "sem pedreiros", urrava em êxtase!

Continuou triunfante criticando a burocracia que criava tantas dificuldades que era mais fácil uma galinha botar um ovo do que um investimento ser aprovado. “Ela sofre, mas bota o ovo. Aqui a gente sofre, mas o ovo não sai!” Os burocratas pululavam em excitados cocorocós!

Lula e a patuléia estavam impagáveis. Adoro quando ele toma umas!

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Tenho que confessar que este espetáculo que vc narra com tanta elegência tá mais pra uma comédia do que drama. E ao imaginar Lula no palco, diante de uma platéia com mais de 2500 pessoas em pleno Centro de Convenções... o resultado não poderia ser outro: teatro. Parabéns pelo texto. Vc é bom nisso, viu?

11:12 PM  

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