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domingo, julho 15, 2007

Sony? Tô fora!


De uns tempos para cá tenho uma incrível dificuldade de comprar qualquer coisa, seja lá o que for. Levo semanas para decidir se troco ou não o meu celular, por exemplo, que ainda é daqueles a querosene!

Quando digo semanas, digo semanas e mais semanas e mais semanas, sim porque entre uma semana e outra surgem novidades que interferem na decisão da compra e aí eu preciso começar todo o processo de novo.

Semana passada, fui pela terceira vez ao shopping me informar na Oi como me inscrever num dos seus trezentos planos de Conta Total, quanto pagaria por mês e por quanto me sairia, finalmente, meu novo celular. O Conta Total é, em princípio, inteligente. Você assina um determinado plano que lhe dá direito a tantos minutos de franquia no fixo, mais tantos no celular, outros tantos no DDD e internet ilimitada. Simples, prático e você sabe quanto vai pagar todo mês pelo seu sistema particular de comunicações!

Como não sou um cara chegado a grandes papos, muito menos pelo telefone, o que me interessa mesmo é ter uma internet banda larga e um limite amplo para chamadas locais de fixo para fixo porque sou tão conciso que, normalmente, depois que já desliguei o telefone me lembro que não falei tudo o que tinha a dizer. Tenho que ligar de novo para completar o papo.

Preciso então de um plano para várias, seguidas e brevíssimas chamadas.

Sei que não sou um cara de fácil trato quando o assunto é ir a um shopping e fazer compras. Pior, tenho um especial bloqueio de humor para conversar com qualquer pessoa que se identifique como preposto, funcionário ou dono da Telemar, hoje Oi! Chega a me dar comichão.

Voltando ao shopping. Estava eu conversando com o vendedor num quiosque da dita cuja, inclinadíssimo a fechar a compra, quando ele me informa que para cada linha de telefone que eu assinar terei um desconto de R$ 200,00 na compra de um novo aparelho. Me animei.

Uma linha fixa e outra móvel abatia R$ 400,00 no preço do celular. Como eu queria um Sony Erickson de R$ 500,00 pagaria R$ 100,00 e estávamos conversados. Quando íamos fechar o negócio pedi para ver o aparelho. Procura daqui, dali e nada. Tava em falta, mas não me preocupasse que pediria um para amanhã. A venda começou a balançar.

Qualquer vendedor iniciante sabe que no momento de fechar negócio não pode passar nem mosca por perto, tudo tem que estar na ponta dos cascos, é tirar a nota fiscal e meter a mão na grana! Como não tinha o aparelho que eu queria estiquei um pouco a conversa, pedi que repetisse as condições.

Enquanto repetia notei uma piscada nervosa no seu olho esquerdo. Sugeri: como já tenho as linhas, fixa e móvel, poderíamos adiantar o negócio preenchendo o contrato. Pra que! Se eu já tinha as linhas seria uma migração para um novo plano e, portanto, não teria o desconto na compra do aparelho. Mas como? E se eu comprar uma nova linha e cancelar a atual? Aí tem o desconto, disse exultante! Virei às costas e fui embora.

Este papo me custou outras duas semanas de postergação da compra do celular.

Aí, um dia, o pior aconteceu. Ouvia o Jornal da Band quando o Boechat informava sobre aqueles veadinhos que espancaram uma doméstica no Rio com a inacreditável justificativa de que pensaram tratar-se de uma prostituta! Ao final da reportagem exibiu, indignado, um game da Sony em que a competição era justamente essa: quem matasse mais prostitutas na rua ganhava o jogo!

Juro que me senti ultrajado.

Uma porra de uma multinacional do entretenimento mundial vende games onde o objetivo é matar prostitutas na rua e essa aberração é consumida por jovens e até mesmo crianças em qualquer Lan House do país. E ninguém toma qualquer providência!

Onde anda a Justiça que manda a Polícia Federal prender bicheiros, bingueiros, ladrões, empresários e políticos corruptos e não manda fechar essa merda de empresa e outras similares no Brasil, jogar no lixo esses games e prender todos os responsáveis por essa excrescência?

Li aqui na internet alguns proto-imbecis “justificando” que o joguinho não é de matar prostitutas, mas quaisquer pessoas na rua e também prostitutas!

Olha é de amargar! Não posso me livrar dos imbecis, mas, certamente, não comprarei mais nenhum produto da Sony.

Lá vou eu começar tudo de novo. Para garantir comprei uma bateria usada do meu velho celular que, espero, dure algumas semanas até que eu tome fôlego para uma nova ida ao shopping!

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Quando estava no meio da leitura, comecei a rir e a concordar com você. Perfeito. E o máximo foi a descrição que você fez de quem é o Alfredo. Fantástico.
Parabéns.

9:32 AM  

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