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segunda-feira, julho 13, 2009

O "Brasil sarney"!

O "Brasil sarney", é o país entediado, preguiçoso, voraz e que não cria riqueza só onera o Tesouro Nacional. É o país das mamatas, vantagens, mordomias, chantagens e que somente busca sua própria e rica sobrevivência.

É o país de um executivo não só leniente como promotor da corrupção da troca de favores políticos. É o país de funcionários privilegiados que recebem muito além do que produzem em total dissintonia com o Brasil real.

Alguns fatos: de janeiro até hoje a queda de 4,5 pontos percentuais da taxa básica de juros Selic vai gerar uma economia de R$ 40 bilhões para o governo em 12 meses com o pagamento da dívida pública.

Que bom, dirá você, finalmente teremos dinheiro para investimentos em infraestrutura e tocar o tal do PAC que não sai do lugar!

Enganou-se. 80% desse valor, ou seja, R$ 32 bilhões vão para os aumentos de salários concedidos pelo governo que serão pagos de 2009 a 2012.

Esse aumento de salários não é o único a pressionar as despesas correntes do governo. Na impossibilidade de se dar aumento por falta de prazo pela Lei de Diretrizes Orçamentárias o governo não se constrange e, criativo que é para esses assuntos, cria um Bônus Especial de Desempenho Institucional para os funcionários do DNIT.

Se aprovado pelo Congresso, será pago até julho do ano que vem um abono para 2.947 servidores ativos do DNIT, que sairá das verbas de custeio do governo. Os tais bônus variam de R$ 6 mil e poucos a R$ 49 mil e picos.

Mas no "Brasil sarney" o legislativo é o mais criativo em gerar despesas para o povo. Entre as milhares de propostas para aumentar os custos existe até uma, acredite, que cria uma indenização a todos os descendentes de escravos no valor de R$ 200 mil per capita totalizando a quimera de R$ 13 trilhões, cinco vezes o PIB do Brasil!

O Judiciário não poderia ficar atrás nessa festança. Corre emenda constitucional para restabelecer o pagamento de qüinqüênios para juízes e procuradores a um custo estimado de R$ 13 bilhões. Não devemos subestimar o resto do funcionalismo que já pressiona para ter o mesmo direito.

Para pagar essas farras com o dinheiro público o "Brasil sarney" elevou a carga tributária de 27% do PIB em 1995 para 35,8% em 2008.

Não podemos esquecer o custo do Senado, por exemplo, com 81 senadores e 10 mil funcionários, de 2,8 bilhões por ano, ou seja, R$ 35 milhões ao ano por cada um dos 81 senadores.

Para terminar cito Arminio Fraga em entrevista que deu ao jornal Valor: “Sim há descontrole nos gastos públicos. Não é um descontrole explosivo ano a ano, mas como é via de mão única para cima, o que se vê com o passar dos anos é assustador. Tem que parar.”

Talvez por essa herança maldita anunciada é que o Serra não confirme sua candidatura a presidente. Melhor, talvez, que a bomba relógio caia no colo de outrem!

*Texto baseado na coluna de Claudia Safatle no jornal Valor de 10 de julho.