De novo?*
Sempre no final de sua apresentação tirava da cartola, pombos, lenços multicoloridos, coelho e, certa vez, até uma pequena jaguatirica sob aplausos e “oohhs!” de admiração. Com o passar do tempo seus truques repetitivos, conhecidos, foram se tornando mais pobres, sem graça, bizarros.
Lembram pessoas que se pensam espertas e repetem sempre suas mesmas espertezas como se o mundo ao seu redor fosse um mundo de aparvalhados e ele um gênio iluminado. Repetem-se como se ninguém notasse seus velhos artifícios, suas surradas farsas e desajeitados maneirismos.
Como o velho mágico, não se dão conta de que quando a esperteza não é suficientemente nova e esperta para dissimular o engodo torna-se tão somente melancólica e patética.
*ilustrando conversa com meu amigo Ricardo Barbosa
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