Livros e rotina
“A primeira impressão não tem uma segunda chance” é um dito popular que pode ser definido como o paradigma principal do mundo dos negócios da última década do século passado. Não sem razão.
Estou lendo quatro livros. Capítulo aqui, capítulo acolá e vamos tocando. Ocorreu-me analisar as impressões iniciais dos livros para ver se realmente a primeira é a que vale. Vamos lá.
Comecei a ler “Viver para Contar” de Gabriel Garcia Marques, em seguida “A Arte da Política, a História que Vivi”, de Fernando Henrique Cardoso, mais “Tudo ou Nada” de Roberto Shinyashiki e finalmente “Contra o Brasil” de Diogo Mainardi.
Destes quatro o que jamais imaginei que leria é o”Tudo ou Nada”, por absoluta falta de afinidade com o gênero, auto ajuda.
Comprei-o por engano pensando tratar-se de um administrador que cagasse regras em management. Não, ele é um psiquiatra que caga regras em como você deve levar sua vida para ser feliz. Confesso que a primeira impressão foi péssima.
Imagine um livro de auto ajuda com o título “Tudo ou Nada” cuja introdução tem como chamada a frase “o passarinho voou”. Minha primeira reação foi fazer o livro voar pela janela, mas me contive. Afinal, tenho que superar o preconceito que me impediu, até agora, de ler qualquer livro do Paulo Coelho.
Fui em frente, li até o final e descobri que o preconceito realmente atrasa nossa vida. Para superá-lo fui capaz de ler até o fim uma merda de livro. Perdi meu tempo.
Acho admiráveis os escritores de auto ajuda. Não tem o menor pudor em escrever bobagens e obviedades. Porque sabem, com exatidão, gerenciar o sentimento do outro. O que é óbvio para todos, escrito de forma a ir de encontro ao que você está cansado de saber, é um reforço de “sua sabedoria”, coisa que todo mundo adora reforçar. E assim vendem milhões de livros. O psiquiatra Shinyashiki, com 5 ou 6 títulos, já vendeu 6,5 milhões de exemplares! É ou não é fantástico?
Já o “Contra o Brasil” do Diogo Mainardi causa a única primeira impressão possível: o jovem vai desancar o Brasil e todos nós brasileiros. É um garoto problema que vive “'pour épater le bourgeois”, e, lógico, ficar famoso e ganhar um dinheirinho. O livro é uma descoberta em sua estrutura: buscar opiniões de visitadores do Brasil, em todos os tempos, que denegriram sua imagem. Mesmo para os que discordam, é uma boa proposta. Entre a metade e os três quartos do livro o jovem Mainardi exagera, se repete e cansa. Mas vale a pena. Se quiser pare logo após a metade e pule para as últimas páginas. Para os que já leram, viva!
O “Viver para Contar” dei uma pausa no terceiro capítulo. Gabo em sua visita à casa me cansou. Volto em breve.
O do FHC precisa fôlego e a primeira impressão é a do seu sorriso envaidecido na foto da capa: vai derramar erudição! Não deu outra. É um livro denso mas agradável de ser lido. Não só relata sua vida de presidente como faz um verdadeiro tratado de sociologia para cada decisão que tomou antes, durante e talvez depois do governo. Ainda não cheguei lá, estou no Plano Real. Nem chegarei tão cedo.
Tive o privilégio, o prazer e a alegria de receber a visita de meus dois filhos que vieram de São Paulo passar uma semana comigo, em Piedade. Fora nos ocuparmos diletantemente com as cervejinhas, chopinhos, fartos e saborosos repastos e nos divertirmos muito me fizeram o favor de deixar mais dois livros: o do Ricardo Kotscho, “Do Golpe ao Planalto”, e o da Lucia Hippolito “Por Dentro do Governo Lula”. E ainda instalaram no meu pc o software LimeWire para baixar música da Internet. E ainda tenho que cuidar deste blog, ir à praia e não descuidar do chopinho de fim de tarde!
Tenho a impressão que não vou ter tempo para mais nada! Arre!
Estou lendo quatro livros. Capítulo aqui, capítulo acolá e vamos tocando. Ocorreu-me analisar as impressões iniciais dos livros para ver se realmente a primeira é a que vale. Vamos lá.
Comecei a ler “Viver para Contar” de Gabriel Garcia Marques, em seguida “A Arte da Política, a História que Vivi”, de Fernando Henrique Cardoso, mais “Tudo ou Nada” de Roberto Shinyashiki e finalmente “Contra o Brasil” de Diogo Mainardi.
Destes quatro o que jamais imaginei que leria é o”Tudo ou Nada”, por absoluta falta de afinidade com o gênero, auto ajuda.
Comprei-o por engano pensando tratar-se de um administrador que cagasse regras em management. Não, ele é um psiquiatra que caga regras em como você deve levar sua vida para ser feliz. Confesso que a primeira impressão foi péssima.
Imagine um livro de auto ajuda com o título “Tudo ou Nada” cuja introdução tem como chamada a frase “o passarinho voou”. Minha primeira reação foi fazer o livro voar pela janela, mas me contive. Afinal, tenho que superar o preconceito que me impediu, até agora, de ler qualquer livro do Paulo Coelho.
Fui em frente, li até o final e descobri que o preconceito realmente atrasa nossa vida. Para superá-lo fui capaz de ler até o fim uma merda de livro. Perdi meu tempo.
Acho admiráveis os escritores de auto ajuda. Não tem o menor pudor em escrever bobagens e obviedades. Porque sabem, com exatidão, gerenciar o sentimento do outro. O que é óbvio para todos, escrito de forma a ir de encontro ao que você está cansado de saber, é um reforço de “sua sabedoria”, coisa que todo mundo adora reforçar. E assim vendem milhões de livros. O psiquiatra Shinyashiki, com 5 ou 6 títulos, já vendeu 6,5 milhões de exemplares! É ou não é fantástico?
Já o “Contra o Brasil” do Diogo Mainardi causa a única primeira impressão possível: o jovem vai desancar o Brasil e todos nós brasileiros. É um garoto problema que vive “'pour épater le bourgeois”, e, lógico, ficar famoso e ganhar um dinheirinho. O livro é uma descoberta em sua estrutura: buscar opiniões de visitadores do Brasil, em todos os tempos, que denegriram sua imagem. Mesmo para os que discordam, é uma boa proposta. Entre a metade e os três quartos do livro o jovem Mainardi exagera, se repete e cansa. Mas vale a pena. Se quiser pare logo após a metade e pule para as últimas páginas. Para os que já leram, viva!
O “Viver para Contar” dei uma pausa no terceiro capítulo. Gabo em sua visita à casa me cansou. Volto em breve.
O do FHC precisa fôlego e a primeira impressão é a do seu sorriso envaidecido na foto da capa: vai derramar erudição! Não deu outra. É um livro denso mas agradável de ser lido. Não só relata sua vida de presidente como faz um verdadeiro tratado de sociologia para cada decisão que tomou antes, durante e talvez depois do governo. Ainda não cheguei lá, estou no Plano Real. Nem chegarei tão cedo.
Tive o privilégio, o prazer e a alegria de receber a visita de meus dois filhos que vieram de São Paulo passar uma semana comigo, em Piedade. Fora nos ocuparmos diletantemente com as cervejinhas, chopinhos, fartos e saborosos repastos e nos divertirmos muito me fizeram o favor de deixar mais dois livros: o do Ricardo Kotscho, “Do Golpe ao Planalto”, e o da Lucia Hippolito “Por Dentro do Governo Lula”. E ainda instalaram no meu pc o software LimeWire para baixar música da Internet. E ainda tenho que cuidar deste blog, ir à praia e não descuidar do chopinho de fim de tarde!
Tenho a impressão que não vou ter tempo para mais nada! Arre!
2 Comments:
Caríssimo Alfredo
Ao comemorar, hoje, o primeiro ano do Blog da Santa eu não poderia deixar de agradecer atenção e carinho que sempre recebi. Bjs
Pai,
O parágrafo de como o preconceito atrasa a nossa vida é primoroso. Viva!!!!!
O do Kotscho é interessante. acho que vc vai gostar.
Saudade da praia, da cerveja e do papo
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