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domingo, agosto 06, 2006

Os Candidatos

Imagine convidar um, dois ou três amigos para caminhar pela Av. Paulista em São Paulo, ao meio dia. Imagine mais. Você contrata o flanelinha da esquina para andar atrás de seu grupinho empunhando uma bandeirola. Você conversa com seus amigos, sorri, olha para os transeuntes cumprimenta-os, sorri novamente e lá vai você todo fagueiro desfilando pela avenida!

O que será que pensam as pessoas que lhe vêem na multidão?

Como é tempo de eleição e o brasileiro é meio atrapalhado para essas coisas, alguns até podem pensar que você, além de palhaço, é candidato a algum cargo. Talvez síndico de prédio, gerente do sindicato de manicuros, chefe de quarteirão, enfim, qualquer coisa.

Mas, seguramente, não vão achar que você, esse bobo alegre andando que nem barata tonta acenando para o nada, é candidato à presidente da República Federativa do Brasil!

É mais fácil imaginarem que você é mesmo um bobo alegre que fez tanto sucesso com sua cara de idiota que veio até a TV Globo te filmar para uma daquelas matérias babacas, metidas a engraçadas, que terminam o Jornal Nacional.

Se for capaz, imagine repetir essa pantomima de quatro em quatro anos três vezes seguidas. Se conseguiu imaginar você deve ser o próprio, o famoso Eymael!

O incrível é que essa performance deve fazer bem. A cada candidatura Eymael fica mais moço!

Entre eleições ele deve se dedicar integralmente a sessões intermináveis de ioga, seguidas aplicações de botox, terapia ortomolecular, psicanálise, altíssimas doses de estimulantes e plásticas suficientes para tornar seu sovaco esquerdo em cavanhaque vencedor em 2010.

Sem falar na alimentação, toda a base de soja. Sim, porque Eymael é limítrofe, mas é precavido. Você nunca viu ele posar para fotos comendo carne de jibóia, usando cocar, andando de jegue, nem mesmo degustando uma saudável média com pão e manteiga no bar da esquina. Não, Eymael tem seu jeito único de fazer campanha, ser um imbecil urbano até a raiz dos cabelos!

Nesta eleição, Eymael está preocupado. Não é mais o único. Surgiu agora o Bivar, o empresário do bordão único, e, com perdão da má lembrança, cartola de futebol.

Sua campanha, além de passear com os amigos, é repetir à exaustão “temos que criar o imposto único, 1,7% para o pagador e 1,7% para o credor; com esses 3,4% resolveremos todos os nossos problemas de desenvolvimento, distribuição de renda, juros, taxa de inflação e câmbio, déficit da previdência e o que mais aparecer pela frente!”

Se ele for eleito, só para encher o saco, vou propor um substitutivo para o imposto, a lei pi: 3,1416% sendo 1,539% debitado ao pagador e 1,6047% ao credor.

É muito melhor!

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

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7:34 AM  

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