Tomei um baile!
Fui à Lotérica jogar na sena. Somente duas pessoas na minha frente para serem atendidas. Nisso entra um senhor passa por nós e se posiciona num cantinho da loja. Vagou o caixa ele imediatamente se apresentou.
O senhor que estava na minha frente virou e me disse:”Se é por idade, também temos o direito”. Não hesitei, dirigi-me ao senhor esperto e disse que ele não passasse em nossa frente. P'rá que!
O homem deitou falação, cagou regra, disse que nós entramos na fila por que quisemos, que do direito dele não abria mão, nós é que também nos posicionássemos naquele canto e ... graças a Deus liberou o meu caixa!
O senhor da minha frente, que havia me atiçado, tirou o time:”Deixa para lá”. A moça me atendeu com um olhar de “olha a merda que você fez”! Para a cara não cair de vez no chão, deu tempo ainda de fazer um ar superior, resmungar um “vá se danar” num muxoxo, ser atendido e cair fora.
Mas calou fundo.
Como o desgraçado do companheiro sabia que aquele cantinho mágico lhe assegurava o direito de furar a fila, já que sinalização não existia? Aí é que entra o exercício do direito. No Brasil não basta ter o direito, tem de conhecer os atalhos para exerce-lo. A loja deveria sinalizar o local de atendimento aos mais velhos. Como não havia a sinalização valia o conhecimento do lugar, dos funcionários e assim por diante.
Mesmo para ter seu direito reconhecido tem que ser esperto. A esperteza é dominante no caráter do Brasil . Por isso que o Lula vai ser reeleito no primeiro turno. Severino Cavalcanti, Palocci, Inocêncio de Oliveira, José Genoíno, Paulo Maluf, todos vão ser campeões de votos.
O brasileiro idolatra uma safadeza e de certa forma vê a corrupção somente como mais uma forma de esperteza.
Da próxima vez que for à Lotérica já vou entrar dando baixa: “e aí moçada onde é que eu fico para ser atendido antes desses panacas que estão na fila?”
Não levo jeito.
1 Comments:
Na última eleição, tremenda fila na sessão. Uma (muito) jovem senhora vinha com seu filho de uns seis anos. A criança corria pelas quadras ada escola, mexia com as pessoas, gritava.
Ao avistar a fila, a jovem senhora não titubeou. Pôs a criança no colo, furou a fila, votou (provavelmente em algum serevino,lula,palocci,etc) e saiu triunfante. Com seu dever cumprido e seu direito garantido.
Não duvido que nas próximas eleições ela volte com o filho, já barbado, no colo.
Como também não duvido que algumas pessoas aluguem crianças, muletas, e outros apetrechos só para poderem furar a fila e votar.
Viva o Brasil. Viva a Lei de Gérson.
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