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sexta-feira, maio 25, 2007

Cheiro de melancia


Dizem que quando há tubarão por perto, o mar cheira a melancia. Quando o cheiro é de merda, com certeza, há merda mesmo.

De repente todo mundo ficou contra as ações da polícia federal.

Desde que foi implantada a Operação Navalha, comecei a perceber pequenos sinais de nervosismo em pessoas, até então, olimpicamente serenas.

A começar pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que esquecido de sua posição de magistrado, acusou a PF de canalhice, por, supostamente, vazar informações onde aparece um homônimo seu recebendo mimos do acusado mor Zuleido Veras. Como se quizessem intimidá-lo.

Ao invés de esclarecer o fato preferiu atacar a polícia que cumpria mandados de juíza do Tribunal Superior de Justiça.

Foi acompanhado pelos oportunistas de sempre.

A cara de bunda do Renan Calheiros, zanzando como zumbi pelos corredores do senado, acabou de ser justificada por matéria de hoje da revista Veja acusando-o de receber pagamentos de lobista da construtora Mendes Junior. O Chinaglia não sabe o que faz para se fingir de morto assim como a maioria dos deputados e senadores.

Sarney não se fez de rogado em sacrificar, agilmente, seu indicado ministro. Safou-se, ao menos, por enquanto.

Esta operação cutucou a onça que ao invés de atacar, acuou-se.

Mas o que há de diferente, afinal, nesta operação?

A diferença, a grande diferença, é que desta vez o Lula está soberano. Seus amigos, amigos in pectore, não estão envolvidos.

É uma oportunidade única que ele não perderá, por nada neste mundo, de livrar-se dos chantagistas aliados assando-os em fogo brando e se mostrar ao povo com o título que lhe falta, de paladino da moral!

Respirem fundo porque há cheiro de merda no ar, muita merda!