Nepotismo? Não, estágio sucessório!
Os políticos, não fosse o preço do ingresso, apresentam divertidos espetáculos.
Aqui em Pernambuco, agora, discutem o fim do nepotismo em todos os poderes estaduais e municipais. Quando digo nos poderes quero dizer que discutem um esperando o que o outro vai decidir.
Quando a situação corre o risco de ter de ser resolvida, resolvem esperar o que seus pares federais resolverão. Simples assim.
Não é para menos. Eles próprios criam os tais cargos de confiança de livre provimento justamente para isso mesmo, nomear asseclas e parentes. Sem concurso público, sem qualquer avaliação séria da necessidade do cargo e muito menos da competência do nomeado.
Sabe-se lá porque, vez por outra, um, mais demagogo que a média, resolve revelar-se e coloca o assunto em discussão. É claro que nenhum deles quer discutir o nepotismo, mas lançada a questão, a imprensa começa a cobrar posições.
Os “raposas velhas”, mais ladinos, como sabem que mesmo aprovada lei que proíba a contratação de parentes, dificilmente evitarão a contratação cruzada, reagem com fingido equilíbrio do “sim, precisamos analisar o caso com cuidado”.
Os ingênuos, ou melhor dizendo, os neófitos, são categóricos em afirmar que “sim, precisamos analisar o caso com cuidado”.
Sempre que vejo uma foto do presidente da Assembléia Legislativa de Pernambuco, o deputado Guilherme Uchoa, lembro-me do Mino Carta.
Diz o Mino que devemos dar crédito às aparências, se o fulano parece picareta, provavelmente ele é picareta! Não é o caso do distinto deputado.
Sua aparência é de um lutador de boxe aposentado, não lembra nada um legislador, principalmente quando emite suas opiniões. Nesta questão do nepotismo disse o seguinte:
“Tem a norma ética e a regra técnica. Se algum deputado achar que é imoralidade manter um parente no gabinete que o demita. Não entendo assim. Vejo sucessão de carreira em família de atores, de empresários, de advogados, das mais variadas profissões. Por que só os políticos não podem?”
Pasmem, mas o nobre deputado não é um ex-boxeador, é um ex-juiz! Ainda bem que aposentado e ainda mal que presidente da Assembléia.
Como pode um ex-magistrado confundir tão primariamente o público com o privado?
Se quiser que seu filho siga sua carreira, mande-o estudar, pelo jeito sem maiores exigências curriculares, para ser bacharel, e contrate-o para sua banca. Depois, se político quiser ser, que se candidate e seja eleito!
O dinheiro público paga cargos públicos que todo cidadão tem o direito de disputar em concurso público. O eleitor não elege apaniguados e os cargos públicos não são para estágios de herdeiros.
Baseado na tal regra técnica, arremata: “manterei meu filho no gabinete até que uma lei o proíba”.
Vou analisar com mais cuidado a aparência do ilustre deputado.
PS: Minha deputada estadual é Terezinha Nunes. Não por coincidência as nomeações para seus cargos de confiança foram feitos por seleção pública. Não foi sorte que tive na escolha. Foi simplesmente exercer meu dever, como eleitor, de analisar os candidatos e escolher bem.
Aqui em Pernambuco, agora, discutem o fim do nepotismo em todos os poderes estaduais e municipais. Quando digo nos poderes quero dizer que discutem um esperando o que o outro vai decidir.
Quando a situação corre o risco de ter de ser resolvida, resolvem esperar o que seus pares federais resolverão. Simples assim.
Não é para menos. Eles próprios criam os tais cargos de confiança de livre provimento justamente para isso mesmo, nomear asseclas e parentes. Sem concurso público, sem qualquer avaliação séria da necessidade do cargo e muito menos da competência do nomeado.
Sabe-se lá porque, vez por outra, um, mais demagogo que a média, resolve revelar-se e coloca o assunto em discussão. É claro que nenhum deles quer discutir o nepotismo, mas lançada a questão, a imprensa começa a cobrar posições.
Os “raposas velhas”, mais ladinos, como sabem que mesmo aprovada lei que proíba a contratação de parentes, dificilmente evitarão a contratação cruzada, reagem com fingido equilíbrio do “sim, precisamos analisar o caso com cuidado”.
Os ingênuos, ou melhor dizendo, os neófitos, são categóricos em afirmar que “sim, precisamos analisar o caso com cuidado”.
Sempre que vejo uma foto do presidente da Assembléia Legislativa de Pernambuco, o deputado Guilherme Uchoa, lembro-me do Mino Carta.
Diz o Mino que devemos dar crédito às aparências, se o fulano parece picareta, provavelmente ele é picareta! Não é o caso do distinto deputado.
Sua aparência é de um lutador de boxe aposentado, não lembra nada um legislador, principalmente quando emite suas opiniões. Nesta questão do nepotismo disse o seguinte:
“Tem a norma ética e a regra técnica. Se algum deputado achar que é imoralidade manter um parente no gabinete que o demita. Não entendo assim. Vejo sucessão de carreira em família de atores, de empresários, de advogados, das mais variadas profissões. Por que só os políticos não podem?”
Pasmem, mas o nobre deputado não é um ex-boxeador, é um ex-juiz! Ainda bem que aposentado e ainda mal que presidente da Assembléia.
Como pode um ex-magistrado confundir tão primariamente o público com o privado?
Se quiser que seu filho siga sua carreira, mande-o estudar, pelo jeito sem maiores exigências curriculares, para ser bacharel, e contrate-o para sua banca. Depois, se político quiser ser, que se candidate e seja eleito!
O dinheiro público paga cargos públicos que todo cidadão tem o direito de disputar em concurso público. O eleitor não elege apaniguados e os cargos públicos não são para estágios de herdeiros.
Baseado na tal regra técnica, arremata: “manterei meu filho no gabinete até que uma lei o proíba”.
Vou analisar com mais cuidado a aparência do ilustre deputado.
PS: Minha deputada estadual é Terezinha Nunes. Não por coincidência as nomeações para seus cargos de confiança foram feitos por seleção pública. Não foi sorte que tive na escolha. Foi simplesmente exercer meu dever, como eleitor, de analisar os candidatos e escolher bem.
3 Comments:
Cheguei aqui através do post lá no Blog da Santa. Parabéns pelos excelentes textos aqui publicados!
Pernambuco caminha a passos largos para a desmoralização pública.
Não seja rigorosa com Pernambuco, é o Brasil todo que está indo para o brejo moral.
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