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Local: Varanda em Pernambuco

terça-feira, agosto 21, 2007

Irmãos, oremos!

Não agüento mais minuto de silêncio e camisetas estampadas com a palavra PAZ ou com fotos de vítimas fatais de causas as mais diversas.

Prefiro os que aprendem a fazer sua parte. A votar, por exemplo. A dar nome aos bois, não ficando no protesto difuso e na amargura e tristeza auto piedosas.
Que chutem paredes, se desesperem, uivem, até rezem, mas tomem uma atitude prática que auxilie na solução do caso e da mágoa.

Processem os que acharem que devam ser processados, cobrem dos políticos que ajudou a eleger. A passividade da exibição da dor é pior que a dor. É um conforto comodista, um alívio estéril. No fundo é jogar a solução totalmente para os outros e dela não participar.

Vou dar um exemplo atualíssimo: a tragédia com o avião da TAM.

O minuto de silêncio dos parentes das vítimas, em Congonhas, foi interrompido pelos alto falantes do aeroporto chamando os passageiros da Gol para o embarque. A vida continua! Ou tomamos atitudes que chacoalhem os culpados ou nosso pesar é esquecido e ficamos para trás.

De que adiantam minutos de silêncio pelo Brasil afora se os diretores da Anac são blindados? Quem os nomeou? Que eu saiba foram indicações políticas, principalmente da ministra Dilma Roussef, e aprovadas pelo Senado! Que não se dá ao trabalho sequer de analisar os currículos dos indicados e avaliar se são competentes para a função.

Acostumados a se curvarem ao executivo, são uns aproveitadores das benesses e do dinheiro público e homologadores de decisões dos governantes. Sabem, no entanto, chantagear o executivo para conseguir favores, cargos quando não dinheiro vivo.

Agora ficam de sonsos acusando os anaquianos de ineptos! Mais ineptos são eles que não querem nada com o batente, dedicando-se exclusivamente a futricas, incapazes de exercerem suas mais elementares prerrogativas parlamentares.

Mais eficaz do que rezar é acioná-los, nomeados, nomeadores e homologadores, na justiça, um a um em processos individuais e coletivos por formação de bando ou quadrilha. Não há de faltar advogados que abracem a causa.

Não vamos deixar que até mesmo os advogados fiquem com baboseiras como o “Cansei” no melhor estilo rodriguiano de “advogados de passeata”!

Outro exemplo. O mesmo gênio que teve a brilhante idéia do “Cansei”, em entrevista ao jornal “Valor”, afirmou que “o Brasil não é um Piauí, que pode desaparecer que ninguém liga”!

O governador do estado envia uma carta ao jornal convidando o porra louca a conhecer o Piauí, terra de gente trabalhadora, rica em belezas naturais e em pleno desenvolvimento econômico.

Não cabe suposta elegância de resposta no caso.

O governador tinha é que meter um processo no indivíduo por preconceito e pedir sua cabeça para a Philips que recentemente o contratou para a presidência da multinacional no Brasil.

No mínimo pedir seu afastamento para tratamento médico já que, imagina-se, até esta destrambelhada, era um executivo capaz que agora endoidou.

Por isso, irmãos, oremos, mas com um porrete nas mãos!