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sábado, outubro 27, 2007

Fanfarrões

O fanfarrão opera no limite do ridículo.

Se bem aparelhado para a bazófia e, principalmente, competente nos seus afazeres, torna-se figura popular. Quando não, torna-se grotesco.

O bazófio tem que dominar a forma de se expressar, da linguagem ao gestual, até eventuais dramatizações cênicas.

Um dos maiores fanfarrões do mundo em competência, humor e elegância, foi o Mohamed Ali, o maior campeão peso pesado de boxe de todos os tempos.

Quando ainda era Cassius Clay, antes de suas lutas dava entrevistas desancando o adversário, dizendo o round em que o botaria na lona e se vangloriando de ser o melhor e mais belo lutador do mundo.

Não só anunciava o nocaute, como, com uma agilidade e elegância de dançarino, cumpria o prometido.

Certo dia , em entrevista, bateu seu próprio recorde de fina ironia, inteligência, improviso e estudada arrogância.

Perguntado se realmente se achava o melhor e mais bonito boxer do mundo, respondeu que “várias vezes já tentara se convencer de que não era, mas sempre lhe faltavam argumentos!”

Um mestre da fanfarronice, com uma carreira profissional impecável!

Lembrei-me dessa história lendo uma recente afirmação do Lula de que nem mesmo ele agüentava mais seu incansável bordão do “nunca na história desse país”.

Fanfarrão de parcos recursos, de uma impressionante indigência de linguagem, tornou-se uma caricatura de si próprio. Patético!

Aos fanfarrões é fundamental a maestria e a competência!

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Tente achar na Folha de SP de hoje (27/10) o que nosso presidente disse a respeito do etanol combustível. Segundo ele, o companheiro vai por mais álcool no carro e por isso irá beber menos... Se eu achar a frase certinha eu te mando. Ultrapassa o limite do ridículo

11:16 PM  

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