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Local: Varanda em Pernambuco

terça-feira, novembro 13, 2007

O boca rota e os pedintes achacadores.

Esta foto aí ao lado me remeteu aos nossos políticos em Brasília, nos dias atuais, indo para mais um round de negociações com Lula e seus asseclas.

Excitados, ávidos por uma benesse presidencial, qualquer uma, desde alguns trocados até importantes cargos federais.

Como disse Tom Jobim, o Brasil não é para amadores. Nosso presidente sabe bem disso e aparelhou-se como o mais competente gerente de picaretas que este país já teve. Junto a essa classe indigesta ele consegue tudo. Negocia sem pudor, abertamente, cedendo aos mais vergonhosos achaques.

Mais despudorados são os pedintes, anônimos na multidão de crápulas. Este é o campo de competência de nosso presidente.

Semana passada quando o assunto era sério, pisou no tomate.

Tomara que o factóide do campo Tupi da Petrobrás um dia se realize como economicamente viável. O anúncio, porém, deveria ter sido mais comedido. Além do espalhafato, o presidente patrocinou uma verdadeira gafe como bom boca rota e porra louca que é.

Em 30 de outubro, na viagem para o anúncio da Copa de 2014, abriu o jogo para os governadores que o acompanhavam dizendo que a Petrobrás anunciaria sua descoberta que aumentariam em 50% as reservas de petróleo do país.

Criou-se uma situação constrangedora para a CVM, Comissão de Valores Mobiliários, xerife do mercado de capitais brasileiro. Terá de investigar se o presidente da República, ao arrotar grandeza, não possibilitou o uso de informação privilegiada na compra de ações da estatal brasileira.

Este fato torna públicos os erros de governança corporativa que a empresa e o governo, seu maior acionista, vêm cometendo, além de a companhia ser usada como instrumento de política pública.

Agora a CVM terá de julgar o ato do presidente que, em última instância, é quem nomeia seu próprio presidente. Papelão!

Tem horas que o falastrão deveria imitar sua consorte, ficar mudo!