Repentes!
O que nos salva, como espécie, é que ainda existem pessoas surpreendentes. Dentre elas, o pernambucano José Paulo Cavalcanti Filho se destaca. Na foto, com sua esposa Maria Lecticia.
Advogado ilustre, ex-secretário geral do Ministério da Justiça quando era ministro Fernando Lyra, foi presidente do Conselho de Comunicação Social (CCS) desde sua instalação, em junho de 2002, e recém convidado para compor, ao lado de outros notáveis, o Conselho do novo xodó do governo, a TV Pública Brasil.
Não bastassem essas atividades é escritor, articulista, cronista e repentista da maior qualidade. Personagem conhecido por seu brilhantismo intelectual e cultura, tomou posse, nessa segunda-feira, como o mais novo imortal da Academia Pernambucana de Letras, ocupando a cadeira 27.
Apesar de seu porte avantajado dedica-se ao tênis com os amigos que lhe chamam carinhosamente de Zé Paulinho. Dizem as más línguas que usava o esporte para justificar sua fome, joãosextiana, por galetos na brasa que o acompanhavam para a quadra. E de preferência aqueles assados em barracas de rua, o que lhes dá um sabor diferenciado.
Se tão sabidamente eclético, como ainda pode surpreender? Explico.
Temos amigos comuns, mas só conheço o José Paulo por eventuais e-mails que trocamos. Sempre que tenho um assunto em meu blog que imagino vá lhe interessar, lhe comunico. Sempre gentil, lê e comenta.
Muito bem. No dia de sua posse na Academia resolvi provocá-lo enviando-lhe a seguinte mensagem:
“Meu caro José Paulo,
Parabéns pela merecida imortalidade.
Aproveito para pedir que você me esclareça uma dúvida que sempre tive em relação às Academias de Letras.
Porque, justamente na hora que o acadêmico precisa usufruir de sua imortalidade, tomam-lhe a cadeira?
Conhecendo seus dotes, responda-me em versos que publicarei no meu blog.
Um forte abraço,
Alfredo”
Respondeu-me, sem regatear, de bate pronto:
“Alfredo da Rosa Borges
Inventa de perguntar
Porque na Academia
Mal se acaba de sentar
Vem a morte, essa ingrata,
Já cobrando o seu lugar.
Não tenho resposta a dar
Querido amigo Alfredo
Só cabendo aqui dizer
E entre nós fique em segredo.
Que quando o dia chegar
E ela vier me buscar
Não tenho o que lamentar
Que vou-me embora sem medo.”
Abraço amigo,
José Paulo Cavalcanti Filho.”
Agora, termino eu.
"Meu caro José Paulo
Quando admiro alguém
Não grito, mas não me calo,
Não elogio em segredo.
Desculpe, mas vai para o ar
Esse nosso novo enredo.
E aproveito para enviar
Um abraço do amigo Alfredo."
Advogado ilustre, ex-secretário geral do Ministério da Justiça quando era ministro Fernando Lyra, foi presidente do Conselho de Comunicação Social (CCS) desde sua instalação, em junho de 2002, e recém convidado para compor, ao lado de outros notáveis, o Conselho do novo xodó do governo, a TV Pública Brasil.
Não bastassem essas atividades é escritor, articulista, cronista e repentista da maior qualidade. Personagem conhecido por seu brilhantismo intelectual e cultura, tomou posse, nessa segunda-feira, como o mais novo imortal da Academia Pernambucana de Letras, ocupando a cadeira 27.
Apesar de seu porte avantajado dedica-se ao tênis com os amigos que lhe chamam carinhosamente de Zé Paulinho. Dizem as más línguas que usava o esporte para justificar sua fome, joãosextiana, por galetos na brasa que o acompanhavam para a quadra. E de preferência aqueles assados em barracas de rua, o que lhes dá um sabor diferenciado.
Se tão sabidamente eclético, como ainda pode surpreender? Explico.
Temos amigos comuns, mas só conheço o José Paulo por eventuais e-mails que trocamos. Sempre que tenho um assunto em meu blog que imagino vá lhe interessar, lhe comunico. Sempre gentil, lê e comenta.
Muito bem. No dia de sua posse na Academia resolvi provocá-lo enviando-lhe a seguinte mensagem:
“Meu caro José Paulo,
Parabéns pela merecida imortalidade.
Aproveito para pedir que você me esclareça uma dúvida que sempre tive em relação às Academias de Letras.
Porque, justamente na hora que o acadêmico precisa usufruir de sua imortalidade, tomam-lhe a cadeira?
Conhecendo seus dotes, responda-me em versos que publicarei no meu blog.
Um forte abraço,
Alfredo”
Respondeu-me, sem regatear, de bate pronto:
“Alfredo da Rosa Borges
Inventa de perguntar
Porque na Academia
Mal se acaba de sentar
Vem a morte, essa ingrata,
Já cobrando o seu lugar.
Não tenho resposta a dar
Querido amigo Alfredo
Só cabendo aqui dizer
E entre nós fique em segredo.
Que quando o dia chegar
E ela vier me buscar
Não tenho o que lamentar
Que vou-me embora sem medo.”
Abraço amigo,
José Paulo Cavalcanti Filho.”
Agora, termino eu.
"Meu caro José Paulo
Quando admiro alguém
Não grito, mas não me calo,
Não elogio em segredo.
Desculpe, mas vai para o ar
Esse nosso novo enredo.
E aproveito para enviar
Um abraço do amigo Alfredo."
1 Comments:
Pois é, cada dia mais surpreendente
Meu pai agora faz repente...
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