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segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Meu Deus!

Estava de saída para ir ao dentista quando toca o telefone. Do outro lado da linha, um grande e dileto amigo, dos poucos que me restam.

Como nos vemos raramente, ele mora em São Paulo e eu me mudei aqui para Piedade, saudamo-nos efusivamente.

Logo notei uma indisfarçável e constrangida emoção em sua voz.

Perguntou-me se eu sabia do acontecido com a Mara.

Respondi que não e, confesso, não identifiquei de pronto quem seria a Mara que pela ênfase do meu amigo eu deveria conhecer.

Disse-me que de partida para Buenos Aires foi comunicado que ela havia sido seqüestrada. Já embarcando, não teve tempo de se inteirar do caso.

Quando retornou à São Paulo ligou para o filho da Mara para saber da situação.

Mara havia saído para ir à sua antiga casa, na Cidade Universitária, que estava à venda, para se encontrar com um marceneiro que iria fazer um conserto numa das portas. Desde então não foi mais vista.

A família recebeu ligação de que ela estava seqüestrada e que aguardassem que pediriam resgate. Passaram-se dias e nada. Começaram uma busca frenética com ajuda da polícia.

Mara foi encontrada morta em sua antiga casa, assassinada a machadadas. Foi reconhecida por seus cabelos.

Mara, lembrei-me, era esposa de outro querido amigo meu.

Torci para despertar deste pesadelo. Infelizmente eu estava acordado.