Sobre imbecis
Ao contrário do que se pensa, a imbecilidade tem gradações , desde um simples imbecil comum até um de carteirinha e, top dos tops, o medalhado.
O comum não tem muito encanto, normalmente é, simplesmente um chato. O de carteirinha já começa a ser divertido, porque, normalmente, se orgulha de sua imbecilidade e a expõe sempre que tem oportunidade, mesmo nas mais constrangedoras situações.
Veja por exemplo o padre Luis Augusto de Goiânia que, durante a celebração de um casamento, repreendeu pública e severamente uma das madrinhas que no seu entender apresentava-se pelada e sem sutiã na cerimônia.
Temos que entrar no mérito do julgamento para facilitar nosso entendimento. A elegante moça trajava um vestido de muito bom gosto, com suave decote na frente e costas desnudas, decorando com sua beleza e simpatia a festa da amiga.
Pois bem, o padre com sua rudeza fez com que ela saísse aos prantos da igreja.
Até aí nosso personagem, mais do que um imbecil, é um casca grossa de primeira. Como dá plantão na Paróquia Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, não perdeu a oportunidade, talvez única em sua vidinha de sonhos enrustidos, de fazer jus à paróquia, medalhando-se, sem milagres, por mérito mesmo, como imbecil de primeira classe.
Deu entrevista para a televisão dizendo que “essas mulheres que andam despidas, sem sutiã, não cuidam de proteger seu corpo tendo que buscar, mais tarde, na plástica a correção para seus peitos desprotegidos de suporte”!
Divertidíssimo, principalmente em cadeia nacional do Jornal da Band com direito à chacota dos apresentadores.
Mais divertido, ainda, foi a chacota, ou melhor, a sentença proferida pela 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, em cima de uma empresa que demitiu, por justa causa, uma funcionária que “excedia-se em flatulência no ambiente de trabalho”.
Com muita propriedade o juiz relator Ricardo Artur Costa e Trigueiros entendeu que se a empresa era capaz de tamanha imbecilidade e agressão à pessoa, nada melhor do que levá-la a sério em sua imbecilidade e tripudiar na sentença.
Começou, baseado em artigo do médico Drauzio Varella, afirmando que a emissão de gases intestinais não é uma doença e, pode mesmo, estar associada à reação de organismos sadios, sendo sinal de boa saúde.
Segue afirmando que a emissão de gases é involuntária e, “embora gere constrangimento e piadas, não há de ter reflexos na vida contratual”.
A demissão, portanto, “pune indiscretas manifestações da flora intestinal sobre as quais, empregado e empregador, não têm pleno domínio”.
Decidiram os juízes daquela corte pela readmissão da funcionária e pagamento de R$ 10 mil por danos morais.
A empresa para ganhar o prêmio de “Imbecis do Novo Milênio” parece que vai recorrer da sentença alegando danos ambientais!
PS: O texto da flatulência foi baseado em competente e divertidíssima reportagem de Vinícius Queiroz Galvão na Folha de São Paulo de hoje.
O comum não tem muito encanto, normalmente é, simplesmente um chato. O de carteirinha já começa a ser divertido, porque, normalmente, se orgulha de sua imbecilidade e a expõe sempre que tem oportunidade, mesmo nas mais constrangedoras situações.
Veja por exemplo o padre Luis Augusto de Goiânia que, durante a celebração de um casamento, repreendeu pública e severamente uma das madrinhas que no seu entender apresentava-se pelada e sem sutiã na cerimônia.
Temos que entrar no mérito do julgamento para facilitar nosso entendimento. A elegante moça trajava um vestido de muito bom gosto, com suave decote na frente e costas desnudas, decorando com sua beleza e simpatia a festa da amiga.
Pois bem, o padre com sua rudeza fez com que ela saísse aos prantos da igreja.
Até aí nosso personagem, mais do que um imbecil, é um casca grossa de primeira. Como dá plantão na Paróquia Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, não perdeu a oportunidade, talvez única em sua vidinha de sonhos enrustidos, de fazer jus à paróquia, medalhando-se, sem milagres, por mérito mesmo, como imbecil de primeira classe.
Deu entrevista para a televisão dizendo que “essas mulheres que andam despidas, sem sutiã, não cuidam de proteger seu corpo tendo que buscar, mais tarde, na plástica a correção para seus peitos desprotegidos de suporte”!
Divertidíssimo, principalmente em cadeia nacional do Jornal da Band com direito à chacota dos apresentadores.
Mais divertido, ainda, foi a chacota, ou melhor, a sentença proferida pela 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, em cima de uma empresa que demitiu, por justa causa, uma funcionária que “excedia-se em flatulência no ambiente de trabalho”.
Com muita propriedade o juiz relator Ricardo Artur Costa e Trigueiros entendeu que se a empresa era capaz de tamanha imbecilidade e agressão à pessoa, nada melhor do que levá-la a sério em sua imbecilidade e tripudiar na sentença.
Começou, baseado em artigo do médico Drauzio Varella, afirmando que a emissão de gases intestinais não é uma doença e, pode mesmo, estar associada à reação de organismos sadios, sendo sinal de boa saúde.
Segue afirmando que a emissão de gases é involuntária e, “embora gere constrangimento e piadas, não há de ter reflexos na vida contratual”.
A demissão, portanto, “pune indiscretas manifestações da flora intestinal sobre as quais, empregado e empregador, não têm pleno domínio”.
Decidiram os juízes daquela corte pela readmissão da funcionária e pagamento de R$ 10 mil por danos morais.
A empresa para ganhar o prêmio de “Imbecis do Novo Milênio” parece que vai recorrer da sentença alegando danos ambientais!
PS: O texto da flatulência foi baseado em competente e divertidíssima reportagem de Vinícius Queiroz Galvão na Folha de São Paulo de hoje.
2 Comments:
A empresa só pode alegar justa causa se provar que a funcionária come repolho azedo e batata doce antes de ir trabalhar.. Aí sim, má-fé...
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