Danado, esse tal de Ceará!
Os que me conhecem sabem que não sou de fácil trato. Sou meio enjoado. Mas o Ceará, desde que aportou em Piedade, contou com minha simpatia.
Cearense, mudou-se para Guarulhos em SP e foi à luta. Diz ele que naquele tempo havia emprego farto para quem não temesse o batente. Seu primeiro trabalho foi numa tecelagem. Fez de tudo um pouco. Foi se acertando e acabou comprando um pequeno sítio onde criava porcos.
Casou-se com Genilda, uma viúva pernambucana. Têm dois filhos, Lucas e Jaqueline.
De repente, parece que as coisas por lá desandaram. Após o segundo assalto a seu pequeno comércio, sua mulher deu um basta e pediu para mudarem para Pernambuco. Aportaram na praia de Piedade. Compraram um ponto e montaram barraca. Foi quando os conheci.
Sempre muito ativo, batalhador, logo percebeu que nos dias de semana o movimento era fraco na praia. Comprou uma catraia de dois metros por um e saía para pescar a uns duzentos metros da areia. Sempre voltava com umas bicudas, eventualmente uma pescada e muita palombeta, um pequeno peixe prateado, ótimo tira gosto. Ia tocando a vida.
Um dia diz “seu Alfredo, comprei um barco, com motorzinho”. Danado esse Ceará. Com sua pequena jangada com motor de popa passou a se aventurar mar a dentro para pescar num canal profundo que vem de Barra de Jangada até o mar em frente à igrejinha de Piedade.
Lá a pesca já é de outro porte: cavalas, serras entre tantos. Pesca-se em menor quantidade, mas em maior peso e qualidade. Só tem um senão: é o trajeto dos tubarões em busca de alimento.
Ceará não gosta quando eles passam próximos ao barco, mas quem gostaria? Quis o destino enriquecer sua história. Um tubarão lixa de 1,60 m pesando quase 50 quilos ferrou seu anzol. Mais que o tubarão, Ceará não rejeita briga. Pegou o bicho na linha.
Com o bicheiro quebrado para puxá-lo para o barco, ficou com o tubarão boiando ao seu lado por quase duas horas, até pedir ajuda a outro jangadeiro que passava por perto. Laçaram o peixe e levantaram.
Quando levava o troféu para casa, dá de cara com uma equipe da TV Globo que filmava um pagode no Jardim Piedade, onde mora. Foi para o ar no telejornal local do meio dia.
Não é que o Ceará, esse danado, teve seu dia de global?
Cearense, mudou-se para Guarulhos em SP e foi à luta. Diz ele que naquele tempo havia emprego farto para quem não temesse o batente. Seu primeiro trabalho foi numa tecelagem. Fez de tudo um pouco. Foi se acertando e acabou comprando um pequeno sítio onde criava porcos.
Casou-se com Genilda, uma viúva pernambucana. Têm dois filhos, Lucas e Jaqueline.
De repente, parece que as coisas por lá desandaram. Após o segundo assalto a seu pequeno comércio, sua mulher deu um basta e pediu para mudarem para Pernambuco. Aportaram na praia de Piedade. Compraram um ponto e montaram barraca. Foi quando os conheci.
Sempre muito ativo, batalhador, logo percebeu que nos dias de semana o movimento era fraco na praia. Comprou uma catraia de dois metros por um e saía para pescar a uns duzentos metros da areia. Sempre voltava com umas bicudas, eventualmente uma pescada e muita palombeta, um pequeno peixe prateado, ótimo tira gosto. Ia tocando a vida.
Um dia diz “seu Alfredo, comprei um barco, com motorzinho”. Danado esse Ceará. Com sua pequena jangada com motor de popa passou a se aventurar mar a dentro para pescar num canal profundo que vem de Barra de Jangada até o mar em frente à igrejinha de Piedade.
Lá a pesca já é de outro porte: cavalas, serras entre tantos. Pesca-se em menor quantidade, mas em maior peso e qualidade. Só tem um senão: é o trajeto dos tubarões em busca de alimento.
Ceará não gosta quando eles passam próximos ao barco, mas quem gostaria? Quis o destino enriquecer sua história. Um tubarão lixa de 1,60 m pesando quase 50 quilos ferrou seu anzol. Mais que o tubarão, Ceará não rejeita briga. Pegou o bicho na linha.
Com o bicheiro quebrado para puxá-lo para o barco, ficou com o tubarão boiando ao seu lado por quase duas horas, até pedir ajuda a outro jangadeiro que passava por perto. Laçaram o peixe e levantaram.
Quando levava o troféu para casa, dá de cara com uma equipe da TV Globo que filmava um pagode no Jardim Piedade, onde mora. Foi para o ar no telejornal local do meio dia.
Não é que o Ceará, esse danado, teve seu dia de global?
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