Decida-se!
Vez em quando, em lampejo eventual de inteligência, não me conformando com minhas próprias assertivas, busco ajuda.
Não por humildade, infelizmente, mas por inconsistência conceitual, o que me incomoda.
Digo isto porque neste exato momento escrevo estas mal traçadas com visão parcial do texto. É como ter opinião baseada em informações imprecisas.
Há algum tempo meu micro vem me criando problemas no monitor. Vou ao especialista, fico sem micro uma semana e um mês depois, no máximo, o problema volta.
Apelei para o melhor argumento dos trogloditas, a porrada. Aos trancos ele volta a funcionar até que ontem resolveu se rebelar e sua tela ficou verde. O cursor absolutamente imbecil e duplo. E eu puto!
Para complicar ainda mais apresentou um sério problema 80072EE2. Liguei para o atendimento da Microsoft e após uma hora de espera e papo consegui baixar o que deveria resolver o problema. Ilusão, nada feito.
Toda essa introdução para perguntar o que vocês acham da possibilidade de utilizar células-tronco de embriões humanos para pesquisa?
No meu modo de ver, é óbvio que deveríamos utilizá-las o que poderá salvar vidas e minorar o sofrimento de milhares de pessoas. Fui me informar e, para variar, o que era óbvio deixou de sê-lo.
A maioria dos países europeus tem leis que vetam essas pesquisas. Talvez para eles essa manipulação genética possa no futuro buscar a raça pura, de nefasta lembrança.
Apelei para a doutora Mayana Katz, professora titular de genética humana do departamento de biologia da Universidade de São Paulo.
Para ela “alguns se opõem ao uso de células-tronco embrionárias obtidas em embriões congelados porque acreditam que o processo equivale a um aborto. Não é verdade. No aborto provocado, a vida do feto é interrompida dentro do útero da mãe.
No caso de embriões congelados, produzidos por reprodução assistida, o embrião foi feito em um tubo de ensaio nas clínicas de fertilização e o potencial de vida não existe enquanto não for introduzido dentro do útero. Na prática, esses embriões, que ficam congelados por anos, tornam-se inviáveis e são descartados.
Outro argumento é que utilizar células-tronco embrionárias para pesquisa é o mesmo que matar o embrião, pois a vida se inicia no momento da fecundação. Novamente, não é.
Embora não haja consenso sobre quando a vida começa, todos concordam, inclusive os religiosos, que ela termina quando pára a atividade cerebral.
Por que não adotar o mesmo critério para considerar que o início da vida coincide com o aparecimento dos primeiros vestígios de terminações nervosas, ou seja, no 14º dia após a fertilização e não no quinto dia, quando geralmente os embriões são congelados?”
E vocês, o que acham? O que fazer com os embriões que vão ser descartados, pesquisa ou lixo?
Quanto ao meu micro também estou dividido. Reluto em descartá-lo assim sem mais, como se fosse um embrião congelado.
No mínimo vou levá-lo ao crematório, para uma cerimônia simples, rápida, colorida e digna.
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