Minha foto
Nome:
Local: Varanda em Pernambuco

quarta-feira, abril 29, 2009

Tempos de histeria

Outro dia vi num jornal da TV local uma menina de uns 12, 13 anos que foi a um jogo de futebol com um cartaz pedindo o técnico do time em casamento, um respeitável senhor, casado, que poderia ser seu avô.

Mais me impressionou a atitude da mãe da menininha. “Apoio, adoraria ser sogra do fulano”!

Fico me perguntando o que leva essas pessoas a tais atitudes. Hoje qualquer pessoa que apareça mais de uma vez na TV já é alvo de gritos histéricos por onde passa. Imagino que seja o fundo do poço a que chegamos na educação.

Quanto menos educação se recebe mais se exacerbam os sentimentos primários, os gritos, os urros, as palavras de ordem e por aí vai.

Não deixa de ser também uma forma de expressar uma desesperança com as coisas do país. O Brasil se acanalhou, perdeu a compostura. Perdeu-se o exemplo das pessoas honradas que de tão envergonhadas se esconderam, não participam da vida pública para não serem confundidas com a canalha que toca o país.

Há quanto tempo não se ouve falar em Pedro Simon, por exemplo? Morrer não morreu. Deve estar se mortificando e querendo ser esquecido como senador desta republiqueta.

Mesmo o senador Jarbas Vasconcelos que denunciou seu PMDB como um partido de corruptos revelou-se um herói de vôo de galinha sobre a ética. Nem sequer completou suas denúncias e voltou ao conforto das benesses senatoriais.

Por essas e outras até entendo que a menininha busque seu ídolo em quem cumpre seu dever com compostura, como o técnico e o jogador de futebol, o mecânico da esquina, o sorveteiro.

Mas, por favor, mocinha, distância dos padres, principalmente se paraguaios.