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quinta-feira, setembro 17, 2009

A primeira injeção a gente nunca esquece!

Principalmente por que a primeira eu não tomei. Com uns seis, sete anos, acamado, febril, com uma gripe e garganta inflamada vi meu avô, médico, adentrar meu quarto de seringa em punho já devidamente armada com uma boa dose de penicilina. Corcoveei, pulei e saí correndo. Atrás corria meu avô arma em punho.

Naquele tempo não existia essa profusão de antibióticos de hoje. Os médicos se encantavam com a tal penicilina e aparentadas via injeção intramuscular. Eram uma ampola de parte líquida injetada em outra com o pó do antibiótico. Sacudidos misturavam-se e tinham de ser aplicados logo para evitar que cristalizasse e entupisse a agulha da seringa.

Eu não sabia nada disso, mas o pavor e a corrida salvaram-me da injeção cristalizada na seringa nas mãos de meu avô. Desde então sempre evitei tomar injeções. Até mesmo para tirar sangue para exames sou incapaz de olhar a agulha e a seringa. Como na música do Chico, egípcio viro a cara.

Mês passado quando fui a São Paulo meus filhos marcaram médicos para mim. Mandaram-me fazer exames e meu hemograma apresentou uma ligeira anemia no parecer do médico e na minha opinião um péssimo resultado. Na série vermelha não batia nada nem seis com meia dúzia. Recomendou-me entre outras adivinhem o que? Injeções de vitamina B12.

Sem poder contar mais com o conforto de uma corrida sem passar por um baita vexame negociei e consegui diminuir o número de picadas. Mas daí a tomar a injeção vai chão. Nas farmácias aqui de Piedade, onde moro, não se aplicam mais injeções. Uma chegou a me indicar um posto de saúde. Afinal em outra me indicaram uma atendente que era enfermeira, credenciada para me atacar.

Chamei-a. Por sorte era baixinha e ficava de boa altura para me furar a nádega. Sim a nádega porque no braço não tenho músculo necessário para aceitar o desaforo. A moça era uma mão de anjo. Não fosse a B12 que queima da bunda até a unha do dedão do pé nem teria notado que tomava uma injeção. Lógico que fiquei o tempo todo de lado. A coitada pensou que eu estava com torcicolo. Expliquei que não, era pavor mesmo.

Egípcio, já espero ansioso pela próxima.

2 Comments:

Blogger meu primeiro traje said...

tenho igual pavor pelas maldidas picadas que na minha infancia mais pareciam facadas, não tive a mesma sorte de sair sem experimentar as penicilinas da vida e peguei um trauma ferrenho, agora ja com meus 40 aninhos vem essa historia de falta de b 12 e morrendo de medo e vergonha por não conseguir disfarçar tomei a danada e surpresa não doeu nadinha.

12:32 AM  
Anonymous Anônimo said...

Hoje, eu estou do dói. Tomei minha primeira injeção na vida. Hoje, me deram uma injeção na bunda. Na minha bundinha... acamado, estou. Esqueci que tinha tomado na nádega direita. Sentei do lado direito. Mas não importa mais, nada na minha vida. A seringa era de Itu/SP. O doutor, esquece que a dose não era pra cavalo. Imagina, se o Viagra, fosse injetável, com essa dose pra cavalo. O que seria do meu falo...
Ainda bem que a dor é muscular no braço esquerdo. E a injeção foi na minha bunda. Pior, seria essa mesma dose injetada no meu falo. Calão é o meu falo. Não disse nada. Talvez, se pudesse dizer alguma coisa. Diria, ele; o meu falo, pra minha bunda: "bem feito".

5:54 PM  

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