Lula, o brasileiro
Nunca antes em sua história este país teve um presidente tão brasileiro. Verdade. Tente imaginar qualquer outro, por mais popular e populista que fosse, pulando, gritando, agarrando e sendo agarrado em comemoração à conquista mesmo que de uma Olimpíada.
Juscelino, elegante, vendendo charme não era de grandes intimidades em público. Um bom sorriso era suficiente. Jânio Quadros feria a liturgia do cargo somente com a marvada, que lhe custou o cargo. Getúlio, gordeto baixote não levava jeito.
Sempre pensei que o atual entendia o caráter do brasileiro e sabia como manipulá-lo. Vendo-o espremido por autoridades e famosos em comemoração, suado, chorando, caiu a ficha: não é que ele entenda a alma do brasileiro, ele é a síntese dessa alma, para o bem e para o mal.
Quando seus aloprados deram bandeira como um bom brasileiro desconversou. Para os seus a moral e a ética são valores complacentes e adaptáveis ao interesse das amizades. Como os brasileiros.
Também sabe mentir para defender os amigos desde que, veja lá, não queiram levá-lo junto para o brejo. Aí a porca torce o rabo e o amigo que se dane. Depois com a cara dura de sempre retoma a amizade com benesses e fecha os olhos para novas estripulias.
Mário de Andrade escreveu em 1926 que "o brasileiro não tem caráter porque não possui nem civilização própria nem consciência tradicional. Os franceses têm caráter e assim os iorubas e mexicanos. Seja porque civilização própria, perigo iminente ou consciência de séculos tenham auxiliado, o certo é que esses uns têm caráter. Brasileiro não.”
Talvez por isso o brasileiro encontre no presidente macunaíma todas as justificativas para seu vagabundear, para suas pequenas ou grandes infrações éticas e morais o que lhe alivia e lhe torna seu fã incondicional.
O roubo, a devassidão e o ataque aos cofres públicos nada mais são do que fruto da esperteza bem-vinda dos brasileiros. Afinal se todos fazem e o presidente aplaude ou ignora porque não nos locupletarmos todos, como dizia o Stanislaw Ponte Preta.
O presidente é o espelho do nosso escracho, folgança, falta de educação e cultura e assim sua imagem nos redime. Não há quem resista à sua simpatia.
Assim também é no exterior em contatos com dirigentes estrangeiros, de primeiro, segundo ou terceiro mundos. Todos se encantam com a figura exótica, folgada, digna do melhor futebol do mundo, de uma boa bunda das praias cariocas e das fogosas mulatas de um eterno carnaval!
É o primeiro e único presidente genuinamente brasileiro. Não existiu outro nem existirá no curto prazo. É um amigo boa praça, joga sua pelada, toma sua cachaça e, suprema glória, é corintiano! .
Dos brasileiros ele é o mais esperto. Seu despudor me afronta, mas sua performance cativa os conterrâneos e o mundo. É o cara!
Que assim seja ó Lula, o brasileiro.
Juscelino, elegante, vendendo charme não era de grandes intimidades em público. Um bom sorriso era suficiente. Jânio Quadros feria a liturgia do cargo somente com a marvada, que lhe custou o cargo. Getúlio, gordeto baixote não levava jeito.
Sempre pensei que o atual entendia o caráter do brasileiro e sabia como manipulá-lo. Vendo-o espremido por autoridades e famosos em comemoração, suado, chorando, caiu a ficha: não é que ele entenda a alma do brasileiro, ele é a síntese dessa alma, para o bem e para o mal.
Quando seus aloprados deram bandeira como um bom brasileiro desconversou. Para os seus a moral e a ética são valores complacentes e adaptáveis ao interesse das amizades. Como os brasileiros.
Também sabe mentir para defender os amigos desde que, veja lá, não queiram levá-lo junto para o brejo. Aí a porca torce o rabo e o amigo que se dane. Depois com a cara dura de sempre retoma a amizade com benesses e fecha os olhos para novas estripulias.
Mário de Andrade escreveu em 1926 que "o brasileiro não tem caráter porque não possui nem civilização própria nem consciência tradicional. Os franceses têm caráter e assim os iorubas e mexicanos. Seja porque civilização própria, perigo iminente ou consciência de séculos tenham auxiliado, o certo é que esses uns têm caráter. Brasileiro não.”
Talvez por isso o brasileiro encontre no presidente macunaíma todas as justificativas para seu vagabundear, para suas pequenas ou grandes infrações éticas e morais o que lhe alivia e lhe torna seu fã incondicional.
O roubo, a devassidão e o ataque aos cofres públicos nada mais são do que fruto da esperteza bem-vinda dos brasileiros. Afinal se todos fazem e o presidente aplaude ou ignora porque não nos locupletarmos todos, como dizia o Stanislaw Ponte Preta.
O presidente é o espelho do nosso escracho, folgança, falta de educação e cultura e assim sua imagem nos redime. Não há quem resista à sua simpatia.
Assim também é no exterior em contatos com dirigentes estrangeiros, de primeiro, segundo ou terceiro mundos. Todos se encantam com a figura exótica, folgada, digna do melhor futebol do mundo, de uma boa bunda das praias cariocas e das fogosas mulatas de um eterno carnaval!
É o primeiro e único presidente genuinamente brasileiro. Não existiu outro nem existirá no curto prazo. É um amigo boa praça, joga sua pelada, toma sua cachaça e, suprema glória, é corintiano! .
Dos brasileiros ele é o mais esperto. Seu despudor me afronta, mas sua performance cativa os conterrâneos e o mundo. É o cara!
Que assim seja ó Lula, o brasileiro.
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