Nós, a perereca e a vaca
A “Physalaemus soaresi” uma perereca de 2 cm, em extinção e em fase de acasalamento, interrompeu uma obra do PAC no Rio de Janeiro orçada em R$ 1 bilhão.
Apelidada de “Norminha” pelos cariocas, habita a mata em Seropédica por onde passa o Arco Metropolitano. Ou deveria passar.
Imagine se uma perereca de dois centímetros, no senso comum, pode interromper uma obra daquela importância. Chega a ter graça.
Nos EUA a Wal-Mart resolveu medir as pegadas de carbono da vaca na produção do leite um dos principais produtos de suas lojas. Chamam de pegadas de carbono o “rastro” que determinada cadeia produtiva deixa de emissão de carbono equivalente na sua produção.
A do leite é das mais complicadas, desde a ração da vaca até o varejo. Como são várias as metodologias para essa medição tenta-se dar precisão a um processo absolutamente impreciso.
Mas vamos lá. Uma medida de pegada de carbono para um galão de leite (3,8 litros) de vaca nos EUA é de 5 kg de CO² equivalente. Agora veja você como se distribui na cadeia produtiva: cultivo de ração 1 quilo, produção na fazenda 2,95 quilos, processar 340 gramas, embalar 340 gramas, distribuir 142 gramas e varejo 170 gramas.
Agora se divirta: os itens de maior peso na medição da produção na fazenda são a regurgitação, a flatulência e o estrume da vaca!
De qualquer maneira esses extremos ambientalistas servem para trazer o assunto à discussão e de alguma forma sensibilizar os comuns mortais de que algo está acontecendo com o clima e que devemos nos preocupar e fazer alguma coisa a respeito.
Fiquei me perguntando quantos brasileiros entendem isso. Poucos, imagino. O próprio presidente já ficou enfurecido com o fato. Não estranho.
Os mais desabonados que, como ele, subiram na escala social o que menos querem por perto são florestas, plantas e sua fauna. Assim que conseguem sua casinha a primeira providência é cimentar tudo, ladrilhar, por cerâmica ou empedrar, mesmo. Querem esquecer a miséria no mato, na lama em palafitas e favelas.
Só faltava quererem que se importassem com uma merreca de uma perereca de 2 cm.
Talvez um dia se alguém provar bem provadinho que se não tomarmos cuidado a perereca seremos nós. De preferência numa novela da Glória Perez na Globo: “Caminho do Caos”.
Are Baba!
Apelidada de “Norminha” pelos cariocas, habita a mata em Seropédica por onde passa o Arco Metropolitano. Ou deveria passar.
Imagine se uma perereca de dois centímetros, no senso comum, pode interromper uma obra daquela importância. Chega a ter graça.
Nos EUA a Wal-Mart resolveu medir as pegadas de carbono da vaca na produção do leite um dos principais produtos de suas lojas. Chamam de pegadas de carbono o “rastro” que determinada cadeia produtiva deixa de emissão de carbono equivalente na sua produção.
A do leite é das mais complicadas, desde a ração da vaca até o varejo. Como são várias as metodologias para essa medição tenta-se dar precisão a um processo absolutamente impreciso.
Mas vamos lá. Uma medida de pegada de carbono para um galão de leite (3,8 litros) de vaca nos EUA é de 5 kg de CO² equivalente. Agora veja você como se distribui na cadeia produtiva: cultivo de ração 1 quilo, produção na fazenda 2,95 quilos, processar 340 gramas, embalar 340 gramas, distribuir 142 gramas e varejo 170 gramas.
Agora se divirta: os itens de maior peso na medição da produção na fazenda são a regurgitação, a flatulência e o estrume da vaca!
De qualquer maneira esses extremos ambientalistas servem para trazer o assunto à discussão e de alguma forma sensibilizar os comuns mortais de que algo está acontecendo com o clima e que devemos nos preocupar e fazer alguma coisa a respeito.
Fiquei me perguntando quantos brasileiros entendem isso. Poucos, imagino. O próprio presidente já ficou enfurecido com o fato. Não estranho.
Os mais desabonados que, como ele, subiram na escala social o que menos querem por perto são florestas, plantas e sua fauna. Assim que conseguem sua casinha a primeira providência é cimentar tudo, ladrilhar, por cerâmica ou empedrar, mesmo. Querem esquecer a miséria no mato, na lama em palafitas e favelas.
Só faltava quererem que se importassem com uma merreca de uma perereca de 2 cm.
Talvez um dia se alguém provar bem provadinho que se não tomarmos cuidado a perereca seremos nós. De preferência numa novela da Glória Perez na Globo: “Caminho do Caos”.
Are Baba!
1 Comments:
Esse seu post foi tão sem sentido... Não consegui entender o que quis colocar em relação à perereca, que na verdade é uma pequena rã.
Postar um comentário
<< Home