Mega Sena e um feliz 2011!

Ontem assistia a um telejornal quando um repórter foi a uma lotérica entrevistar pessoas que estavam na fila para fazer sua fezinha. A pergunta, óbvio, era o que fariam se ganhassem os 200 milhões do mega sorteio de hoje.

As respostas também eram óbvias: viagens, ajudar a família, os amigos, comprar uma casa e por aí vai. A impressão que fica é que o possível vencedor não tem a menor idéia da montanha de dinheiro que o prêmio representa. Acham que dá para arrumar um pouco a vida, ponto.

De repente surge um entrevistado de meia idade que singelamente responde: moro em Fernando de Noronha, vou comer peixe e tomar banho de mar. Bingo! Taí um cara feliz. Não precisa comprar a lua basta saber contemplá-la.

Para todos meus poucos e diletos leitores boa sorte e um feliz 2011!

Gaza

Confesso que comecei a ler o livro do Zaverucha com alguma má vontade. Explico.

Assuntos e problemas recorrentes há décadas e, no caso, milênios, já me encheram o saco. Principalmente os regionais, religiosos e tribais que põem em risco a segurança global como o conflito árabe israelense, Coréias e o fundamentalismo islâmico.

Comecei a ler e não me arrependi. Em rápidas considerações explica a origem do conflito árabe versus israelense, árabe versus árabe, Hamas e parte dos islâmicos versus o mundo.

O tema foco do livro é a “flotilha da paz” com suposta carga de ajuda humanitária interceptada por Israel em seu bloqueio naval à Gaza. Chamou-a de armadilha apoiada pela Turquia para propaganda midiática mundial contra Israel.

O bom do livro é que você começa a ler já sabendo que o autor tem lado, os judeus. E o melhor é que em suas descrições e análises prevalece a isenção, senão emocional, factual e objetiva do cientista político.

Para mim valeu a pena, enriqueceu-me.

Velhinho danado!

Esse bom velhinho da foto não é o Papai Noel, mas também tem lá suas renas.

Foi flagrado pagando um motel em S. Luis com parte de sua cota de verba indenizatória. Ou seja, pagamos pelas estripulias sexuais do deputado federal Pedro Novais pelo PMDB do Maranhão.

Diz ele que é um marido exemplar e que na data citada estava em sua casa com sua amantíssima esposa com quem é casado há 35 anos. Mas que pagou a tal conta pagou e justificou dizendo que foi um erro de sua assessoria.

Pelo jeito o bom velhinho é bom de Viagra e péssimo de Alzheimer. Não lembra onde estava e o que fazia.

Tudo seria muito engraçado se pagasse de seu próprio bolso e não fosse convidado para ser ministro do Turismo na “cota” do Sarney.

Aí já é suruba da pesada!

O Silvio Santos do mal!

O TJ de SP inocentou o Maluf de ter participado de um esquema de superfaturamento na compra de frangos quando prefeito de São Paulo em 1990. Agora ele recorrerá ao TRE para assumir o cargo de deputado federal para o qual foi eleito com quase 500 mil votos.

Era só o que faltava condenar o Maluf como um reles ladrão de galinhas. Não seria uma pena, seria uma humilhação. Afinal ele construiu e superfaturou obras monumentais de bilhões de reais. Tem todo o direito de ser condenado como um réu de primeira grandeza! Os juízes que tentem outra vez.

Você já reparou que o Maluf parece o Silvio Santos do mal?

Os executivos do banco do SS lhe deram um tombo de 2,5 bilhões de reais e ele não hesitou: deu todas as suas empresas em garantia para arrumar um empréstimo, privado, e cobrir o rombo e continua sorrindo e animando seu auditório como se nada tivesse acontecido. Deu um exemplo de empreendedor íntegro.

Já o Maluf não paga ninguém, é preso, solto, mil processos, ordem de prisão pela Interpol, e mantém, sempre, o sorriso largo e a mão com o V de vitória para seu auditório. Um auditório que, ao que tudo indica, adora um picareta.

É ou não é um Silvio Santos do mal?

Pechinche, Sr.Sigg, pechinche

No último dia 3, Uli Sigg, colecionador de arte contemporânea e ex-embaixador da Suíça na China, adquiriu por US$ 45 mil uma réplica da Vênus de Milo feita com excrementos de panda.

A obra foi confeccionada em outubro, com ajuda de crianças de 11 anos da província de Sichuan, região considerada santuário dos pandas no sudoeste da China, sob a coordenação do célebre escultor Zhu Cheng.

O panda é um animal em vias de extinção e dizem que suas fezes tem um odor até agradável.

Sugiro ao Sr. Sigg que dê um passeiozinho por Brasília, pelo Planalto, ministérios e principalmente pelo Congresso. Encontrará esculturas vivas, raridades também em extinção, obradas com a mesma matéria prima, por certo não tão nobres e um pouco repugnantes.

Mas, em compensação, para ficarem em exposição, certamente se venderiam por preço bem menor, mais em conta, enfim.

Fica aí a sugestão. Pechinche, Sr.Sigg, pechinche.

Os Gefajotas

Finalmente abriu-se um novo horizonte para explicar algumas criaturas que vivem entre nós. Não é normal uma pessoa ser um político ladrão ou o seu vizinho do apartamento de cima arrastar móveis nos horários mais inconvenientes.

Como explicar o farofeiro que encosta seu carro na areia da praia, abre seu som e o coloca a todo volume forçando todos nós a ouvir suas músicas, normalmente, de péssimo gosto?

E os sujões que empesteiam a cidade com seus lixos, suas latinhas, copos plásticos e que tais?

A lista é interminável como os padres pedófilos, os estupradores de criancinhas e por aí vai.

Agora uma equipe de cientistas liderada por Felisa Wolfe-Simon da Pesquisa Geológica dos Estados Unidos descobriu que uma bactéria é capaz de substituir o nutriente fósforo por arsênico, um elemento tóxico para a maioria das formas de vida conhecidas.

Seria a primeira exceção a regra conhecida de que todos os animais, plantas e micro organismos dependem de seis elementos químicos para construir as moléculas que compõem seus corpos: oxigênio, hidrogênio, carbono, fósforo, enxofre e nitrogênio.

Batizado de GFAJ-1, o novo organismo foi encontrado em sedimentos do Lago Mono, da Califórnia. Seria assim uma espécie de ET das moléculas.

Talvez agora a gente entenda melhor algumas figuras que vivem entre nós. Seriam todos ETs que transformam tóxicos como a corrupção, a roubalheira, a falta de caráter e educação, a antiética, a imoralidade em suas energias para sobreviver. Devem ter um montão de GFAJ-1 nos seus DNAs.

Até hoje eram conhecidos por filhos da puta. Mas esse predicado é por demais genérico, vai desde o mau motorista até o pobre do juiz de futebol.

Agora não. A partir de hoje podemos classificá-los com mais precisão como Gefajotas. Ou, se preferirem, para dar mais ênfase, como Gefajotas, filhos da puta, mesmo.