Meusditos

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Local: Varanda em Pernambuco

quarta-feira, junho 21, 2006

O Brasil tem dono, e não é você!

Você é um executivo de uma grande empresa e recebe de salário mensal
R$ 12.847,20.

O departamento que você gerencia custa
R$ 50.818,82 para pagar funcionários que você contrata e que lhe dão assessoria.

Como você trabalha fora de seu domicílio digamos que sua empresa lhe dê uma ajuda de custo para habitação de R$ 3.000,00 por mês. Bom, né? Tem mais.

Você pode gastar mensalmente R$ 4.268,55 com despesas postais e telefone. Se quiser divulgar suas importantíssimas ações, não tem problema; sua empresa lhe paga até R$ 6.000,00 por mês para você divulgar seu trabalho.

Como você fica longe de casa de terça a quinta feira sua empresa coloca à sua disposição passagens aéreas que podem ter um custo de até R$ 16.513,15, caso você more longe e queira passar o fim de semana, sempre prolongado, em casa, que ninguém é de ferro. Fala verdade, não é um empregão? Mas tem mais.

Afora toda esta mordomia sua empresa ainda paga suas despesas com alimentação, combustível, assessoria (de novo?), aluguel (de novo?), locomoção (de novo?), divulgação (de novo?), material de expediente e mais algumas coisinhas. Com essas despesas você pode gastar até R$ 15.000,00 por mês. Só precisa apresentar nota fiscal dos gastos. A nota pode ser fria mesmo, não tem importância.

Sua assistência médica é total e ilimitada.

Esta empresa é o Brasil, o funcionário é o seu deputado federal.

Não está na hora de tomar as rédeas da sua empresa e exigir menos mordomias e mais trabalho, ética e honestidade das pessoas que você contrata?

Levar seu voto a sério é um bom começo.

segunda-feira, junho 19, 2006

Lula, Galvão e Calcinha Preta

Não consigo ouvir o Galvão Bueno transmitindo jogo, corrida ou qualquer coisa que seja. Diz um ditado hindu que só se deve falar quando o que se tem a dizer valha mais do que o silêncio.

Com o Galvão tiro o som. Prefiro a ação muda. Como eu devem existir muitos. Mas o Galvão continua firme na Globo.

Hoje me ocorreu que talvez a gente tenha se deixado levar por uma não reação da mesma forma que deixamos o Lula impávido em primeiro lugar nas pesquisas.

Não é que eles estejam blindados, nós é que estamos frouxos, permissivos, incapazes de, como grupo, dar um basta no acanalhamento geral.

Lula, Galvão Bueno e o conjunto de forró Calcinha Preta, por exemplo, são emblemáticos do momento que vivemos no Brasil. São frutos do mesmo caldo de cultura de corrupção e cafajestismo. O chamado esgarçamento do tecido social quando os valores fundamentais da sociedade vão pelo ralo abaixo.

Valores como retidão de caráter, competência, honestidade, ética, boa educação, até mesmo bom gosto, tato, sociabilidade descambam para a lassidão moral, para a omissão frente a desvarios políticos, para a escrotidão, a galhofa, o descaramento.

Galvão Bueno é um clássico exemplo de péssimo profissional. Incompetente é capaz de bostejar preciosos minutos de transmissão num festival de besteirol e desinformação temperado com seu ufanismo rastaquera e barato.

Como participante de uma equipe é um legítimo representante do cafajestismo dos novos ricos de uma nova era escrota arrotando arrogância em cima de seus companheiros de transmissão, contradizendo-os a toda hora durante a programação.

Qualquer pessoa com um pouco de cultura, bom gosto e informação detesta o Galvão Bueno. Mas nós em conjunto somos um fracasso e ele se mantém no cargo.

Com Lula é a mesma coisa. É um presidente sem presidência. É um personagem de si mesmo, alçado à chefia de um governo sem nunca em sua vida ter tido qualquer experiência que lhe qualificasse para o cargo.

Não estou falando de formação acadêmica, se bem que mal não lhe faria. Estou falando de sua prática, de suas experiências de vida. Nunca administrou nada e no governo não tem e nunca teve um plano. Vai levando no lero programas que já estavam implantados sem saber, sequer, cobrar resultados.

Mas fizemos questão de elegê-lo porque não temos mais discernimento para julgar o que quer que seja.

Cercou-se de uma camarilha que foi abandonando pelo caminho por não suportar seu peso, colocando em risco sua reeleição para mais quatro anos de turismo, churrascos, cachaçadas e roubalheiras. Hoje tem um ministério absolutamente desconhecido e irrelevante para qualquer ação de governo. E nós mantemos nossa preferência por ele na hora do voto. Mais uma vez nos revelamos ineptos para escolher.

Somos afinal um bando de pequenos espertos que aceitando a roubalheira e hipocrisia geral nos qualificamos a ser alguma coisa na vida sem precisar passar pelo crivo de uma avaliação mais rígida e idônea. Somos uns pobres coitados vitoriosos na derrota da moral.

Que dizer do conjunto Calcinha Preta ou Banda Calipso e assemelhados? Letras pornográficas, pobres, de quem escreve de quatro, implorando o aplauso de uma corja de analfabetos tietes de calçolas rebolativas no cio. Acolhemos essa canalhice musical em todas as rádios e programas de televisão.

Damos a programas musicais como Sr. Brasil, com Rolando Boldrin, zero de audiência. O mesmo para programas de entrevistas como Roda Viva, Roberto D’Ávila e outros da TV Cultura e TVs Universitárias.

Ficamos totalmente bestificados grudados em programas pseudojornalísticos de exploração da miséria alheia, em Faustões e Big Brothers intoleráveis e rebarbativos. Acompanhamos com interesse mórbido o espetáculo armado por juizes e advogados da parricida e seus asseclas. Aceitamos que a vida só valha um espetáculo, nada mais do que isto.

A religião se desvirtuou para formação de quadrilhas de bispos ladrões que impõem o dízimo aos já depauperados construindo fortunas multinacionais às gargalhadas em sua canalhice. Padres pedófilos e pederastas dão show de descaramento sob aplausos de beatas incrédulas e histéricas com cobertura ao vivo pela TV. Vide Padre Pinto que não é um nome, revelou-se uma preferência.

Vamos lá, ânimo, não está na hora de darmos ibope e voto a quem merece?

sexta-feira, junho 16, 2006

Manuéééll!

"Não gosto de feijoada, não tomo cerveja nacional e detesto Copa do Mundo. Gostaria de morar em Nova York, Paris ou Londres”. Declaração do Ed Mota, dia desses.

Em plena Copa, no exercício total da única cidadania que conhecemos, não deixa de ser uma declaração, pelo menos, intrigante. Vamos por partes.

Não mora em Paris ou quejandos ou porque seu decantado sucesso como músico não é capaz de sustentar seu desejo ou os países de sua preferência não o acolhem. Imagino que devemos marcar a primeira opção.

Apesar de músico competente seu pendor onomatopéico de transformar Manuéééél em instrumento de jazz em desconcertante improviso, convenhamos, deve encher o saco dos fãs do gênero.

Gordão, se não gosta de feijoada deve se empanturrar de junk foods. Digamos uns cinco a seis cheese burgers por dia, algumas dúzias de Budweiser e vários milkshakes prá larica. Na melhor das hipóteses gosta de cozido, rabada, buchada e outros engordativos.

O perigo é que ele queira aprimorar sua onomatopéia peidando clássicos de Ray Charles! Já imaginou “Georgia on my mind” aos flatos? O primeiro Georgia com um corte rápido e seco no giá seguido de um Georgia longo, frouxo, quase de alívio Georgiaahhhhh!

Citei a cerveja Budweiser porque gosto dela. Mas não troco por uma Antártica ou uma Brahma produzidas no Cabo de Santo Agostinho. Não é frescura não. As produzidas na Paraíba são muito ruins. Dizem que é a água que não presta. Não sei o que é, mas em Pernambuco recomendo as cervejas do Cabo. Olhe a procedência na tampinha.

Quanto à Copa, finalmente, concordo com o Ééééd.

Copa do Mundo é um saco. Não pelos jogos, que gosto de assistir, mas pelos penduricalhos. Haja penduricalho: fantasia, corneta, buzina, bandeira e ... técnicos.

Não há quem agüente técnico de botequim. Têm uma memória futebolística que se voltada para algo produtivo seriam páreo para um Pentium! Olham para você como se você fosse o próprio Homem de Neandertal, e não êles. Dão a escalação de 1950, dizem quem se contundiu na Argentina e até quem vai se contundir domingo. Safa, bicho!

A propósito, o Parreira se equivocou totalmente ao substituir o Ronaldo pelo Robinho. Qualquer criança viu o óbvio, deveria ter entrado o Juninho Pernambucano, porra!

Pior são os que comemoram cantando, buzinando ou corneteando os hinos de seus clubes como que transmutados em seleção. E olha que em Pernambuco, dos três principais clubes, dois estão na segunda divisão e um é o lanterninha na primeira.

Mas o Ed é uma boa pessoa. Pelo menos me deu mote para mais este dito. Espero que consiga ir morar em Londres. Vai encarar um clima de merda, cerveja quente e, se cair no gosto popular, dezenas de hooligans aos gritos de Manuéééll!

Mas o que acho mesmo é que ele quis holofote como o titio Tim Maia com a famosa “não fumo e não cheiro, só minto um pouquinho”.

terça-feira, junho 13, 2006

História de Galego, Ferreco e Pão com Ovo


Primavera cidade pacata
Domingo acordou confusão
Nem japonês nem croata
Era uma nova eleição.

Pão com Ovo era prefeito
Ferreco o opositor
Pão com Ovo foi eleito
Com os voto que ele comprou.

Ferreco não achou graça
Na justiça contestou
Seu juiz no peito e raça
Pão de Ovo ele cassou.

Convocaram todo mundo
Prá votar tudo de novo
De um lado o mesmo Ferreco
De outro o Pão com Ovo.

Com eles tem dois Galego
Por isso tome cuidado
Para não perder o sossego
Votando o Galego errado

O Zoada é Pão com Ovo
O do Gás tá com Ferreco
Um quer ganhar de novo
O outro não quer repeteco.
.
Ferreco é pós comunista
Seja lá o que isso for
É conversa no pé de ouvido
Do pobre do eleitor.

O outro Galego Zoada
Barulhento como o cão
Leva tudo na empulhada
Com sua voz de trovão.

E assim fomos votar
Na pacata Primavera
Prá vê a coisa mudar
Não ficar no quem me dera

Não é que Galego Zoada
Dançando com Pão com Ovo
Domingo ganhou a parada
E fez ele prefeito de novo?

Primavera, cidade pacata,
Pernambuco, Mata Sul.
Cidade tão bem retrata
Como “nóis semo jacu”.

sexta-feira, junho 09, 2006

MLST*

O MLST ampliou a visão sobre a biodiversidade
e evolução de bactérias. Esta técnica se originou da eletroforese de enzimas, amplamente usada por biologistas de populações.

A grande vantagem do MLST é que a diferença entre linhagens é indexada diretamente nas seqüências de DNA. Como estes genes evoluem muito lentamente, se tornam ideais para estudos de longo termo de epidemiologia e identificação.

Dados de MLST podem ser utilizados para calcular a contribuição de mutação e recombinação na evolução de complexos clonais dentro de uma dada espécie de bactérias. Informações desta natureza podem auxiliar, por exemplo, na elaboração de vacinas mais eficientes para microrganismos patogênicos ou para tomada de medidas epidemiológicas.

Isto abre uma nova possibilidade para integrar o conhecimento sobre a biodiversidade das diferentes regiões brasileiras. Neste sentido, a rede genoma nacional poderia servir como arcabouço para o estudo piloto de diferentes procariotos de interesse ambiental e clínico.

É importante ressaltar que o MLST tem sido empregado apenas na tipagem de alguns poucos patógenos humanos, como Bacillus cereus , Neisseria meningitidis, Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae e V. cholerae. Pouco ainda é conhecido sobre o uso da metodologia de MLST para a diferenciação de espécies, gêneros e famílias no Domínio Bacteria.

É mano, este tal de MLST é do capeta!

* MLST, Multi Locus Sequence Typing

Acaju

“Bruno Costa de Albuquerque Maranhão, filho de usineiro de uma das mais tradicionais famílias pernambucanas, formado em engenharia mecânica pela Universidade Federal de Pernambuco, nos anos 60 integrou-se à resistência armada contra a ditadura, passando pelos clandestinos PCB e Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). Com o AI-5, caiu na clandestinidade e deixou o país, exilando-se no Chile e, depois do golpe do general Pinochet, na França. Em 1979, com a Anistia, voltou ao país. Menos de um ano depois, em 1980, ajudava a fundar o PT partido que presidiu em Pernambuco entre 1983 e 1985. No final dos anos 80, transferiu-se para São Paulo, atuando no PT Nacional e no Instituto Mário Alves, que fundou para dar suporte aos movimentos campesinos no país, com destaque para o MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), de cuja direção faz parte.
De volta a Pernambuco, atua no apoio ao trabalhador do campo.”

Assim é orgulhosamente apresentado o Bruno Maranhão no site do PT.

Sei que se casou com Suzana, filha de Manoel de Brito, então dono das Indústrias Peixe. Mora em apartamento de 250 m² de classe média alta em Casa Forte, bairro nobre do Recife.

Em 1982 foi o primeiro candidato do PT pernambucano ao Senado e em 1985 foi candidato à prefeitura do Recife. Depois dos dois fracassos eleitorais desistiu de concorrer a cargos eletivos passando a atuar apenas no trabalhoso cargo de dirigente do PT onde recebe R$ 6.200,00 por mês.

Dentre suas façanhas destaca-se a invasão que patrocinou, em 1992, de um engenho de seu irmão que virou assentamento do MLST.

Em 2004 foi recebido por Lula que alegremente vestiu o boné e levantou a bandeira do movimento que acabara de receber alguns milhões do governo para suas “atividades”.

Em abril de 2005 liderou a invasão do Ministério da Fazenda comparando-a à uma ação do Movimento Zapatista do México.

Terça passada, liderou um grupo de marginais que invadiu e depredou a Câmara. Hoje está preso e foi, por ora, destituído do seu cargo no PT.

Bruno Maranhão é um porra louca retrógrado que em nome de um suposto ativismo social em prol dos excluídos ao invés de promover seu desenvolvimento, reiteradamente, desde os anos 60, o constrange e dificulta. Suportada nos arroubos da juventude, sua atitude torna-se ridícula na senilidade. Desconfortável em movimentos estruturados pulou do Partido Comunista para o Partido Comunista Revolucionário e do MST para o MLST sempre buscando o caminho da liderança quixotesca, do caos e da baderna.

Muito bem.

Nos anos 60, nascia Eduardo Farias, assim como Bruno, filho de usineiro pernambucano. Nos últimos 20 anos, com seu trabalho, deu novo impulso aos negócios da família.

Eduardo comanda hoje um grupo econômico com faturamento de R$ 700 milhões no ramo de açúcar e álcool com unidades industriais e agrícolas em Goiás, Acre, Rio Grande do Norte e São Paulo. São milhares de empregos. Seu endividamento é de longo prazo e representa apenas 5% do faturamento, R$ 35 milhões. Planeja abrir mais uma unidade em Goiás e outra no Maranhão.

Além das usinas possui concessionárias de veículos, investimentos em pecuária, fruticultura e preservação ambiental. Neste segmento preserva o maior remanescente de mata atlântica sobre dunas do país no Parque Florestal Senador Antônio de Farias com 1,8 mil hectares e 12 km de beira mar no Rio Grande do Norte.

Só conheço esses dois personagens por leitura de jornal, mas, sinceramente, espero ver o Eduardo Farias homenageado pelo Presidente da República. De preferência, por outro.

Quanto ao Bruno Maranhão, quem pariu este patético e senil revolucionário que o embale.

A propósito, você conhece algum revolucionário autêntico que tinja o cabelo acaju?

segunda-feira, junho 05, 2006

HELP



Há três dias que tento postar este fradinho no texto Dengue. Há três dias que esta joça não funciona. Tem alguém aí que possa me ajudar? Parece que a dengue da Ana Maria baixou no meu Blog. Help!!

sexta-feira, junho 02, 2006

Dengue

Minha prima Ana Maria está com dengue.

Eu diria que em seu estado de ânimo atual a dengue deveria ter passado desapercebida. Mas, não, ela notou. Ana Maria, definitivamente, está com dengue.

Precisamos dizer umas palavras de apoio à Ana Maria.

Não se preocupe, Ana, é uma espécie de gripe misturada com surras diárias pelo corpo todo. Nenhuma grande coisa. No início a febre alta lhe deixa meio tonta pensando que o fim está próximo. Depois a tontura vai ficando, vai ficando e você se acostuma com a idéia de que o fim realmente está próximo.

Fica fora do ar de quatro a x dias.

Como o nome sugere você fica dengosa, molenga, cheio de aiaiais, uiuiuis e nhênhênhêns. Quando a febre baixa você começa a perceber que existe esperança de sair dessa. Passados os x dias você realmente sai dessa.

Que bom, que alegria!

Engano seu. Desculpe, Ana, mas aí é que começam os problemas.

Todo dia os jornais noticiam que numa segunda dengue a chance de ser uma dengue hemorrágica é enorme. Se não tomar cuidado você parte desta para melhor. Você bate as canelas, sifu!

Não que eu queira desestimulá-la, mas dependendo de seu grau de paranóia, você não tem mais sossêgo. Torna-se uma inimiga mortal de pernilongos e mosquitos em geral.

Existem, se não me engano, três ou quatro vírus de dengue. Do que lhe pegou você fica imune. Mas os outros três ou quatro podem estar na próxima picada de mosquito que você levar.

Nos primeiros dias após curar a minha dengue, no século passado, queria andar com inseticida no bolso. Tinha pernilongo em todo canto. Dentro do carro, nos bares, na praia, na cama, e até nos consultórios médicos, porra!

Teve dia de eu quase passar uma descompostura no meu protologista pelo número absurdo de mosquitos em sua sala de espera. Contive-me a tempo quando vi seu dedo em riste para meu exame de próstata. Afinal quem tem, tem que cuidar.

Outra coisa que incomoda, viu Ana, é que parece que para os mosquitos só existe você no mundo. Todos lhe atacam. Pernas e braços lindos e apetitosos ao seu redor são olimpicamente desconsiderados pelos filhinhos da puta. Só serve a sua canela, o seu cotovelo, até a sua bochecha.

Mas você se acostuma. Não com os pernilongos, mas com a guerra. Evita roupas escuras, meias, somente brancas ou quase, um interminável balançar de braços espantando fantasmas, enfim, você vira um guerreiro, um verdadeiro mata mosquitos.

Imagine, então, você dentro de um elevador. Todo elevador tem pernilongo. Aos montes. Eu distribuo porradas para todo lado nas paredes. Sempre imagino a cara do porteiro me assistindo pela câmara de segurança. Deve pensar que eu sou completamente louco. Imagine! Quando saio do elevador noto em sua expressão um misto de temor e compaixão.

Uma dica. Depois que passei a tomar complexo de vitamina B parece que os monstrinhos têm me evitado. Devo estar exalando um perfume anti-mosquito. Consulte seu médico.

Mas não termina por aí, não, viu Ana.

Cada mosquito morto tem que ser examinado cuidadosamente para ver se ele é rajadinho, com manchinhas brancas pelo corpo. Se for, é um aedes aegypti. Mate-o de novo, trucide, jogue na privada e dê uma descarga prolongada acompanhada de urros aioooooô, como se comemorasse o hexa do Brasil!

A comemoração tem que variar porque a Copa termina mas as muriçocas não.

Espero tê-la ajudado, Ana Maria. Boa sorte!