Meusditos

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Local: Varanda em Pernambuco

sexta-feira, setembro 29, 2006

Il capo di tutti i capi

quinta-feira, setembro 28, 2006

Final de campeonato


Estádio lotado. Final do campeonato brasileiro. Os times já em campo depois de uma longa temporada, cheia de incidentes.

De um lado os Colibris, time de primeira, juntos há muito tempo, mas com arestas a aparar. O técnico não conta com o apoio unânime da cartolagem e agregados.

De outro os favoritos, Pintassilgos, time remendado por expulsões de seus maiores craques substituídos por outros de quinta categoria que perto da final, ainda por cima, foram pegos querendo subornar o juiz.

Vão jogar desfalcados e sob as mais terríveis suspeições de terem roubado a bola.

As torcidas, como era de se esperar, agitadas bradam palavras de ordem, agitam bandeiras, pululam como caranguejos em caldeirão fervendo, comemoram por antecipação.

De repente e surpreendentemente o técnico dos Colibris pega um megafone vira-se para sua torcida e começa um discurso repetitivo relatando sua vida pregressa, honrada, de técnico eficiente na sua saudosa Pindamonhangaba. Foi uma tremenda ducha de incompetência e água fria!

Tentam ainda uma ligeira animação, mal produzida, aos gritos sem graça de “prorrogação, prorrogação!”, mas, penso eu, já era tarde.

A turba dos Pintassilgos, já em olas, competentemente assessorada pelo conselheiro Duda, de triste memória, é pura emoção com seu técnico dando ares de mocinho alegre, honesto, livre e solto, recitando Gilberto Freyre, de mãos dadas com o povo e com sua inseparável mulher.

Engraçado que ao contrário do perspicaz pássaro, a onipresente papagaia de pirata entra muda e sai calada. Mas, orna, compõe o layout.

A comemoração é tamanha que até alguns torcedores dos Colibris, mesmo sem perceber, já dançam emocionados juntos com o adversário. “Bicampeão, bicampeão”!

A única chance do Colibri é que a fuga de campo do Pintassilgo no final leve o jogo para a prorrogação. Acho difícil.

Chamou minha atenção o técnico dos pintassilgos declamar trecho do poema “O outro Brasil que vem aí” de Gilberto Freyre e não ter dado o crédito ao autor. Se deu, me escapou, eu não vi.

Só faltava esta para seu currículo, roubar poemas.

Que o domingo nos seja leve e, pelo menos, ensolarado!

segunda-feira, setembro 25, 2006

Aloprados e traíra

Se preso, Lula estaria em maus lençóis.

Sem curso superior, iria para uma cela comum. No seu caso teria que ser trancafiado no “seguro”, cela destinada aos presos com comportamento não condizente com a ética da comunidade carcerária, como os estupradores e os traíras, traidores, alcagüetes.

Lula acaba de entregar Berzoinni como culpado pelo novo escândalo, classificando como aloprados seus contratados para compra do tal dossiê.

Mais um companheiro de jornada que ele entrega às feras para livrar sua cara.

Zé Dirceu, Genoíno, Palocci, Delúbio, Waldomiro, Gushiken, e por aí vai.

Lula seria um preso problema. Seria difícil controlar os outros bandidos para não elimina-lo.

Engraçado que solto, nós, com todas as possibilidades de tira-lo do caminho, tudo indica, não o faremos. Seria um gesto tão simples, ético, honesto, um dever, até, mas não o faremos.

Ao invés de uma estocada, um chucho, um enforcamento, basta apertar um botão, um simples botão na urna eletrônica e, pronto, estaria resolvida a questão.

Preferimos comprar um grande imbróglio para os próximos quatro anos. Eleito, sob tantas suspeições, será problemática a governabilidade.

Se neste primeiro mandato, com a vitória estrondosa e emblemática do presidente operário, conseguiu fazer essa desgraceira, imaginem no novo mandato, sem mais amigos para entregar, tendo que negociar até os centavos com os vendilhões sarneys do PMDB!

Temos que tirar o Lula do "seguro".

quinta-feira, setembro 21, 2006

Um cavalheiro, este Aldo Rebelo

Dia sete de setembro escrevi ao deputado Aldo Rebelo solicitando a relação dos funcionários lotados em cargos de natureza especial e seus respectivos deputados padrinhos, relação esta que havia prometido publicar.

Esses cargos, conhecidos como CNEs, são mais uma excrescência do despudorado trato dos políticos com o nosso dinheiro. Contratam parentes e afilhados que recebem de R$ 1,5 mil a R$ 8,2 mil para sequer trabalharem.

A relação é segredo guardado a sete chaves na Câmara. Até hoje nem a imprensa (leia matéria da Veja desta semana) nem o Ministério Público a conseguiram. Como sou otimista resolvi solicitá-la também. Passados doze dias, sem resposta, insisti na solicitação.

Desta vez fui atendido. Vejam a resposta que ilustra este dito.

Vejam que primor de texto, simpático, gentil. “Alfredo boa tarde”. Sem vírgula. Alfredo, escrito assim, parece amigo, mas com o "boa tarde" em seguida marca uma certa distância, um limite, que não se confunda com a intimidade de um oi, tudo bem, olá, nem mesmo um prezado ou caro. Não, só Alfredo boa tarde. Simpático, mas sem intimidades.

Sei que o texto não é dele, mas de sua equipe. Mesmo assim o deputado conseguiu imprimir em sua turma um estilo que certamente é o seu. Delicado, respeitoso, afinal o estilo é o homem. Sua figura sempre olímpica, de expressão distante, amena, já lhe valeu o apelido, talvez carinhoso, talvez maldoso, de “boneco de Olinda”, por sua face e ombros congelados e braços balouçando ao andar. Balouçando, aqui, foi uma singela homenagem.

Solicitei que me desse a informação antes das eleições uma vez que este tipo de informação era importante para balizar, mais uma vez, deputados picaretas ou não. Com elegância me informou que a relação estará disponível no site da câmara "até três de outubro". Que finesse, quanta sutileza! "Até três de outubro" quando na verdade quer dizer a partir de três de outubro, após as eleições.

Agradeceu-me também pelo interesse na matéria. Que gentleman! Não só eu estou interessado no assunto, mas toda a imprensa e todo o Brasil que pensa está, mas ele gentilmente me agradece como se realmente importasse a minha solicitação.

Pena que Aldo, assim mesmo, Aldo, para parecer fraterno, não seja candidato a presidente no lugar do quadrilheiro.

Seria alguém que, mesmo obededendo aos cânones do corporativismo e da impunidade, com sua elegância, pelo menos nos pouparia de cínicas, futebolísticas e hiperbólicas patriotadas.

Todos sabem!


A polícia federal sabe, o ministro criminalista sabe, o presidente sabe, alguns bancários e diretores do Bradesco, Bankboston e Safra sabem, todos sabem!

E todos sabemos que eles sabem!

Se nas próximas horas a polícia federal não divulgar as contas sacadas pelos petistas presos para comprar o suposto dossiê do Serra e convocar para depoimentos seus titulares, está a caminho um golpe branco da quadrilha do Lula contra as instituições brasileiras.

É como se três ou quatro generais colocassem as tropas na rua, fechassem o congresso, calassem o ministério público e tomassem o poder.

Qualquer cidadão que queira sacar mais de R$ 10 mil, ou algo assim, de sua conta no banco tem de avisar com antecedência de 24 horas e identificar o saque.

Para sacar centenas de milhares, mesmo nas salas de primeiro andar, vários bancários, gerentes e diretores ficam sabendo, e saques acima de R$ 100 mil são comunicados ao Coaf.

No caso do caseiro do bordel do Palocci, o Coaf, Conselho de Contrôle de Atividades Financeiras, conseguiu as informações no mesmo dia da solicitação dos ministros da Fazenda e da Justiça.

Podem, no momento do saque, não saberem o destino, mas, com a divulgação do escândalo, não é preciso saber somar dois mais dois para que os fariseus sejam identificados. Todos sabem!

Todos sabemos que eles sabem!

Lula revelou-se definitivamente um bandido, cercado da pior escória que já habitou os gabinetes do governo.

Conseguiu fazer do Brasil uma republiqueta de última categoria assaltada diuturnamente desde que tomou posse na presidência.

Todos seus asseclas são amigos e companheiros há anos, desde os tempos em que mamavam nas tetas do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo.

Se mesmo assim insistirmos em reelege-lo, mereceremos o título de "macaquitos", espertinhos, sabidos, brasileirinhos coitados, e reis dos bundas sujas!

terça-feira, setembro 19, 2006

Petróleo?

Marido entrando no motel com a amante encontra-se com sua mulher saindo, também devidamente acompanhada.

Por segundos ficam sem reação com o impacto do mútuo flagrante. O marido recupera-se e, sem melhor opção, diz para a mulher: Êta nóis, hein?

É mais ou menos essa a situação que o eleitor e o Lula vão encarar. Ambos pegos em flagra, um, corrupto, e o outro, esperto.

Dia 1º de outubro vamos ouvir um tonitruante “Êta nóis, hein?”

A propósito, não é petróleo, não, é merda mesmo!

segunda-feira, setembro 18, 2006

Embrulho de peixe


O profissional de jornalismo conhece o ciclo de vida da notícia. Afinal ele vive disso. Vive da credibilidade do que escreve, das fontes que cultiva, das opiniões que colhe.

Se por acaso flagrado em erro, acidente, incompetência ou impropriedade proposital deve imediatamente corrigir-se. No caso de mídia impressa sempre na edição seguinte à do erro.

O cérebro de todo cidadão processa milhões de informações por dia incluídas aí as notícias que lê, ouve ou assiste. Dificilmente correção de notícia, passados alguns dias, será eficaz.

Milhões de novos insights já terão bombardeado o cidadão.

Provavelmente ficará registrado em sua mente, se ficar, a informação primeira, principalmente quando a correção referir-se ao título da matéria e não ao seu conteúdo.

Todo jornalista sabe que jornal velho é embrulho de peixe.

Ao ler esta “Nota da Redação” no Jornal do Commercio de hoje, 18 de setembro, tive uma sensação, assim, de como se tivesse encontrado, depois de quatro dias, uma roda do carro que me foi roubado.

domingo, setembro 17, 2006

Seqüestraram minha carta!

Vez por outra escrevo carta para a redação do Jornal do Commercio, o jornal de maior circulação em Pernambuco. Normalmente as coisas correm direito.

Às vezes, porém, baixa o exu na jornalista de plantão e lá vem merda!

Certa vez, quando o impoluto Severino Cavalcanti renunciou ao seu mandato de deputado federal para não ser cassado por ter achacado o concessionário do restaurante da Câmara, a jornalista se revelou.

Escrevi ao jornal afirmando que o Severino era o marcola de Brasília. A jornalista substituiu marcola por “espertinho”. Reclamei à diretora da área, que , prontamente, concordou comigo, mas ficou por isso mesmo.

Espertinho para mim é o brasileirinho que fura a fila do cinema. O Severino, não, ele assalta a bilheteria.

Comecei a entender que mesmo na imprensa, uma jornalista com curso superior e o esquinbau, lá no fundo, considera a corrupção como uma esperteza.

Daí estarem sempre no poder os Malufs, Severinos, Inocêncios, et caterva.

Quinta feira passada a jornalista se superou.

Enviei uma bela carta ao jornal lembrando os nomes bonitos de ruas, praças e parques do Recife e sugerindo que o prefeito João Paulo fizesse uma consulta popular sobre o nome que deveria ter o novo parque da cidade, em Boa Viagem. O prefeito, como já vimos em postagem recente neste “meusditos”, quer batizá-lo de D. Lindu, em homenagem à mãe do Lula. Puro puxa-saquismo.

O que fez a plantonista do jornal?

Publicou a carta com assinatura de outra pessoa, Valter da Rosa Borges, primo que não conheço pessoalmente. Sei que é parapsicólogo. Talvez tenha assinado a carta por telepatia. Vai lá saber?

Reclamei à senhorinha Vanessa Campos que me disse que só poderia dar uma “errata” no domingo seguinte. A carta foi publicada na quinta feira.

Achei meio absurdo aguardar tanto tempo e reclamei à diretora, Maria Luiza Borges; se for prima é tão distante que não tenho registro. Nem no domingo publicaram a correção.

O pior é que a carta repercutiu e domingo foram publicadas mais cartas de leitores desancando o prefeito.

Como pode um jornal publicar um erro e não dar a menor satisfação ao autor e aos seus leitores?
Estou indignado, seqüestraram minha carta!

Quero minha carta de volta, porra!!

sexta-feira, setembro 15, 2006

Pois é, não é, então...


Lá pelo dia 22 de agosto o Jornal Nacional da Globo noticiou a existência de quase 2,5 mil funcionários fantasmas na Câmara contratados para Cargos de Natureza Especial recebendo salários entre R$ 1.500,00 até R$ 8.200,00 por mês.

Como não poderia deixar de ser, por seu passado de guloso e contumaz abocanhador de moedas parlamentares, lícitas e não tanto, Inocêncio de Oliveira foi apresentado, pelo JN, como o campeão das contratações: 55.

Dia 23/8 enviei e-mail para a assessoria do deputado solicitando a relação dos seus apadrinhados com cargos, funções e respectivas remunerações.

Engraçado que em outras vezes tão prestimosa e eficiente, desta feita a assessoria não me deu resposta. No dia 30/08 reforcei o pedido já que o deputado Inocêncio era o medalha de ouro da modalidade.

Abaixo dele destacam-se o famoso deputado Cyro Nogueira (PP-PI), segundo-vice-presidente e corregedor da Casa, com pelo menos 39 apadrinhados, Nilton Capixaba (PTB-RO) com 31, João Caldas (PL-AL), 15, sendo que os dois últimos também fazem parte da Mesa Diretora da Câmara e foram denunciados pela CPI das Sanguessugas.

Esperei, em vão, até o dia 10 de setembro. Ainda sem resposta mandei e-mail ao presidente daquela casa, deputado Aldo Rebelo, fazendo a mesma solicitação. Aldo Rebelo em entrevista havia garantido que publicaria a lista de contratados para tais cargos, citando seus padrinhos.

O silêncio continuou.

Resolvi então enviar uma carta à redação do Jornal do Commercio, de Pernambuco, descrevendo esses fatos e solicitando a publicação da carta para ver, se com esse incentivo, alguém se animaria a me responder. O jornal até hoje não publicou a carta.

Há dois dias Aldo Rebelo dispensou mil e tantos funcionários fantasmas sem, no entanto, indicar quem eram seus padrinhos.

Deve ser a isto que Cláudio Lembo, governador incidental de São Paulo, se referiu quando falou em “elite branca” que atrasa e corrompe o país. Todos se acobertam, se protegem, e, pela proximidade das eleições, talvez o jornal também não queira ficar mal com um deputado que, com certeza, será um dos mais votados em Pernambuco.

Inocêncio de Oliveira é de Serra Talhada no sertão do estado. Quando desafiado, diz-se um cangaceiro. Não duvido. É o típico deputado dos currais eleitorais construídos com as mais diversas artimanhas.

Dono de imensa fortuna, possui TV, rádios, fazendas, gado, hospitais, 41 imóveis, entre apartamentos, casas e prédios e mora em Recife, na luxuosa Avenida Boa Viagem.

E é deputado desde 1975.

Assim como Severino Cavalcanti, o impoluto, que renunciou ao mandato para não ser cassado por achaque ao concessionário do restaurante da Câmara, também presidiu aquela casa. Hoje é o primeiro secretário que administra, veja você, a bufunfa do covil.

Em suas fazendas usava verbas do então DNOCS para perfurar poços, fato este confirmado por sua assessoria com a ressalva de que o acesso era permitido a toda a população.

Ao invés de furar poço em área pública, preferia fazê-lo em suas propriedades, para com sua magnanimidade, deixar deles servir-se o povo. Êta cabra danado de bom!

Em sua fazenda no Maranhão verificou-se a existência de trabalhadores que viviam em condições subumanas equivalentes ao de trabalho escravo. Vendeu a fazenda e, surpresa, por falta de provas a justiça arquivou o processo.

E comemorem, senhores, será campeão de votos em Pernambuco. Não é para menos, com essa ficha corrida só poderia mesmo contar com a admiração do país!

Salve, salve, Brasil!

terça-feira, setembro 12, 2006

A Presidência


Marcaram reunião para o final da tarde. Têem pressa, o prazo final se aproxima.

I.O., conhecido deputado do interior de Pernambuco, dono de hospitais e veículos de comunicação, N.S. milionário carioca dono de universidade e E.D, paulista, bispo evangélico da Igreja Universal e dono de rede de comunicação.

Nunca tiveram nada em comum, nem amizade, negócios, afinidades políticas ou ideológicas, nada. Pelo contrário, seus partidos políticos são historicamente adversários. Nunca também haviam se reunido. Era a primeira e única reunião que fariam. O acertado ali seria definitivo e tentaria garantir o futuro de seus grupos.

Quem os visse ali naquele bar só notaria o tom de voz abafado e discreto da conversa. Com a polícia federal cada vez mais ativa, criando a cada dia prisões espetaculares para encobrir as maracutaias dos tais poderes constituídos era urgente que dessem o golpe que garantisse o fluxo de caixa de suas empresas pelos próximos anos. Separados, seus grupos dificilmente sobreviveriam. Talvez uns poucos teriam sucesso, mas não o suficiente para garantir a todos.

Aconselhados por assessores definiram um plano que embora contrariasse a lógica e o sigilo necessário a tais ações , garantiria seus futuros. Todas as possibilidades foram estudadas, várias se apresentaram viáveis. Chegaram a um acordo e acionaram o Chefe.

Agora não tem mais volta. Têem que confiar uns nos outros, o que arrepia a todos.

Sempre os planos entre bandidos dão em água justamente por serem bandidos. Da última vez cabeças rolaram, deputados foram cassados e até juizes foram presos. Para surpresa de todos o chefe saiu incólume. Desta vez não errarão.

Confiando nos eleitores de um país canalha, agora, vão direto ao cofre.

A presidência, a presidência sem intermediários! A presidência é a solução!

Com a conivência e participação dos parlamentares, juizes e de todos nós eleitores, vamos ser testemunhas oculares do maior assalto ao Tesouro dos quinhentos anos de história deste país!

sexta-feira, setembro 08, 2006

Licença, D. Lindu


Há limite para a babaquice e o babaovismo. Mesmo para um político. Mesmo para um político zen. Até mesmo para um político zen e do PT. Estourando, até mesmo para um político zen, do PT e prefeito do Recife.

Não é que o prefeito do Recife, João Paulo, com todas as qualificações acima , resolveu extrapolar os limites?

Começando do começo.

Luiz Inácio Lula da Silva viveu na localidade de Vargem Grande, em Caetés, então distrito de Garanhuns, PE, até os 5 anos, quando migrou com a mãe, Eurídice Ferreira de Mello, para Vicente de Carvalho em Guarujá, SP. Mais tarde mudaram-se para São Bernardo do Campo.

Valorosa e lutadora D. Lindu, esse é seu apelido, criou seus sete filhos entre eles o Luis Inácio que viria ser o presidente da república do Brasil. Digna de todas as homenagens assim como milhões de outras mães como a minha, a sua, a do Papa, a de João, Maria e José.

Não se tem notícia que tenha conhecido as praias de seu estado natal. Toda a sua vida e de seus filhos foi passada em sua maior parte em São Bernardo do Campo. Luis Inácio não se cansa de agradecer a cidade que tão bem os acolheu. Graças ao seu esforço, talento e persistência atingiu o mais alto cargo público do Brasil.

Boa Viagem é um bairro habitado por uma população diversa como em todo o país. Nele convivem o extremo luxo e a pobreza das favelas. A Av. Boa Viagem é um dos cartões postais do Recife com o esplendor de seus edifícios e sua bela praia de arrecifes e piscinas de águas calmas e mornas.

Lá também está incrustada uma favela famosa chamada de Entra a Pulso que , como o nome indica, implantou-se não sem muita luta.

Entra a Pulso, Boa Viagem, Casa Amarela, Graças, Afogados, Boa Vista, são todos nomes de bairros do Recife. Nomes que guardam em sua simplicidade a beleza singela dos que brotam espontâneos na linguagem popular.

Assim também as ruas do Despacho, das Moças, da Aurora, da União, das Lágrimas, Só Nós Dois, Estrela Brilhante, Flor do Sertão, entre tantas outras. Denominações que já nascem prontas indicando características do lugar.

Voltando ao assunto do nosso prefeito.

Semana passada a União, proprietária de uma área de 32 mil m² a beira mar na Av. Boa Viagem, atendendo, através do presidente da república, antiga reivindicação dos moradores do bairro cedeu por vinte anos seu uso para instalação de um parque público no local.

Uma decisão sábia e maravilhosa que preservará uma grande e valiosa área da especulação imobiliária colocando-a a disposição para o lazer da população.

Palmas para a Associação dos Moradores de Boa Viagem, para os políticos que lutaram pela idéia, para o prefeito e para o presidente Lula. Salvas de canhões em homenagem a todos!

Assim como tantos outros, o parque, talvez, tenha nome pronto, Parque de Boa Viagem!

Lindo, não é? Não.

Sua excelência, o prefeito, numa crise de puxa-saquismo, babaovismo e medíocre oportunismo político, quer batizá-lo de Parque D. Lindu!!!

Licença, D. Lindu, mas vou sugerir uma consulta popular!

quarta-feira, setembro 06, 2006

Sete de setembro


Dia sete de setembro comemora-se a independência do Brasil, certo? Quase.

Em Pernambuco fala mais alto a abertura da temporada de verão.

Festas, shows e os mais diversos eventos festejam a praia, o sol e a cerveja em todo o belíssimo litoral do estado.

O mais curioso, ou justamente por isso, é que o sol e os ventos não só participam da folia como a comandam, antecipando o verão.

A partir de amanhã é infalível, praias lotadas e muita alegria para todos nós!

Saúde!

Tomei um baile!


Fui à Lotérica jogar na sena. Somente duas pessoas na minha frente para serem atendidas. Nisso entra um senhor passa por nós e se posiciona num cantinho da loja. Vagou o caixa ele imediatamente se apresentou.

O senhor que estava na minha frente virou e me disse:”Se é por idade, também temos o direito”. Não hesitei, dirigi-me ao senhor esperto e disse que ele não passasse em nossa frente. P'rá que!

O homem deitou falação, cagou regra, disse que nós entramos na fila por que quisemos, que do direito dele não abria mão, nós é que também nos posicionássemos naquele canto e ... graças a Deus liberou o meu caixa!

O senhor da minha frente, que havia me atiçado, tirou o time:”Deixa para lá”. A moça me atendeu com um olhar de “olha a merda que você fez”! Para a cara não cair de vez no chão, deu tempo ainda de fazer um ar superior, resmungar um “vá se danar” num muxoxo, ser atendido e cair fora.

Mas calou fundo.

Como o desgraçado do companheiro sabia que aquele cantinho mágico lhe assegurava o direito de furar a fila, já que sinalização não existia? Aí é que entra o exercício do direito. No Brasil não basta ter o direito, tem de conhecer os atalhos para exerce-lo. A loja deveria sinalizar o local de atendimento aos mais velhos. Como não havia a sinalização valia o conhecimento do lugar, dos funcionários e assim por diante.

Mesmo para ter seu direito reconhecido tem que ser esperto. A esperteza é dominante no caráter do Brasil . Por isso que o Lula vai ser reeleito no primeiro turno. Severino Cavalcanti, Palocci, Inocêncio de Oliveira, José Genoíno, Paulo Maluf, todos vão ser campeões de votos.

O brasileiro idolatra uma safadeza e de certa forma vê a corrupção somente como mais uma forma de esperteza.

Da próxima vez que for à Lotérica já vou entrar dando baixa: “e aí moçada onde é que eu fico para ser atendido antes desses panacas que estão na fila?”

Não levo jeito.