Meusditos

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Local: Varanda em Pernambuco

terça-feira, junho 30, 2009

Custo Brasil em Jabotão

O custo Brasil é um fardo pesado para todos nós cidadãos. Em Jaboatão multiplica-se exponencialmente. Educação péssima, atendimento de saúde pior, saneamento básico inexistente e obras públicas sem nenhum planejamento.




Esta obra aqui em frente apelidada de “para conter o avanço do mar” nada mais é do que uma obra para proteção das propriedades privadas na beira mar de Piedade. Penso, mesmo, que devemos entrar no mérito da questão.

Cabe ao poder público proteger propriedades que avançaram na praia incorporando o público ao privado? Cabe ao poder público proteger terrenos abandonados por seus donos, cheios de mato, restos de demolição, acumulando água das chuvas ambiente ideal de proliferação do aedes aegypti? Penso que não.




Antes das obras da prefeitura os prédios que invadiram a praia deveriam devolvê-la. Os terrenos deveriam ser limpos e murados impedindo a entrada de marginais e evitando se transformarem em banheiro público. Feito o dever de cada um aí sim poderia a prefeitura mobilizar recursos respeitadas as prioridade de educação, saúde e saneamento.

Com relação a esta obra especificamente: para medir uma cota para construção de amuradas utilizaram três máquinas por 4 ou 5 horas cavando um grande piscinão. Muito desperdício de óleo diesel para uma cota. Com a maré cheia lá se foi o piscinão. Tiveram que recavá-la no dia seguinte.




Os gerentes queriam pedras médias para fazer a murada. Os funcionários tiveram que as escolher à mão dentre as despejadas pelos caminhões. Sem contar que todos os caminhões, sem exceção, atolaram durante a tarefa. Foram puxados pelas máquinas.





Para piorar o desempenho derrubaram meio muro de um dos terrenos que deveriam proteger. Parece ao observador que tudo é feito meio nas coxas. Tentativa e erro. Não há método, sistema, planejamento.


Desci para conversar com um dos gerentes. Causou-me boa impressão. Mas continuo com a opinião de que não cabe à prefeitura essa obra de proteção das propriedades privadas. Se inevitável, que tenha sucesso.

segunda-feira, junho 29, 2009

Procissão de São Pedro


Como em todo Brasil, hoje dia de São Pedro, os pescadores das praias de Candeias e Piedade saem em procissão para homenageá-lo, o protetor dos pescadores.

Passam aqui em frente numa bonita imagem para compensar as obras de enrocamento da prefeitura.

sábado, junho 27, 2009

Lembra daquela praia?


Lembra daquela praia deliciosa aqui defronte em Piedade? Foi invadida por holandeses procurando o caminho do Japão via escavação. Espero que cheguem lá e por lá fiquem.

Se não é o caso vou aguardar ansioso para saber de que, afinal, se trata.

Vou dar um voto de confiança, mas que está com jeito de que vai dar merda, está!

terça-feira, junho 23, 2009

Maldição holandesa!

"Ó gente das alturas, ó gente das profundezas: fantasmas e espectros;
Vós dos cemitérios e dos grandes caminhos, errantes da sombra noturna!
E vós povos furtivos da noite, ó gente dos túmulos, vinde em meu auxílio. Que seja nada a mão que se levanta contra mim!"

Esta é parte de uma maldição. Reproduzi só para vocês terem idéia do tamanho da encrenca.

Cheguei à conclusão que Jaboatão dos Guararapes está sob uma maldição, muito provavelmente dos holandeses lançada logo após a derrota da Batalha dos Guararapes quando foram expulsos do Brasil.

Devem ter amaldiçoado Jaboatão como berço da pátria. “Que se desenvolva a pátria, mas que se quede na escuridão o tal de Guararapes”!

Somente isso explica o caos que por aqui vivemos. Há décadas elegem-se prefeitos, um pior que o outro e quando surge um com cara de mais arrumadinho baixa-lhe a maldição. O novo prefeito, um profissional, começou arrumando ruas, tapando buracos, o de sempre.

Agora resolveu fazer obras para contenção do avanço do mar. Quais? As mesmas que seu antecessor começou e suspendeu: o tal de enrocamento aderente. O nome é novo, mais charmoso, mas o significado é o mesmo: jogar grandes rochas na praia para proteger os muros e piscinas dos prédios beira mar que avançaram e se apossaram de parte das praias.

O pior é que convocaram os interessados para uma reunião onde anunciariam as tais obras. Após as críticas de técnicos presentes, concordaram em dizer que será só um paliativo. Estudos posteriores indicarão uma solução definitiva. Posteriores, sempre posteriores.

Voltando à maldição: “esta é a minha vingança, esta é a minha execração, que ficará guardada no fundo do meu peito por toda a eternidade”.

Temos que fazer um “descarrego” coletivo! Sal grosso, ervas e o escambau!

Safa holandês!

quarta-feira, junho 17, 2009

Chama a carrocinha!

É cansativo falar dos políticos. A mesmice que incomoda.

A corrupção solta, diária, em todos os níveis do poder seja municipal, estadual ou federal, executivo, legislativo ou judiciário.

Lula está fazendo escola do cara durismo, da sonsice, da sem vergonhice. Agora é a vez do impoluto Sarney, presidente do Senado.

Não sabia dos mais de 500 atos secretos do senado que nomearam, entre outros, seus parentes para funções de apaniguados de senadores.

Lula, óbvio, saiu em defesa de seu amigo desde criancinha: "Não li a reportagem do presidente Sarney, mas penso que ele tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum", disse.

Lógico que ele tem história para não ser tratado como uma pessoa comum. Deve ser tratado como um grande picareta que sempre foi. Melhor ainda se tratado como presidiário que deveria ser.

Pega no laço!

segunda-feira, junho 15, 2009

Barbeiragem, tesoura e simpatia!

No segundo ano do governo Lula, se não me engano, a professora Maria da Conceição Tavares disse que “o governo do Lula é um governo de merda, mas é o nosso governo de merda!”

Há quarenta e tantos anos falei a mesma coisa, mas por razão trivial: cortar os cabelos. Jovem, vaidoso, cabeleira farta sempre pedia ao barbeiro para ir de leve, cortar pouco.

Infelizmente não é da natureza dos barbeiros cortarem com moderação os cabelos. Eles têm compulsão por cortar. São incapazes de parar no razoável. Saía sempre do salão pelado e me sentindo completamente nu com a auto-estima lá embaixo.

Até que um dia, terminado o corte, ao me olhar no espelho, virei para o barbeiro e perguntei se me vendia sua tesoura. Fechei negócio e nunca mais pisei num salão de barbeiro.

Como a Conceição Tavares, falei “merda por merda prefiro eu mesmo fazer a minha”. E assim foi por mais de quarenta anos.

Não foi difícil já que os cabelos fartos e cheios aceitavam desaforo. Uma erradinha aqui outra acolá e dava para ir disfarçando. Com o passar do tempo, os cabelos rareando e embranquecendo o corte foi exigindo um pouco mais de perícia e, principalmente, paciência. Tudo o que não tenho mais.

As pequenas falhas foram se tornando enormes. Cortava os cabelos atrás no tato e hoje com impaciência era um desastre. Tanto fiz que ao tomar uma cervejinha com amigos ao lado do salão do Nonato, simpática figura, me animei e resolvi entrar.

Fui logo ameaçando: “Nonato há quarenta e tantos anos eu corto meu cabelo. Vou, hoje, lhe dar uma chance. Vê se manera!”

Respondeu-me:”Deixa comigo, vou na sua”.

Não resistiu a uma compulsãozinha na costeleta esquerda, mas sabe que não ficou mal? Lógico que para corrigir todos os caminhos de rato que fiz vai levar algum tempo. Mas vou tentar.

Grande Nonato!

PS: para não pensarem que esse estranhamento com barbeiro é coisa minha, não bastasse o termo barbeiragem, dou o exemplo do barbeiro dos meus filhos e de sua turma. Apelidaram o infeliz de “Pombo”. Porque? Por que caga na cabeça da gente!

quinta-feira, junho 11, 2009

Os filhos de Esteno

As górgonas eram três figuras mitológicas da Grécia Antiga. Consideradas monstros, estas mulheres tinham na cabeça, no lugar de cabelos, serpentes.

A mais conhecida era a Medusa, mas também existiam outras duas górgonas: Euríale e Esteno.

Esteno, como suas irmãs, é apavorante possui as mesmas características, no entanto não é mortal como Medusa. Talvez por isso seja mais perigosa.

Representa a perversão social no sentido de distorção, de insolência, de desobediência à lei estabelecida, a ausência da culpa, o bizarro, enfim, tudo aquilo que será denunciado como pecado ou crime.

Parece que os escândalos diários de nossos políticos não lhes bastam, se multiplicam como as serpentes nas cabeças das górgonas. A máfia do senado vem sendo mostrada a conta gotas seguramente pelos diretores destituídos por bandalheiras.

Mas Pernambuco superou-se. Como legítimos filhos de Esteno, os deputados estaduais aprovaram uma lei criando um Fundo de Previdência para parlamentares e funcionários comissionados. Até aí já é uma matéria controversa, pois com duas legislaturas os deputados já têm direito a uma pensão.

O detalhe é que a lei criou uma previdência retroativa ao ano de 2001. Os parlamentares e comissionados já partem com oito anos de previdência pagos integralmente com o dinheiro público! Um escárnio.

O presidente da Assembléia, chefe do bando e líder do corporativismo, um tal de Uchoa, afirmou que se não houver esta previdência quando o parlamentar não é reeleito cai na miséria. Não lhe ocorre que a deputação não é um emprego é uma representação conferida pelos eleitores para uma legislatura de quatro anos. Os não reeleitos não mereceram uma nova representação.

Que voltem para seus antigos afazeres ou, como qualquer cidadão, que vão à luta em busca de emprego. Se incapazes que façam biscate, bicos tornem-se meliantes ou, em último caso, que vão para as putas que os pariram!

Voltando a mitologia grega: “O que os filhos de Esteno não sabem, é que trazem dentro de si a monstruosidade da mãe perversa. E esta monstruosidade os destruirá, mais cedo ou mais tarde. Seja colocando-os ao alcance da lei, ou desenvolvendo doenças degenerativas, que mais tarde consumirá os recursos espoliados da sociedade.”

Metade do agouro já estaria de bom tamanho!

sexta-feira, junho 05, 2009

E assim caminha a humanidade!

Dia de sol, mar verde e calmo. Você vai dar sua caminhada, nadar um pouco nas piscinas dos arrecifes e como ninguém é de ferro, senta-se numa barraca para tomar uma cervejinha. Gostoso, não?

De repente bem em sua frente estaciona um carrinho com fogareiro para fazer espetinhos de churrasco ou queijo. O vento normalmente e na maior parte do tempo é do mar para o continente. Então você, que esperava desfrutar do ar puro e da bela natureza vê-se no meio de uma fumaça de carne assada.

O que me incomoda mais do que esse desconforto é as pessoas comprarem o tal “churrasquinho de gato”. Carne sabe-se lá de que procedência, higiene zero, mas os trogloditas deliciam-se.

Em Boa Viagem a prefeitura do Recife proibiu este tipo de comércio. Revolução! Os churrasqueiros fecharam a Avenida Boa Viagem em protesto causando horas de trânsito parado. Uma associação dos espetinhos entrou na justiça e, como sempre, um juiz qualquer deu uma liminar permitindo o comércio.

Ontem essa liminar foi derrubada. Lá vem de novo os “comerciantes” ameaçando novo protesto. Afinal, dizem eles, esse comércio é o seu sustento. Há anos vivem disso e agora como vão sustentar suas famílias?

A primeira opção que me ocorreu foi que vendessem CDs piratas. Ou talvez maconha, cocaína, crack. Crime por crime que busquem logo o mais lucrativo!

Nós temos mania de defender os crimes com a desculpa de que as pessoas não podem perder seus “empregos”. A vida já é tão difícil e ainda vamos impedir os caras de venderem CDs piratas? Daí a defender a venda de objetos roubados é um pulinho de nada. E dentro da bagunça vamos acabar defendendo os traficantes.

“Tadinho dele, tá passando fome. Ô fulaninho vem aqui, quanto tá a pedra de crack? Dez paus, só? Me dá logo vinte que depois eu repasso”.

terça-feira, junho 02, 2009

Cussy de Almeida, esse é o cara!

A favela do Coque é uma das comunidades mais pobres e violentas do Recife. Nela foi criada uma ação de inclusão social idealizada pelo desembargador aposentado Nildo Nery, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, e o juiz-corregedor João José Targino. Em julho de 2006 criaram a Orquestra Cidadã dos Meninos do Coque. Para coordenador musical convidaram o professor maestro Cussy de Almeida.

Cussy de Almeida nasceu em Natal, RGN. Aos seis anos revelou-se um prodígio na arte musical ao apresentar-se tocando violino num recital público acompanhado por sua irmã Hilza de Almeida.

Aos onze anos de idade realizou sua primeira turnê de concertos nas cidades de Mossoró, Natal, Recife e Salvador. Aos quatorze mudou-se para o Recife onde começou a estudar violino com o maestro Vicente Fittipaldi e, apesar da pouca idade, ingressou na Orquestra Sinfônica do Recife, logrando, em 1955, o primeiro prêmio no Concurso para Solistas, promovido pela Prefeitura da Cidade.

Em 1958, por recomendação do compositor Heitor Villa-Lobos, foi cursar, em Paris, o "Conservatoire Supérieur de Musique". Mudou-se para Genebra e ingressou no "Supérieur Conservatoire de Musique", onde conquistou o prêmio "Albert Lulin", destinado ao aluno de melhor talento e capacidade de trabalho, para dois anos após receber o cobiçado Prêmio de “Virtuose” do Conservatório de Genebra.

Por concurso, ingressou na "Orchestre de la Suisse Romande", sob a regência de Ernest Ansermet, onde participou dos festivais de Montreux, Lausanne, Viena e Atenas, vindo a integrar a gravação da obra orquestral de Claude Debussy.

De regresso ao Brasil, dedicou-se ao magistério, lecionando nas Universidades Federais do Rio Grande do Norte e da Paraíba, por dois anos.

Pesquisou e estudou a música Nordestina em suas raízes e manifestações, associando-a ao barroco religioso e à temática folclórica urbana da região sudeste do país, ocasião em que criou a Orquestra Armorial de Câmera. A convite do Itamaraty realizou concertos no México, Nicarágua e Guatemala.

Pois esse currículo vitorioso e invejável foi superado por seu trabalho junto a Orquestra Cidadã dos Meninos do Coque projeto que colocou instrumentos musicais (violão, viola, violoncelo e contrabaixo) nas mãos de 100 jovens carentes de 7 a 14 anos proporcionando cidadania e objetivos de vida.

A orquestra tem o seu próprio espaço, construído pelo Exército, um dos parceiros do projeto. Conta com cinco salas de aula, auditório, recepção e uma luthieria. A coordenação musical foi adaptada por Cussy à realidade local, o método de ensino aplicado é o Suzuki, que desenvolve a atenção global da criança e suas sensibilidades auditivas, visuais e sinestésicas.

Hoje a orquestra é sucesso nacional. Sua qualidade é de emocionar. Semana passada gravou um DVD no Teatro Santa Izabel com participação dos músicos Dominguinhos, Yamandu Costa e Silvério Pessoa.

Não perca!