Custo Brasil em Jabotão
Esta obra aqui em frente apelidada de “para conter o avanço do mar” nada mais é do que uma obra para proteção das propriedades privadas na beira mar de Piedade. Penso, mesmo, que devemos entrar no mérito da questão.
Cabe ao poder público proteger propriedades que avançaram na praia incorporando o público ao privado? Cabe ao poder público proteger terrenos abandonados por seus donos, cheios de mato, restos de demolição, acumulando água das chuvas ambiente ideal de proliferação do aedes aegypti? Penso que não.
Antes das obras da prefeitura os prédios que invadiram a praia deveriam devolvê-la. Os terrenos deveriam ser limpos e murados impedindo a entrada de marginais e evitando se transformarem em banheiro público. Feito o dever de cada um aí sim poderia a prefeitura mobilizar recursos respeitadas as prioridade de educação, saúde e saneamento.
Com relação a esta obra especificamente: para medir uma cota para construção de amuradas utilizaram três máquinas por 4 ou 5 horas cavando um grande piscinão. Muito desperdício de óleo diesel para uma cota. Com a maré cheia lá se foi o piscinão. Tiveram que recavá-la no dia seguinte.
Os gerentes queriam pedras médias para fazer a murada. Os funcionários tiveram que as escolher à mão dentre as despejadas pelos caminhões. Sem contar que todos os caminhões, sem exceção, atolaram durante a tarefa. Foram puxados pelas máquinas.
Para piorar o desempenho derrubaram meio muro de um dos terrenos que deveriam proteger. Parece ao observador que tudo é feito meio nas coxas. Tentativa e erro. Não há método, sistema, planejamento.