Meusditos

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Local: Varanda em Pernambuco

domingo, março 29, 2009

Viva Eliana!

Lendo a última Veja fiquei fã da Eliana Tranchesi, dona da Daslu. Se puder ganhar milhões, porque não ganhar milhões mais um. Porque não ser ganancioso, insaciável. Dane-se a lei. Se der para sonegar impostos vamos sonegar! Não há no mundo ninguém mais insaciável do que os políticos brasileiros e os senadores em particular, os que fazem a lei.

Leiam a matéria sobre as benesses dos senadores e dos funcionários do senado. É de estarrecer! Não percam também a crônica do Guzzo.

A Eliana tem a mesma cara dura dos políticos. Sua calma é impressionante para quem foi condenada a 94 anos de prisão. Talvez por estar em tratamento de um câncer agressivo, esteja se lixando para a receita federal e esses juízes que adoram holofotes. Com toda certeza não cumprirá esta pena, nem mesmo parte dela.

Engraçado que fiquei enojado dos senadores e complacente com a Eliana. O crime no Brasil está deixando de ter importância. A imoralidade dos senadores torna qualquer contraventor um pequeno infrator sem nenhuma relevância.

Viva Eliana!

sexta-feira, março 27, 2009

Coitado do Galego!

Encontrei a Josenilde aos prantos. Josenilde é mulher do Galego que tem uma barraca na praia aqui em frente. Sensibilizado perguntei o que havia acontecido. A Jose, assim é chamada, desandou a falar.

- “Seu Alfredo, meu Galego endoidou. Se trancou em casa e diz que não sai de jeito nenhum. Tem medo de ser preso. Logo ele tão ajuizado, vive fazendo bico para trazer comida prá casa. Nem sei a tanto tempo que procura emprego e nada. Ainda bem que tem a Bolsa Família pra quebrar um galho. Mas com essa merreca tem mês que a gente passa fome. Nunca na vida passou pela cabeça do Galego sair do sério e roubar alguma coisa. Deus é testemunha!

Se tem uma coisa que já chamei atenção dele é essa mania de pavonear que é descendente dos holandês que invadiu Pernambuco. Já disse que pobre branquelo com olho azul um dia vão achar que é picareta. Não é, seu Alfredo, que o presidente disse que ele é o responsável por essa tal de crise no mundo? Que nois não tem emprego por que ele foi irresponsável? O Lula não mente seu Alfredo. Estamos sem saber o que fazer!”

Tentei acalmar a Josenilde.

-“Jose não é nada disso. O presidente não falou do Galego. Falou de maneira genérica que a crise foi causada pelo pessoal dos países desenvolvidos. Como falar que a culpa é das elites já cansou ele quis inovar, quis ser criativo. No improviso deve ter bolado essa frase de efeito que a crise foi causada por brancos de olhos azuis.

Foi mais uma de suas frases impensadas que além do mais é racista. Pior que foi dita ao lado de seu convidado o primeiro ministro da Inglaterra, berço dos anglo saxões!”

-“Seu Alfredo, o senhor tá com esse rame rame prá me acalmar, mas o homem não mente. Se ele diz que a culpa é dos brancos com olho azul, é por que é. Coitado do Galego!”

-“Não, Jose, ele quis dizer que a culpa é dos dirigentes dos países desenvolvidos. Mas para o presidente falar anglo saxões é difícil, ele não domina bem a língua. Muito menos a dele que é presa. Fique tranqüila, diga ao Galego para sair sossegado de casa. Ele não tem nada a ver com a crise e nem vai ser preso. Só vai demorar um pouquinho mais para arrumar emprego”.

-“Seu Alfredo, o senhor garante?”

-“Garanto, Jose. Fique tranqüila”.

-“Sei não, seu Alfredo. Que tem de viver estufando peito que é holandês? Tá no que deu!”

quinta-feira, março 26, 2009

O imbecil

Não acredito que os imbecis nasçam prontos. Não. A imbecilidade deve ser resultado de aprendizado de gerações. Aquela história de pai para filho.

O ambiente onde é criado o imbecil é de fundamental importância para sua plena formação. Certamente foi mimado, todos os desejos atendidos.

Gritos, choros e esperneios, pulinhos de raiva tudo aceito pelos imbecis pais para o perfeito aprendizado do rebento imbecil.

Na escola onde tem a primeira oportunidade de expressar publicamente sua imbecilidade, quando castigado é prontamente defendido pelos pais que reclamam com veemência à diretoria. Afinal o pequeno imbecil não é um imbecil qualquer. É um imbecil com pedigree. Seus bisavôs já eram imbecis e formaram uma família de respeito na sociedade, ora pois.

Como crianças na escola não respeitam imbecis logo começam a pegar no seu pé e não aceitar seus chiliques. Para se vingar o imbecil se transforma num pequeno transgressor. Não cumpre normas, horários e agride os colegas. A reação é imediata. O que era tolerado no âmbito familiar não é mais na escola. Não é aceito pelos colegas e toma eventualmente uns bons pés de ouvido.

Com o tempo muda de atitude. Pede aos pais todas as novidades que surgem. Os tênis da moda, as camisetas, os bonés. E todas as quinquilharias como canetas, pulseiras, relógios. Chama assim a atenção para sua parva pessoa. Normalmente é eleito o imbecil do ano pelos colegas.

Mais tarde, amadurecida sua imbecilidade, torna-se recalcado. Não perde oportunidade de se vingar do sucesso alheio. Fecha no trânsito, estaciona na calçada, cospe no chão, joga lixo na rua tudo para mostrar a si mesmo que “quem manda em mim sou eu”.

Não, não estou tentando escrever um tratado sobre imbecis. Estou simplesmente tentando entender meu novo vizinho. Assim que se mudou para cá foi orientado a não fazer obras que causassem desconforto aos vizinhos em determinados horários. Foi a dica que ele esperava. Todo dia nos horários impróprios lá vinha ele com furadeira, marteladas e afins.

Todo edifício moderno tem nos halls de serviço portas contra fogo protegendo os apartamentos e isolando as escadas. Devem ser mantidas fechadas por segurança e para não danificar suas molas que as fecham automaticamente.

Avisado, meu vizinho colocou a família e a empregada em prontidão. Assim que alguém fecha as portas imediatamente vem alguém dos imbecis calçá-las e deixá-las abertas.

Ser imbecil, além do ridículo, dá trabalho.

sexta-feira, março 20, 2009

O banquete dos canalhas!

Estou desanimado para escrever Meusditos. Gostaria de ter inspiração para passar longe das canalhices dos políticos. Está difícil.

Num covil temos 6800 funcionários para atender ao irrelevante trabalho de 81 senadores. Para isso precisam de 181 diretores. Tem diretor para ar condicionado, corredores, elevadores e para as putas que os pariram!

Dos 81, 13 são suplentes que substituem o titular sem ter sequer um voto.

Esse covil custa aos cofres públicos R$ 2,7 bilhões por ano, orçamento maior que o da cidade de Porto Alegre com quase 1,5 milhões de habitantes.

Locupletam-se de todas as maneiras: auxílio residência, saúde, telefones, apartamentos funcionais, carros, verbas indenizatórias e mais, é claro, os por fora.

Não só os senadores se enriquecem. Os diretores também. O ex diretor geral mora numa casa de R$ 5 milhões, não declarada, e o ex diretor de recursos humanos cedia um apartamento para seu filho morar como se dele fosse.

Como não legislam nem fiscalizam o executivo, suas funções, estão perdendo a finalidade. Existem somente para seu próprio circo e benesses.

Não imagine que isso é uma exceção, é norma. Acontece o mesmo na câmara federal, nas câmaras de 27 estados e nas assembléias legislativas de mais de 5,5 mil municípios! Faça as contas e veja para onde vai nosso dinheiro!

Vou tentar não voltar ao assunto.

terça-feira, março 17, 2009

Um castelo chamado Brasil!


A família Sarney manda no Maranhão há décadas. Graças às suas administrações o estado é o mais pobre do país e o de maior índice de analfabetismo. Porque? Por que assim operam os coronéis. Mantêm o povo na escuridão para manipulá-los com facilidade. Aconteceu o óbvio.

Jackson Lago disputou e se elegeu governador do Maranhão usando os mesmos métodos dos Sarney: comprando votos.

A família indignou-se, entrou com processo e resgatou o estado para eles. Cabe recurso, mas tudo indica que o Maranhão vai continuar analfabeto e pobre, com ou sem um Sarney no poder.

Este foi apenas um retorno regional, pior foi o retorno do coronel patriarca, lulista desde criancinha, que retomou à presidência do Senado. Muito bem acompanhado. Temer na presidência da Câmara, Renan, líder do PMDB e Collor na Comissão de Infraestrutura.

Por esses retornos fiquei em dúvida se era uma boa época para retornar aos Meusditos. Afinal nunca roubei nem um pãozinho francês e me senti meio constrangido de reaparecer. Não tenho currículo para o momento. Volto em homenagem ao meu senador Jarbas Vasconcelos, o das verdades inconvenientes.

Impressiona a não repercussão na mídia do país e dos seus pares no Senado. Continuamos os mesmos. As mesmas roubalheiras dos políticos, a mesma desfaçatez, despudor, falta de vergonha na cara.

Os funcionários do Senado recebem horas extras no recesso e os senadores sacam integralmente suas verbas indenizatórias. O orçamento do Senado só perde para os das cinco maiores capitais do país e tem apenas 6800 funcionários!

Gostaria de retornar aos Meusditos com alguma novidade. A mais animadora é que a Globo está procurando um novo Galvão Bueno. Espero que não seja um novo Galvão Bueno, mas um novo apresentador de esportes. Mesmo porque não podem existir dois Galvão. Um já é chato além da conta. Mesmo assim não é uma boa notícia. Só seria substituído após a copa do mundo de 2014.

Haja saco!