Meusditos

Minha foto
Nome:
Local: Varanda em Pernambuco

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Sobre imbecis

Ao contrário do que se pensa, a imbecilidade tem gradações , desde um simples imbecil comum até um de carteirinha e, top dos tops, o medalhado.

O comum não tem muito encanto, normalmente é, simplesmente um chato. O de carteirinha já começa a ser divertido, porque, normalmente, se orgulha de sua imbecilidade e a expõe sempre que tem oportunidade, mesmo nas mais constrangedoras situações.

Veja por exemplo o padre Luis Augusto de Goiânia que, durante a celebração de um casamento, repreendeu pública e severamente uma das madrinhas que no seu entender apresentava-se pelada e sem sutiã na cerimônia.

Temos que entrar no mérito do julgamento para facilitar nosso entendimento. A elegante moça trajava um vestido de muito bom gosto, com suave decote na frente e costas desnudas, decorando com sua beleza e simpatia a festa da amiga.

Pois bem, o padre com sua rudeza fez com que ela saísse aos prantos da igreja.

Até aí nosso personagem, mais do que um imbecil, é um casca grossa de primeira. Como dá plantão na Paróquia Nossa Senhora das Graças da Medalha Milagrosa, não perdeu a oportunidade, talvez única em sua vidinha de sonhos enrustidos, de fazer jus à paróquia, medalhando-se, sem milagres, por mérito mesmo, como imbecil de primeira classe.

Deu entrevista para a televisão dizendo que “essas mulheres que andam despidas, sem sutiã, não cuidam de proteger seu corpo tendo que buscar, mais tarde, na plástica a correção para seus peitos desprotegidos de suporte”!

Divertidíssimo, principalmente em cadeia nacional do Jornal da Band com direito à chacota dos apresentadores.

Mais divertido, ainda, foi a chacota, ou melhor, a sentença proferida pela 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, em cima de uma empresa que demitiu, por justa causa, uma funcionária que “excedia-se em flatulência no ambiente de trabalho”.

Com muita propriedade o juiz relator Ricardo Artur Costa e Trigueiros entendeu que se a empresa era capaz de tamanha imbecilidade e agressão à pessoa, nada melhor do que levá-la a sério em sua imbecilidade e tripudiar na sentença.

Começou, baseado em artigo do médico Drauzio Varella, afirmando que a emissão de gases intestinais não é uma doença e, pode mesmo, estar associada à reação de organismos sadios, sendo sinal de boa saúde.

Segue afirmando que a emissão de gases é involuntária e, “embora gere constrangimento e piadas, não há de ter reflexos na vida contratual”.

A demissão, portanto, “pune indiscretas manifestações da flora intestinal sobre as quais, empregado e empregador, não têm pleno domínio”.

Decidiram os juízes daquela corte pela readmissão da funcionária e pagamento de R$ 10 mil por danos morais.

A empresa para ganhar o prêmio de “Imbecis do Novo Milênio” parece que vai recorrer da sentença alegando danos ambientais!

PS: O texto da flatulência foi baseado em competente e divertidíssima reportagem de Vinícius Queiroz Galvão na Folha de São Paulo de hoje.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Grande mestre

Sempre tive facilidade para esportes. De bolinha de gude ao tênis, qualquer esporte.

Por exemplo, aos quarenta e tantos anos fui para uma fazenda, às margens do Araguaia.

Para chegar lá se ia de Goiânia à Bandeirante num pequeno avião monomotor. De lá, de barco até a sede.

Lá chegando, Carlos, o piloto retira sua bagagem e junto um belo par de esquis. Disse-me que iríamos esquiar. Nunca havia esquiado em minha vida.

Saí na primeira tentativa todo prosa e fagueiro, num delicioso passeio esquiando pelo rio!

Dizem as más línguas que meu sucesso deveu-se ao pavor de cair no rio, sempre cheio de piranhas, os peixes. Faz sentido.

Aos trinta comecei a jogar raquetinha, o mini tênis. Daí ao tênis foi um passo. Em uma semana de aulas já batia bola com meu instrutor, o Lelé Fernandes, como se jogasse há muito tempo.

Nunca fui um bom jogador mas, para estreante, jogava bem direitinho. Foi um esporte que me deu muitas alegrias, até que um dia meu joelho estourou.

A facilidade que tenho para o esporte é a mesma que tenho para fugir de um bisturi. Acabei preferindo abandonar o tênis. Comecei, então, a caminhar.

Precisa saco, mas quando me mudei para Piedade, o que era chato virou prazer, caminhando todas as manhãs pela praia.

Voltou o joelho a me incomodar. Fugi de novo, parei com a caminhada e comecei a nadar. De costas, coisa que nunca havia feito. Explico.

Não é preferência pelo estilo é que após uma cirurgia na laringe, da qual não me atrevi a fugir, quando nado crawl e viro a cabeça para respirar, a garganta dá uma pequena fechada o que dificulta a respiração.

A solução foi nadar leve e solto de costas respirando livremente todo o ar do mundo.

Há anos atrás já havia, também, praticado um pouco de jiu- jitsu e caratê. De repente, não é que me pego voltando às artes marciais?

Descobri-me um feroz lutador de um misto de caratê com capoeira. Dou pernadas e chutes de um verdadeiro mestre faixa preta.

Espanta-me a velocidade e a força do impacto dos meus golpes. São destruidores, dignos de um verdadeiro campeão.

Só tem um problema, resolvi praticar o esporte à noite e, pior, dormindo!

Já quebrei as unhas dos dedões dos pés em certeiros “bicos” na parede do quarto. Acordei aos urros de dor.

Adotei a única solução de emergência que me ocorreu: desencostei minha cama da parede antes que quebrasse todos os meus pododáctilos.

Agora devo chutar com a mesma maestria mas, apenas, o espaço.

Atenção! Quando me virem dormindo, para sua segurança, mantenham distância!

domingo, fevereiro 24, 2008

Aqui é assim!

Anos atrás resolvi jantar no Nova Sucata, famoso bar e restaurante à beira mar de Piedade.

Era uma recriação do Sucata, antigo bar tocado pelo China Bivar figura carimbada da sociedade local.

Figura, não, figuraça.

Lembro-me que pedi uma lagosta a Thermidor. Na época não morava aqui, vinha a passeio e adorava uma boa lagosta, caranguejo, agulhas fritas, tudo que tinha direito.

Já imaginava aquela tenra lagosta em sua carcaça, molho branco, creme de leite, manteiga, pimenta do reino, queijo ralado, vinho branco, tudo magnificamente gratinado no forno quando me chega a dita cuja.

Foi um desastre. Pedaços de lagosta vieram em sua casca imersos num molho de tomate à base de catchup. Reclamei, disse que havia pedido uma lagosta a Thermidor e não ao molho, como dizem. Retrucou o garçom que “aqui, lagosta Thermidor é assim”.

Essa cena ficou marcada em mim porque reflete, de certa maneira, nosso jeito pernambucano de ser. Tudo em Pernambuco “é assim”. Inventamos a roda diariamente e, pior, sempre com uma nova forma: triangular, quadrada, trapezóide, octogonal, mas nunca, jamais, redonda.

De outra feita conversando com uma decana e prestigiada jornalista local, disse estranhar a falta de cuidado dos jornais da terra com a revisão de texto.

Toda edição era um carnaval dos mais grosseiros erros. A confusão de milhares, milhões e bilhões é uma festa.

Respondeu-me, candidamente, que eu não deveria ser muito exigente com os jornalistas daqui, “afinal estamos em Pernambuco”!?!?

Mas porque me lembrei disso agora? Porque ontem Eneida me ligou perguntando quanto valia uma Ufir. Havia recebido uma tabela de remuneração do Sindicato dos Arquitetos que dizia que para projetos de ambientação devia-se cobrar 39 Ufirs por m², equivalentes a R$ 66 reais e pouco.

Como a Ufir havia sido congelada em 1999 ou 2000 a R$ 1,06, não entendia o valor da relação do sindicato. Procurei alguma explicação, recorri ao meu filho e nada. Resolvi ligar para o sindicato.

Perguntei se podiam me esclarecer o caso. Depois de alguma espera veio o atencioso cidadão e disse que as 39 Ufirs equivaliam a R$ 66 e poucos, e que, portanto, a Ufir valia algo próximo de R$ 1,70.

Insisti. Como determinaram esse valor já que uma Ufir vale R$ 1,06? Com a boa vontade dos justos disse-me que eles mesmos corrigiram a Ufir por sua conta e que lá no sindicato era assim, o valor da Ufir, é, hoje, algo próximo a R$ 1,70. Ponto.

O mais engraçado é que a Eneida é uma arquiteta que adora saber quanto deve cobrar por seus projetos, justamente para não cobrar os valores devidos. Invariavelmente acha que são exagerados.

Pois é, aqui é assim!

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Meu Deus!

Estava de saída para ir ao dentista quando toca o telefone. Do outro lado da linha, um grande e dileto amigo, dos poucos que me restam.

Como nos vemos raramente, ele mora em São Paulo e eu me mudei aqui para Piedade, saudamo-nos efusivamente.

Logo notei uma indisfarçável e constrangida emoção em sua voz.

Perguntou-me se eu sabia do acontecido com a Mara.

Respondi que não e, confesso, não identifiquei de pronto quem seria a Mara que pela ênfase do meu amigo eu deveria conhecer.

Disse-me que de partida para Buenos Aires foi comunicado que ela havia sido seqüestrada. Já embarcando, não teve tempo de se inteirar do caso.

Quando retornou à São Paulo ligou para o filho da Mara para saber da situação.

Mara havia saído para ir à sua antiga casa, na Cidade Universitária, que estava à venda, para se encontrar com um marceneiro que iria fazer um conserto numa das portas. Desde então não foi mais vista.

A família recebeu ligação de que ela estava seqüestrada e que aguardassem que pediriam resgate. Passaram-se dias e nada. Começaram uma busca frenética com ajuda da polícia.

Mara foi encontrada morta em sua antiga casa, assassinada a machadadas. Foi reconhecida por seus cabelos.

Mara, lembrei-me, era esposa de outro querido amigo meu.

Torci para despertar deste pesadelo. Infelizmente eu estava acordado.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

A laje do reitor

Não sei se vocês notaram a candura do reitor Timothy Mulholland da Universidade de Brasília justificando o quase meio milhão de reais gastos na decoração de sua cobertura.

Adorei sua abordagem da estética do projeto que deveria guardar uma consistência harmoniosa em seu conjunto.

Perguntei-me se não sairia mais em conta um projeto de decoração em total harmonia com o cerrado do planalto. Mesmo porque até uma oca certamente mantém uma estética em perfeita harmonia com a ocara e com seu meio ambiente.

Com uma flora riquíssima, nosso cândido reitor poderia escolher entre 1.000 espécies do estrato arbóreo-arbustivo, e 2000 do herbáceo-subarbustivo para ornamentar sua luxuosa laje.

Gravuras de vertebrados do cerrado certamente não faltariam para ornamentar suas paredes desde a jibóia, a cascavel, várias espécies de jararaca, o lagarto teiú, o urubu-rei, o tatu-peba, o tatu-galinha, o tatu-de-rabo-mole, o tamanduá-bandeira, o veado campeiro, o cateto, o cachorro-vinagre, o lobo-guará, a jaritataca, o gato mourisco, e quem sabe uma onça-parda ou pintada, e, finalmente, por que não, uma solene anta, espécime que mereceria especial destaque em sua decoração, como a representá-lo em sua moita.

Mas a grande apoteose seriam as aves do cerrado que gorjeariam em seu maravilhoso jardim suspenso: curiangos, urutaus, rola-caldo de feijão, pomba de bando, anu preto e anu branco, curió, azulão, periquito rei, inhambu-xororó, entre centenas de outros.

As lixeiras de R$ 900,00 seriam trocadas por autênticas e belíssimas cabaças, frutos dos cabaceiros, das cuieiras e dos porongos que partidos em vários formatos, esvaziados do miolo, polidos, tingidos e decorados com incisões de exímia precisão, servem como baldes, coiós, bacias, copos, tigelas ou como cuias de tomar água e teréré.

Para conforto de seus convidados, pesquisadores e professores, quem sabe também beneficiários de fartas verbas da Finatec, a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos, escalaria uma criadagem de alguns candangos, de preferência autênticos, mas não tão alquebrados pela idade que pudessem comprometer o bom serviço.

Para mordomo, nada melhor do que um coloridíssimo indígena, com cocar fenomenal, pleno de coloridas miçangas, representando, orgulhosamente, todos nós brasileiros em flagrante desarmonia estética com os devassos.

domingo, fevereiro 03, 2008

Cabelos cortados, carnaval e equinócio!

Sexta feira tomava meu chope no Piedade, barzinho aqui em frente.

Na mesa ao lado, um senhor esperava sua vez para cortar os cabelos no salão vizinho.

É um cara bonachão típico, de almanaque: sorriso largo, barriga proeminente, voz grave, fala pausada e inimigo de esforços físicos. Sua mulher, vez por outra, consegue tira-lo da inércia e fazê-lo caminhar. Pelo estilo do andar fica clara sua má vontade com a missão.

Pois não é que o dito cujo me disse que ia cortar o cabelo para ir ao Galo da Madrugada, no sábado?

Não consegui imaginar um fulano que corta os cabelos para brincar o carnaval, pulando entusiasmado no maior bloco carnavalesco do mundo. Certamente vai tomar todas e dar dois passinhos pra lá e dois passinhos pra cá, e estamos conversados.

Toda essa introdução para tentar explicar como se determina a data em que o carnaval acontece. Todos sabemos que é uma data móvel o que trás repercussões econômicas diversas.

Da mesma forma que atrai turistas, e, portanto divisas, movimentando setores da economia a ele relacionados, como aéreas, agências de viagem, hotéis, bares, restaurantes, blocos e, por que não, piranhas, por outro lado, pára a maior parte da economia do país que entra em rítmo de "depois do carnaval".

Quanto mais tarde for o carnaval mais fatura a indústria da folia, para desespero do restante da economia. Quanto mais cedo, é o inverso. É o caso, neste ano.

O Wall Street Journal, desse sábado, especula que a data prematura do carnaval brasileiro, que se transformou em um "espetáculo comercial", pode prejudicar a economia do Rio de Janeiro, antecipando o fim de férias dos foliões.

Mas vamos ao que interessa. O que tem a ver o carnaval com o equinócio? Tudo.

Antes, vamos relembrar: o equinócio (deriva do latim aequinoctium, e significa “noite igual”), é o ponto da órbita da Terra quando se registra a igual duração do dia e da noite. São dois por ano, um de primavera, em 21 de março, e outro de outono, em 23 de setembro.

Note que as datas se referem às estações do ano no hemisfério norte, já que quando descobriram o fenômeno, nós, abaixo do equador, não havíamos sido descobertos, não tínhamos registro.

Muito bem. A data do início do carnaval depende do dia em que se comemora a Páscoa na religião católica. Como a Páscoa é uma data móvel, assim também é a do carnaval.

O domingo de carnaval é, sempre, sete domingos antes do domingo de Páscoa que ocorre no primeiro domingo após a primeira lua cheia depois do equinócio da primavera, em 21 de março.

É tudo muito simples. Para facilitar resolvi exibir esse mapa astronômico aí do lado, para tirar qualquer dúvida.

Para facilitar, ainda mais, as legendas estão em francês, ou aramaico, não sei. Tá meio embaçado, não dá para enxergar direito.

Apesar de todos meus esforços, uma dúvida persistiu. Como não sou astrônomo, se para saber a data do carnaval vou precisar saber a data da primeira lua cheia depois do dia 21 de março, de qualquer maneira vou ter que olhar o calendário.

Não é mais razoável consultar direto a data do carnaval na folhinha, cacete?

Para o ano que vem vou dar a dica. O domingo do carnaval de 2009 é no dia 22 de fevereiro, justamente o dia em que vou aparar os cabelos.

Para ir à praia.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

R$ 59.000.000,00 cash!

Certamente você conhece a dona Matilde Ribeiro, pois não? Não? Mas conhece o Altemir Gregolin, com toda certeza. Também não? Pôxa, de que mundo você é? Vamos tentar outro, que tal o Orlando Silva? Ah, agora, esse você conhece! Não, não é o cantor.

O grande e inesquecível cantor já se foi, este Orlando Silva está vivinho da Silva. Não se lembra? Tá bom, vou dar uma dica. São todos ministros do Lula. É, Lula , o presidente, lembra?.

Um é do Ministério da Igualdade Racial (sic), outro da Pesca (sic) e o outro dos Esportes (sic). E agora dá para saber quem está em qual Ministério? Tá difícil? Mas é difícil mesmo.

Se fosse fácil saber quem é quem o Lula e a Dilma não estariam mandando investigá-los por despesas indevidas com cartões de crédito corporativos do governo.

A dona Matilde, ministra da Igualdade Racial foi pega gastando R$ 461,10 em um “free shop”. No ano gastou, com seu cartão R$ 171 mil. Cismaram com os R$ 461,10.

O famoso Gregolin, popular ministro da Pesca, pagou um churrasco em Brasília no estonteante valor de R$ 512,60. Não se preocupe, vai ser devidamente investigado.

E o nosso caro homônimo, Orlando Silva, ministro dos Esportes, na maior cara de pau, além de gastar R$ 485,05 em um restaurante de São Paulo, teve a ousadia de comprar R$ 8,30 em tapiocas numa lanchonete de Brasília. Tudo com seu cartão corporativo, imagine!

Enquanto o presidente e seus capangas lançam essas notas diversionistas, querendo mais uma vez nos fazer de trouxas, a imprensa noticia o montante de gastos com os tais cartões no ano passado: R$ 76 milhões de reais!!

Desses R$ 76 milhões, nada menos que R$ 59 milhões foram sacados em dinheiro vivo na boca do caixa!! Repito, na boca do caixa!

R$ 59 milhões representam aproximadamente R$ 160 mil por dia em dinheiro vivo sacado pelo grupo, gangue, ministros, apaniguados, secretários, ou como se queira chamar os portadores desses cartões corporativos. Até mesmo por zelosos e honestos funcionários.

Só para relembrar. Esses cartões corporativos foram criados no governo do FHC para despesas emergenciais e, principalmente, por deixarem rastro, ou seja, pode-se saber com segurança quem gastou quanto e onde. Dá transparência às despesas do governo.

No momento em que o portador saca o dinheiro no caixa, volta-se à situação de não transparência e notas frias, certo? Pois é.

Quando a farra é geral e impune ela cresce exponencialmente. Em 2004, foram gastos R$ 14,1 milhões, em 2005, 21,7 milhões, 2006, R$ 33 milhões e , finalmente em 2007 a incrível quantia de R$ 75,6 milhões!

Como a imprensa pôs a boca no trombone, o governo viu-se compelido a dar uma resposta a tamanho descalabro.

Com a sutileza de um mamute, lançou aqueles três incógnitos e desimportantes ministros, gastadores de merreca, ao sacrifício, na base do “antes eles do que os nossos”.

Por falar em "nossos", só a Presidência da República tem 42 cartões de crédito.

O predidente do Senado, Garibaldi Alves, condenou o abuso de gastos pelos ministros, mas, convenientemente, descartou a criação de uma CPI agora.

Como de costume, vamos engolir mais essa.