Meusditos

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Local: Varanda em Pernambuco

quinta-feira, janeiro 31, 2008

Grosso modo é assim...

Pobre é uma desgraceira só. Basta a vida melhorar um pouquinho e a plebe já começa a comprar, comprar e se endividar.

É televisão de LCD, micro computador, laptop, um carro melhorzinho. Os mais assanhados partem logo para comprar uma casa.

-“Ah, agora sou proprietário, aluguel já era!”

-“Querida, aconteceu um milagre. Como os imóveis se valorizaram muito, nosso gerente lá do banco da hipoteca me ligou perguntando se eu não queria levantar uma graninha a mais com juros pra lá de módicos.”

-“Nossa casa agora tá valendo quase 50% a mais. Ele propôs que a gente renegocie a hipoteca pelo novo valor, levantamos o dinheirinho da diferença e, finalmente, trocamos nosso carro. Que tal?”

-“No começo eu resisti, mas ele tanto insistiu, disse que todo mundo tá fazendo, que, pôxa, porque não um dinheirinho extra? E ainda o ajudo a ficar bem lá com o diretor dele que tá cobrando produção, coitado.”

E tome crédito!

De repente fulaninho percebe que começa a faltar salário no fim do mês. Começa a ficar difícil pagar as dívidas.

-“Mas ainda dá para agüentar. Pior tá o Sam que teve que devolver o Toyota!”

-“Não é que outro dia chegaram na casa do Johnny e levaram sua Sansung? Novinha em folha! Quem mandou abusar, comprou tem que pagar é ou não é?”

-“Mulher, não tá dando pra pagar a prestação da casa. Tá russo. Daqui a pouco o banco vai executar a hipoteca e aí miau, voltamos para o aluguel. Mas, olha honey, lá na firma três já devolveram suas casas. Não é um Deus nos acuda, afinal!”

Engraçado que para o mané endividado, realmente não é um Deus nos acuda, mas para o banqueiro que emprestou para milhões de manézinhos é um senhor Deus nos acuda!

Imagine você grandes bancos repletos de hipotecas de casas que perderam 50, 60% de seus valores. De repente suas garantias viraram pó.

Sem contar que essas garantias viraram títulos derivativos e foram repassados mundo a fora para outros bancos e fundos de investimento.

Bilhões e bilhões de prejuízos, banqueiros de cabelo em pé sem ter a mínima idéia do valor consolidado do rombo no sistema. Um desconfiando do outro.

Despencam os ativos, as bolsas batem recordes de baixa e o presidente, em urgência, tem que apelar para a distribuição de dinheiro vivo para as famílias endividadas como devolução de impostos pagos. Um tipo de bolsa família de ricos.

A diferença da nossa é que as famílias americanas receberão de US$ 400 até US$ 1.600 do governo para gastarem como quiser! As empresas também terão sua verbinha.

A esperança é que a economia retome o crescimento.

Dizem os entendidos que a ajuda é pouca e veio tarde demais e que o ex-império, afundado em guerras, dívidas e incompetências vai amargar uma bela recessão.

Grosso modo é assim, Manézinho quebrou o mundo!

-“Nossa, amor, a casa caiu!”

segunda-feira, janeiro 28, 2008

Os remediados de Piedade.

Há poucos dias em conversa com amigos no banho de mar, pós natação e caminhadas, disse que estava ansioso pela chegada de meus filhos que vinham de São Paulo me visitar.

Sempre piadistas, perguntaram se eu tinha dado as passagens da viagem. Respondi que seria mais fácil eles pagarem a minha por que eram mais ricos do que eu.

Pra quê!

Imediatamente disseram que não sabiam que eu era rico, visto que ali eram todos remediados.

Em vão quis explicar que foi uma forma de dizer mesmo porque nem meus filhos são ricos e muito menos eu. Mas aí a gozação já estava armada.

Estávamos em cinco, quatro morando a beira mar em Piedade, sendo que dois em coberturas.

Não foi difícil deduzir que Piedade é o único lugar do mundo onde os remediados moram em coberturas a beira mar.

Uma delas é um latifúndio duplex com mais de mil m² com deck e piscina nos vigésimo segundo e terceiro andares, e uma vista panorâmica desde o Cabo de Santo Agostinho, ao sul, até Olinda, ao norte.

A outra, modestíssima, com mais de 200 m² e ampla varanda, tem a vista mais charmosa que já vi das praias de Piedade e Boa Viagem, esta da foto tirada com uma remediada câmara de um remediadíssimo celular.

Remediado, também eu , desfruto dessa varanda e paisagem que ilustram os Meusditos.

Bendita e remediada Piedade!

Vai dar merda!

A notícia foi publicada no Jornal do Commercio, de Pernambuco, de ontem: “Nigéria faz parceria com Jaboatão”.

Pela matéria, soube que Jaboatão dos Guararapes tem um Secretário de Desenvolvimento Econômico chamado João Correia de Araújo.
Para mim, uma novidade.

O tal João Correia, durante visita da ministra do Comércio Exterior da Nigéria, Ucha Ujulu Okeke, anunciou um investimento de US$ 100 milhões de uma indústria de confecções catarinense especializada na fabricação de jeans e uniformes profissionais.

Tamanho investimento foi viabilizado porque a ministra Ucha Ujulu garantiu a importação de 500 mil peças por mês, a US$ 14 a unidade, para revender a países como Gana e Niger; um faturamento de US$ 7 milhões por mês.

Para instalação da tal indústria, o município destinará uma área de 200 hectares, em comodato, ainda sem prazo determinado e em fase de desapropriação. A expectativa do secretário é que o investimento seja indutor de um pólo de confecções no município.

As conversações, segundo o secretário João, começaram há 90 dias.

Afirma Okeke que após dois ou no máximo três anos importando as peças, esperam atrair a fábrica para se instalar na Nigéria para seu consumo interno e exportação para outros países da África.

No final de fevereiro João Correia se reunirá com executivos do grupo, ainda não divulgado, para definir a contrapartida da prefeitura de Jaboatão quanto a obras de infra-estrutura e concessão de benefícios fiscais além, claro, de cessão do terreno.

Diz o jornal que o anúncio surpreendeu o setor têxtil do estado não só pelo volume do investimento quanto pelo valor das peças de US$ 14 a unidade, o dobro do praticado por produtores como Índia, China e Paquistão.

Se você conhece Jaboatão deve estar pensando que eu estou com brincadeira. É muito Ujulu para pouco João. Se você, realmente, conhece Jaboatão sabe que esse papo vai dar merda.

Vamos resumir a operação: há 90 dias João Correia de tal, dito secretário de desenvolvimento econômico de Jaboatão dos Guararapes, negocia com uma ainda inominada empresa catarinense, a instalação no município de uma fábrica de jeans e uniformes profissionais.

A empreitada tornou-se viável pela garantia de importação de 500 mil peças/mês dada pela Ministra do Comércio Exterior da Nigéria, Ucha Ujulu Okeke, em visita à Pernambuco.

No final de fevereiro o secretário e executivos da empresa catarinense reúnem-se para definir benefícios fiscais, doação de terreno e obras de infra-estrutura para atender ao empreendimento.
Tudo isso para, em no máximo três anos, a ministra Okeke convencer a empresa a se instalar na própria Nigéria levando a produção para lá.

Em Jaboatão não temos uma “Secretaria do Vai Dar Merda” do tipo proposto por Chico Buarque para o ministério federal, cuja função é a eterna vigilância analisando propostas do governo na tentativa de evitar grandes bobagens.

Por um motivo trivial. Tal secretaria inviabilizaria, em Jaboatão, até um simples aperto de mão.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Brisas, tornados e furacões!


Este mês tive o privilégio de receber um furacão. Na verdade não foi um furacão, foi todo um complexo conjunto de fenômenos, desde vendavais, com raios e trovoadas, até gentis brisas de primavera e gargalhadas de verão.

Todos do bem.

Imaginem um sessentão que mora sozinho com sua rotina e hábitos de monge, no silêncio de si mesmo, de repente ver seus domínios invadidos pelo que de melhor tem na vida, seus filhos.

Com suas namoradas formam um eclético grupo de simpatia, alegria e bom humor que transformaram o apartamento em que moro numa comemoração esfuziante de bem querer!

O vendaval caçula seqüestrou meu carro e se mandou para Natal e João Pessoa. Na volta encontrou seu irmão e foram para a Praia dos Carneiros, em Tamandaré. Na volta passou comigo dois dias maravilhosos, dois litros de suco de tomate, três garrafetes de H2OH e sei lá quantas cocas light. Uma verdadeira usina digestora.

Em contraponto, sua namorada Talita, com indisfarçáveis feições de Paula, é de uma tranqüilidade digna da bonança que segue as tempestades.

O ciclone mais velho, após explodir um ovo ao tentar prepará-lo no microondas, partiu para Fernando de Noronha. Na volta, enquanto aguardava o vôo para São Paulo, partilhamos tapiocas com queijo parmesão, meio litro de suco de tomate, algumas cervejas e um restinho de Coca Light.

E mais tarde, como ele diz, beliscou uma coisinha, um fejãozinho preto com arroz, farofa de ovo e frango, com total e irrestrito apoio da amada, também boa de garfo, dona de um contagiante sorriso sempre seguido de gostosa gargalhada.

Na manhã seguinte, acordei revigorado, pleno de recordações, mais feliz!

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Ói nóis na foto!

Tive uma recaída. Deve acontecer com vocês também.

Lendo os jornais, revistas e assistindo aos noticiários de TV e de alguns sites na internet, frequentemente, me vem aquela forte sensação de que somos uns otários.

Que eles são completamente dispensáveis mas que em nome de uma postura politicamente correta temos que aturá-los como um mal necessário. Pior é que eles sabem disso e disso se aproveitam.

Oneram pesadamente nossos bolsos, vivem na fartura, na malandragem, e não produzem nada que preste ou que tenha alguma importância.

Com um orçamento de mais de R$ 6 bilhões em 2007, o Congresso brasileiro, Câmara dos Deputados e Senado Federal, gastou R$ 11.545,04 por minuto. Você é capaz de citar algum projeto, lei, atividade parlamentar que tenha valido um milionésimo dessa fortuna? Não vale a CPMF que foi um freio de arrumação para viabilizar futuros achaques.

Que dizer dos cartões de crédito corporativos da presidência da república? Dados da Controladoria Geral da União revelam que dos R$ 75,6 milhões gastos em 2007, 58,7 milhões foram sacados cash em caixas eletrônicos!!!!!!

É uma lambança e uma festança de dar gosto. Lambuzam-se na nossa cara. Somos ou não somos um bando de otários?

Há muito os poderes deixaram de representar os cidadãos para se dedicarem exclusivamente a mamar nas tetas do Tesouro, discutir sua própria corrupção, cargos e interesses eleitorais.

Desde que o Lula assumiu, com a perfeita convicção de que tratava com um bando de picaretas, e diuturnamente comprova seu acerto comprando-os, cooptando-os, que perderam completamente a pouca compostura que eventualmente tivessem.

Tem figuras que embrulham o estômago. Lógico que cada um de nós tem seus ascos particulares. Eu tenho ânsias ao ver fotos de Romero Jucá, Michel Temer, o próprio Lula, Mantega, Inocêncio de Oliveira, Severino Cavalcanti, Quércia, Sarney, Sarneyzinho e a Sarney, Lobão e Lobinho, Calheiros, Ciro Gomes e família, W. Salgado e todos os suplentes e por aí vai.

É um prato indigesto essa tal de democracia. Resolvida a fome dos miseráveis via vales e bolsas, garantida a popularidade entre os coitadinhos, e muito dinheiro no bolso, dane-se o mundo.

Esse é o lema dessa corja. O pior que é a nossa cara!

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Um caos chamado Jaboatão.

Este é o prefeito Newton Carneiro de Jaboatão dos Guararapes onde “a pátria começa aqui!” Pela figura já se pode imaginar como é a administração do município.

Costumava, em campanha, doar caixão de defunto para os eleitores. Se em vida nada teve a oferecer ao cidadão a não ser lixo, miséria, corrupção e bagunça, na morte dava um apoio à família.

No primeiro mandato foi cassado ou pediu demissão para não sê-lo, não me lembro.

É uma figura no máximo folclórica que só mesmo em Jaboatão poderia ser eleito, pela segunda vez. Dizem, os de mau agouro, que se for candidato novamente será reeleito. Prefiro acreditar que não.

Jaboatão é tão caótico que mesmo pra se pagar imposto é difícil. Tem que correr atrás. Pior que prefeito e asseclas reclamam de falta de verba para uma boa administração.

Recebi o IPTU do apartamento onde moro. Creio que teve um aumento de 20% sobre o ano passado. Não conheço índice que justifique tamanha correção.

Posso afirmar com certeza que não corresponde à qualidade dos serviços prestados pela prefeitura, que continuam péssimos. A começar pela própria cobrança.

O boleto vem, como qualquer outro, dobrado, colado e com picotes. Para abri-lo, em tese, basta puxar no picotado, certo? Não em Jaboatão.

Ao abrir o boleto, os números do código de barras, para o pagamento da parcela única, por um grosseiro erro gráfico, aparecem cortados em mais da metade. Resultado não dá para lê-los.

Se você não tem um leitor de código de barras em casa vai ter que ir à agência do banco para pagar o imposto já que pela internet não dá.

Não me conformei e vi no boleto o endereço da prefeitura: www.jaboatão.pe.gov.br informando que disponibilizava serviços on line. Menos mal.

Acessei o endereço e deu num provedor que informava que o site não estava disponível porque o patrocinador havia mudado algumas condições.

Maravilha! Eu buscando uma forma inteligente de pagar um imposto e a prefeitura com problemas com seu servidor! Espero que não seja por falta de pagamento.

Teimoso, e buscando minha comodidade, insisti e apelei para o Google. Consegui entrar no site alternativo da prefeitura o www.pjg.com.br e emitir um novo boleto.

Chamou minha atenção o “pjg” do site. Parece pig. Não podia ser mais adequado.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Um ralo chamado Jaboatão.

Olhem bem esta foto. Ela apresenta o caos que sempre foi a administração do município de Jaboatão dos Guararapes, PE, com relação à suas praias: Piedade, Candeias e Barra de Jangada.

À esquerda, aparecem rochas descarregadas por 3 caminhões, a serviço da prefeitura, no meio de uma das ruas que dão acesso à praia.

Mais adiante se vê um caminhão que veio retirar um poste que caiu, graças a Deus, durante a noite quando as barracas e os banhistas já haviam se retirado.

Mais ao fundo se vê o esqueleto de um edifício, vizinho de prédios de luxo e de um badalado hotel da praia de Piedade. Vamos aos detalhes.

Em agosto do ano passado, mês de ventos fortes e marés bastante altas, o mar exagerou na dose de comer a praia e avançar na areia derrubando muros e ameaçando por em risco estruturas de prédios a beira mar.

Não foi um movimento súbito, não. O mar vem há anos avançando sobre a praia e a prefeitura, há anos, combate esse avanço criando diques de rochas e barreiras de proteção dos prédios ameaçados.

Diz-se, também há anos, que a Universidade Federal de Pernambuco tem um estudo detalhado do problema do avanço do mar no litoral pernambucano, suas causas e possíveis soluções. Se tiver, os cidadãos jamais viram dele uma única linha.

E, para quem tem tal estudo, é estranho convidarem oceanógrafos do Rio Grande do Sul para virem estudar o problema, como fizeram há uns dois meses. Nada contra os técnicos gaúchos que realmente são competentes no assunto. Mas se temos um estudo da UFPE por que continuar consultando? Porque não elaborar um plano executivo detalhado e urgente para evitar a continuada e irresponsável ação pontual de bostejadores de plantão?


Voltando às rochas. Forem descarregadas na rua, diziam os operários, “para serviços de proteção do avanço do mar”. Não devem ter encontrado serventia para elas pois continuam ali, há dois ou três meses, intocadas, dificultando o acesso à praia e abrigando ratos, baratas, lixo e cervejeiros em apuros.

Quem sabe pudessem evitar a queda do poste, a uns cinqüenta metros dali, que vem há três ou quatro meses deixando clara sua intenção. Foi aos poucos expondo sua base, despudoradamente, como cadela no cio, aos olhos de quem quisesse ver. Todos vimos, menos a prefeitura e seus fiscais de praia. Sim, temos fiscais de praia cuja principal atuação parece ser a de encher o saco dos barraqueiros por que colocaram seus guarda-sóis abertos sem clientes embaixo. Abertos sem cliente só cinco, falou?

Enquanto isso o poste caía, para gáudio dos pequenos assaltantes do patrimônio público, jogado ao ralo, como os fios, a estrutura de metal e as luminárias que, como sucata reciclável, lhes renderão alguns trocados.


Mais a frente se vê o esqueleto de um prédio que está nessa situação há mais de vinte anos! Prefeitos deixaram que o construíssem até um ponto ideal para o achaque, que valorizasse o suborno para a liberação da obra. Deu errado. Os proprietários se desentenderam e o caso rola na justiça há duas décadas. É um monumento ao desmando, à corrupção e à inépcia da justiça!

Para ser mais fiel a tudo que representa deveria ter a forma de um grande ralo, o ralo do dinheiro público, meu, seu, nosso!

Para completar, tem as barracas que vendem cervejas, refrigerantes, peixes fritos, caranguejos, caldinhos e que tais. Tudo a favor das barracas que nos oferecem o conforto de cadeiras, sombra, bebidas e petiscos.

Mas com tantos comes e bebes enchendo barrigas e bexigas, não seria de bom tom, boas maneiras, civilidade, compostura, higiene, dignidade e obrigação do poder municipal construir e manter banheiros públicos em locais da praia onde autoriza o funcionamento dessas barracas?

Evitaria que as praias de Jaboatão, além de um grande ralo do dinheiro público, sejam também um grande esgoto a céu aberto.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Lindas de doer!

Esta Medusa, em óleo sobre madeira do pintor italiano Caravaggio, foi pintada em 1598 e está exposta na Galleria degli Uffizi, Florença, Itália. Retrata a terrível górgona da mitologia grega que, além de ter serpentes por cabelo, transformava em pedra quem a encarasse. Graças aos céus foi morta e decapitada por Perseu.


A ela deve-se o nome das medusas, celenterados que vivem nas águas de superfície dos mares.

De estrutura simples, a medusa, em sua massa gelatinosa e transparente, é composta por até 95% de água e varia em tamanho, coloração e forma. Em sua parte inferior abre-se a boca, que conduz a uma cavidade gastrovascular ou celêntero, onde se processa a digestão.

É comum a medusa mover-se por contrações rítmicas pela ação de músculos circulares e longitudinais. Alimenta-se, principalmente, de peixes e mariscos.


Entre as medusas mais comuns estão a lucernária (Lucernaria campanulata); a medusa-pelágica (Pelagia noctiluca), de bela cor rosada com matizes purpúreos; a Aurélia (Aurelia aurita), que ocorre em quase todo o mundo; e a nossa famosa caravela (Physalia physalis), que, diferentemente das outras não é um só indivíduo, mas uma colônia cujos membros se especializaram para realizar distintas funções: flutuação, reprodução, captura de alimento etc.

Possuem células urticantes que paralisam suas presas. Por isso são também chamadas de urtiga-do-mar, água-viva e alforreca.

O contato casual com elas é relativamente freqüente em regiões litorâneas e produz em nossa pele uma irritação característica, acompanhada de reações mais ou menos intensas, conforme a espécie e a sensibilidade cutânea da pessoa atingida provocando forte ardência e doloridas queimaduras.

Notícias recentes me deixaram alarmado: águas vivas estão provocando queimaduras em banhistas pelo Brasil afora, de norte a sul. Em Pernambuco, lá pelos lados da ilha de Itamaracá.

Aqui, em Piedade e Boa Viagem, não bastassem os tubarões, é comum as caravelas chegarem à praia.

Porque estou abordando o tema? Por medo e por curiosidade.

Medo de me enroscar em uma caravela na minha natação diária nas piscinas dos arrecifes aqui defronte. Curiosidade porque a imprensa cita água viva como se fossem todas iguais.

Como para mim há diferenças gritantes entre elas, resolvi me informar. É isso.


Para terminar, como na China come-se de tudo, lá, esta bela Aurelia aurita, é fina iguaria.

Bom apetite!

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Os sonhadores, os endinheirados e os ricos.

Quando se aproximam sorteios milionários da loteria, a gente costuma jogar conversa fora imaginando o que fazer se ganhar a bolada, é ou não é?

No fundo, no fundo é uma forma distraída de sonhar, sem grandes compromissos.

Ontem meu filho me contava das mansões à beira da represa de Avaré no interior de São Paulo, onde ele, o irmão, namoradas e amigos, alugaram uma casa para passar o reveillon.

Ficaram maravilhados e surpresos com o padrão nababesco das casas do local. Foi mote para um papo sobre como alguns estão ganhando muito dinheiro no Brasil e no mundo.

Comentei que aqui em Pernambuco também tem uma leva de milionários, que guardadas as devidas proporções, consomem luxo no Brasil e pelo mundo afora. Lançamentos imobiliários de apartamentos caríssimos têm sido freqüentes.

A propósito citei o lançamento dos prédios da Queiroz Galvão no terreno do antigo Hotel de Boa Viagem com preço inicial de cerca de R$ 1,2 milhão. E o do Brennand Plaza, na mesma avenida, coisa para mais de R$ 2,5 milhões iniciais, se não me engano.

Disse que o do Brennand não me seduzia. Não oferece nada além de ser enorme, com projeto de prédio comercial debruçado sobre a calçada, e pecou pelo nome, Brennand Plaza. Querendo ser mais do que um edifício, foi brega, já que “plaza” não é.

Para ter o valor que imagina para o nome, deveria se chamar, no máximo, Brennand, sem aposto, coisa de suburbano endinheirado. Plaza soa assim como a presunção de alguns prédios de classe média que são batizados de Maison, Ville, Chateau.

Já os da Queiroz Galvão, principalmente o da esquina da pracinha de Boa Viagem, eu compraria, caso ganhasse na loteria. Tem seu encanto, um bom projeto e certamente terá a melhor vista da praia.

Fui repreendido. Como investir tamanha grana em um apartamento, para morar sozinho? Argumentei que falava em tese, se ganhasse na loteria.

Ganhasse quanto, perguntou meu filho? Para justificar minha gastança, chutei alto, uns vinte milhões! Ah, bom, mas mesmo assim...

Hoje lendo o jornal Valor vi uma matéria sobre a compra do último terreno a beira mar disponível na Avenida Epitácio Pessoa, na divisa das praias de Ipanema e Leblon, no Rio de Janeiro. Com impostos, o preço de compra superou os R$ 30 milhões, por um terreno de 805 m²!

Comandaram a operação, um investidor imobiliário, Marcus Cavalcanti e o Bode, Antonio Carneiro, figura carimbada no mercado de capitais. Entre suas grandes tacadas, inclui-se a venda de sua participação de 50% do Banco Multiplic para o inglês Loyds do Brasil.

Sua fortuna hoje é estimada em mais de US$ 1 bilhão. Diz que comprou o terreno porque quer morar no local, numa cobertura duplex de 1000 m² e seis vagas de garagem. Ou seja, pelo preço de suas vagas de garagem, poder-se-ia comprar quase dois andares do Brennand Plaza de Boa Viagem.

Terá ele, ainda, o direito de escolher seus vizinhos, que, por módicos R$ 12 milhões, poderão comprar um dos outros 4 apartamentos com modestos 500 m². Aliás dois, o do primeiro e o do segundo andar. Os outros dois já foram vendidos, com sua aprovação, claro.

A propósito, o prédio de seis andares, não tem nome, tem endereço: Epitácio Pessoa, 10.

E só. Sem aposto, adendo ou exclamação.

sábado, janeiro 05, 2008

Ano novo, enfim!


Já estava me desanimando. É bom presságio começar o ano com boas notícias. Esperei, esperei e nada.

A vidinha continuou a mesma. Lula resolveu tomar providências e, com sempre, já fez besteira.
Traiu acordos e criou impostos.

Não sei se vocês já se deram conta de que quando o Lula deixa as coisas rolarem, com Deus ajudando e com a economia global também, tudo vai às mil maravilhas.

Quando resolvem interferir, ele e seus políticos agregados, sai debaixo que vem merda. No primeiro mandato, viajando pelo mundo, sem tempo de se dedicar à porra nenhuma, o Brasil foi bem. Tudo que dá certo no país foi herdado do governo anterior, sabiamente mantido pela área econômica, ou proporcionado pela iniciativa privada do país e do mundo.

O que necessitava de gerenciamento como saúde, educação, segurança, transporte, infra-estrutura está uma desgraceira só. Mesmo para distribuição de benefícios, como a Bolsa Família, sua grande eleitora, vez por sempre nos deparamos com a corrupção.

Agora, auxiliado com competência por seu aspone de assuntos internacionais, Marco Aurélio Top Top, expôs o país ao ridículo apoiando a mais nova e fracassada fanfarronice do coronel de fancaria Hugo Chavez, travestido de negociador humanitário da guerrilha colombiana.

Mas deixa isso para lá.

O que quero comemorar com vocês é a melhor notícia que poderíamos ter para começar o ano: o Galvão Bueno vai se mudar para Mônaco!! Repetindo, o Galvão, vai se mudar para Mônaco!!

Já imaginou a felicidade de ouvir uma transmissão esportiva sem o Galvão? É o paraíso!

Infelizmente, como ele quer sempre ter a última palavra, pediu à Globo que o deixasse continuar transmitindo a Fórmula 1 e os jogos da seleção.

Que seja, pelo menos já sei o que não assistir!