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Local: Varanda em Pernambuco

sábado, julho 28, 2007

Flores de Pernambuco

Essas flores são de Pernambuco. Paula Baracho, a mais vibrante, 26 anos, conquistou a primeira medalha do estado nesse PAN: bronze no revezamento 4x200m, nado livre. Completou com outro bronze no revezamento 4x100m medley.

As outras, não menos belas, as helicôneas, musas, bastões-do-imperador, alpínias são igualmente pernambucanas e enfeitaram, em luminosos buquês, as mãos dos vencedores.

Mãos de Yane Marques, 22 anos, pernambucana de Afogados de Ingazeira, medalha de ouro na competição feminina do pentatlo moderno com provas de tiro, esgrima, natação e hipismo.

De João Paulo, recifense, ouro no basquete. De Bruno Santana, da fina flor do esporte olindense, ouro no handebol. De Bárbara Michelline, goleira reserva, ouro no futebol feminino.

Da sertaneja de Águas Belas, Teliana Pereira, radicada no Paraná, que em dupla com Joana Cortez ganhou bronze no tênis.

Flores tropicais resistentes como a Keila Costa, exemplo de superação, que treinou por doze anos em chão de terra batida em Abreu e Lima na região metropolitana do Recife. Ganhou prata no salto triplo e no salto a distância.

Destaque, também, para a bela e batalhadora Joana Maranhão da natação.

As flores tropicais pernambucanas, em buquês exuberantes, subiram em todos os pódios e ornamentaram todas as cerimônias do PAN.

Cultivadas por mãos igualmente vencedoras, na zona rural do município do Recife, lá pelos lados da Mumbeca, numa propriedade de 98 hectares da empresa Atlantis Flora Tropical.

E foi, ainda, de Pernambuco o frevo Vassourinhas que deu compasso para o bronze de Carol e Lara no nado sincronizado.

As flores de Pernambuco deixaram saudades!

sexta-feira, julho 27, 2007

Ai,ai,ai,ai!

Não sei não, acho que vou adiar minha viagem!

Brasil do crioulo doido!

“Não sei se tem alguém aqui que não tenha medo de avião. Eu entrego minha sorte a Deus. Entrego porque estou na mão de um comandante, de uma máquina, das intempéries que nem sempre o ser humano consegue controlar. Mesmo assim, sou medroso de andar de avião. Confesso isso publicamente porque não é vergonha de dizer que tem medo. Se pudesse pedir a Deus, pedia para ser o último acidente. Não será. Deus queira que não aconteça, mas pode acontecer em função de dezenas de coisas."

Esta frase do Lula lembrou-me o samba do crioulo doido do saudoso Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta. O crioulo doido era um personagem de ficção que compunha samba enredo para sua escola misturando informações num amontoado de non senses.

De certa forma o Lula presidente também é uma ficção. E como o crioulo doido vem, a cada dia, misturando todas e se tornando mais ininteligível.

É uma ficção criada por anos de janela de gogó, birita e carisma popular. Leva no lero.

E, convenhamos, a maioria de nós brasileiros também tem o lado crioulo doido. Misturamos os canais com a maior facilidade e freqüência.

Se o cara é craque em futebol perguntamos o que ele acha da taxa de juros. Presidente da CNBB dá palpite sobre políticas públicas. Presos fazem greve de fome porque confiscaram suas trouxinhas de maconha e bispo por ser contra a transposição do Rio São Francisco!

E como eleitores somos um sambão só. Se o cara é bom forrozeiro o elegemos deputado, e costureiro “louquíssima” com mais de 500 mil votos!

Assim, de trapalhada em trapalhada, resolveu-se que aquele sindicalista que tanto insistia em ser presidente poderia governar o Brasil.

De repente nos faltou o chão. O eleito não tinha planos para o Brasil, muito menos equipe para assessorá-lo. Excluídos o Palocci que tocou a Fazenda, como se tucano fosse, e no BC o Meirelles que tucano era, o resto só fez se encantar com o poder, com as mordomias, com as facilidades, locupletou-se e continua se locupletando com os maiores esquemas de corrupção que este desfile de sambas jamais viu!

O presidente do senado vem a público justificar propina, que embolsou, com notas fiscais de empresas fantasmas e bois voadores. Afora expor publicamente suas fornicações que deveriam ser privadas, no sentido de particulares.

Dois acidentes aéreos e seis vaias depois, Lula se perdeu, faltou-lhe a milonga, seu discurso degringolou.

E assim vamos levando com traficante viciado, puta gozando e rabino roubando!

Mas o que conta mesmo é o ritmo, alucinante, de endoidar qualquer um! E vamoquevamo!

quarta-feira, julho 25, 2007

Digamos assim...

Esta era a cara do novo Ministro da Defesa, Nelson Jobim, ouvindo o discurso do Lula anunciando sua indicação e posse.

Leia as palavras do Lula em frente a um espelho. Assim que terminar de ler mire-se e veja se sua expressão está melhor que a dele. Abre aspas:

“Não sei se tem alguém aqui na platéia que não tenha medo de avião. Eu entrego minha sorte a Deus. Entrego porque estou na mão de um comandante, de uma máquina, das intempéries que nem sempre o ser humano consegue controlar. Mesmo assim, sou medroso de andar de avião. Confesso isso publicamente porque não é vergonha de dizer que tem medo. Se pudesse pedir a Deus, pedia para ser o último acidente. Não será. Deus queira que não aconteça, mas pode acontecer em função de dezenas de coisas."

Nos tempos de sindicalista ele só fazia discurso pela manhã, de preferência às cinco horas, enquanto ainda estava a seco, digamos assim. Hoje, para sua infelicidade e mais para a nossa, ele tem de discursar quando a situação exige, mesmo já molhado, digamos assim.

Ele entrega a sorte a Deus, que não é louco de entregá-la a si próprio!

E nós?

terça-feira, julho 24, 2007

Globalizamos as antas!



Não bastasse pastarem em território nacional nossas antas federais resolveram variar o cardápio e foram, com nossa grana, se banquetear com folhas americanas.

Logo no primeiro ruminar, a primeira cagada. Registre-se que cagada de anta é uma cagada de peso. É mais ou menos uma medalha de ouro no pan-americano da merda!

Tenho a impressão que tanto desvario não pode ser coincidência. Deve ser carma.

Em primeiro lugar mandamos a caixa preta errada, a enviada não era a caixa preta, devia ser um lanchinho. Corrigida esta pequena falha, os técnicos da Aeronáutica e da Airbus tiveram a companhia de duas antas federais.

Onde já se viu enviar deputados federais para acompanhar as análises das caixas pretas do airbus da TAM de carona com os técnicos! Deve ser mais uma desavergonhada premiação na interminável maratona de imbecilidades em que se transformou o congresso nacional.

Não podia dar outra. De onde só se espera merda, só vem merda mesmo. No primeiro bostejo, iluminado pelo deslumbramento de viagem internacional, nossa anta falou demais.

O filho da mãe nem acesso tem ao prédio da NTSB - National Transportation Safety Board onde está sendo feita a análise da caixa preta e já corre para os holofotes e microfones.

Resultado teve de haver um desmentido em bloco da Aeronáutica, da NTSB e da Airbus e a anta já teve que dizer o de sempre, que foi mal interpretado.

A anta, em questão, atende por "ô esse menino!"ou por Efraim Filho. É deputado de primeiro mandato pelo DEM da Paraíba e suplente na CPI do Apagão Aéreo. Foi codecorado com os títulos de cidadão honorário de Várzea e Picuí, ambas na Paraíba.

Vocês vão pensar que é brincadeira mas é sério. Começou sua brilhante carreira cursando o primário na escola Pinochio – Visão!

Pelo jeito, mesmo na flor de seus 28 anos, sua visão já cansou, mas o currículo de Pinochio, este, marcou-o para sempre!

segunda-feira, julho 23, 2007

Contraponto

-O senhor de piercing nas narinas.

-Aê!

-Não, por Deus, o do lado com a tatuagem de estrela na bochecha!

-Aê!

-Nos momentos atuais de tanta inquietude e comportamentos espúrios, gostaria que o senhor discorresse sobre a corrupção do ponto de vista do corrupto, qual a verdadeira percepção que ele tem do descaminho, se é que tem?

-Só!

-Não lhe parece que aos olhos do devasso não existe a devassidão e que dela pode até se vangloriar mesmo frente a seus amados e diletos filhos, por exemplo?

-É tudo! Só dá babaca!

-Agora mesmo, senhor, diante dessa horrorosa catástrofe, autoridades se dão ao desfrute de gestos obscenos comemorando um suposto álibi a suas culpas, inépcia e incompetência, num indescritível escárnio frente ao sofrimento alheio, o senhor não concorda?

-É dez!

-O presidente da República, numa afronta ao povo, acoita-se por dias, fugindo de suas responsabilidades e quando reaparece discursa como se pai dos conterrâneos fosse, querendo ditar normas de comportamento para que não se julgue ninguém apressadamente! O senhor não acha que faz pouco caso dos cidadãos, que sua conduta é um achincalhe à hombridade dos brasileiros?

-O mor panaca, meu, pegô mal!

-Meu jovem senhor, seus monossílabos refletem com exatidão o que flui de seu privilegiado cérebro ou são uma super síntese de longas e trabalhadas conjecturas que talvez não queira conosco compartilhar?

-Aê!

-Sou um professor que sempre primei pela tolerância, pelo equilíbrio, mesmo diante de situações por demais esdrúxulas, sempre tive como objetivo orientar e acolher opiniões as mais diversas, no intuito de promover o aprendizado e o saber. Sinta-se, senhor, à vontade para expor seus pontos de vista sejam eles quais forem!

-Então! É isso!

-Senhor, não é de meu feitio desesperar-me, mas sua eloqüência, creio, está começando a me incomodar!

-Ih, é?

-Tenho certeza que deve existir um jeito de estimulá-lo a se descontrair, relaxar-se e dividir conosco seus pensamentos, suas ansiedades, sua visão de mundo, pois não?

-Legal!

-Quem sabe provocando seus sentimentos primevos, seu eventual código de honra ou mesmo somente seu apreço a alguém, quem sabe?

-É tudo!

-Inda que mal pergunte, o senhor tem mãe?

-Só!

-Então, pôrra!

sábado, julho 21, 2007

Esgotou-se, melancólica e patéticamente.

Imagino que esse gesto escrachado do tal Marco Aurélio Garcia, assessor para relações internacionais do Lula, refira-se ao esgotamento patético e melancólico de seu governo.

Nada, evidentemente, que o Lula tenha conhecimento já que a sala do assessor , vizinha à sua, no terceiro andar do Palácio do Planalto, comprovadamente, por investigação da Polícia Federal, não é a sua.

Garcia era um “sei lá quem” comunista, agitador, ex-asilado e fundador do PT. Até aí tudo bem. Mas acreditem, continua agitador e comunista! Acostumou-se à clandestinidade e nela opera como chanceler sem pasta do governo Lula. Jogou no colo do presidente dois primatas, Hugo Chavez e Evo Morales, os quais defende com ardor. Lula merece os assessores que tem.

Mas queria me referir, desde o início, ao Lula na TV, num discurso de derrotado, lamentando a tragédia da TAM, três longos dias após o acidente. Mais uma vez afirmando, já sem tanta convicção, que havia determinado mais um gabinete de crise para propor mudanças na segurança do tráfego aéreo brasileiro.

A cada dia e a cada pronunciamento do presidente, assessores e empresários do setor, o cidadão brasileiro vai perdendo mais e mais a confiança na segurança do transporte aéreo no Brasil. Creio que estamos chegando ao fundo do poço. Se estradas já não tínhamos, ferrovias muito menos, estamos, agora, perdendo a aviação.

Enquanto isso o tal Garcia, esse bundão travestido de diplomata clandestino, assistindo ao Jornal Nacional, comemora a eventual culpa da TAM no acidente, isentando o governo de qualquer responsabilidade, segundo sua retrógrada, esclerosada e mesquinha visão!

Não tenho nada a comemorar, mas assisto, com certo alívio, o ocaso de um desgoverno.

quinta-feira, julho 19, 2007

Pipoca Brasil

Costumo ler as crônicas de Luis Fernando Veríssimo com prazer e admiração. Hoje foi uma exceção.

Discorre sôbre a vaia ao Lula no Maracanã. Recomenda cautela à todos nós para que antes de fazermos coro às vaias olhemos para os lados para ver com quem estamos nos cumpliciando.


No caso, diz ele, estamos “com o que há de mais preconceituoso e reacionário no país o que inibe qualquer crítica ao Lula, mesmo as que ele merece”.

Estou bastante cansado de qualquer crítica ao Lula cair na vala comum do preconceito ou da reação. Os cúmplices de Lula “a qualquer custo” me causam enfado, me enchem o saco!

Desde a histriônica economista e professora Maria da Conceição Tavares que disse que o “governo Lula é um governo de merda, mas é o nosso governo”, até o Veríssimo que está indo na mesma linha.

Não tenho pelo Lula nenhum preconceito, mesmo por que acompanho sua trajetória política há décadas já tendo, portanto, tempo suficiente para ter formado um conceito em relação a ele.

Para provocar Veríssimos, vou relembrar uma passagem acontecida em 1994, quando Lula era candidato a alguma coisa, se não me engano a presidente, e Orestes Quércia afirmou que ele nunca havia dirigido sequer um carrinho de pipoca.

Lula, com uma engraçada presença de espírito, respondeu que também não tinha roubado as pipocas, insinuando o óbvio sobre o caráter de seu oponente.

O problema do Lula é justamente este, é um craque na comunicação e não tem a menor experiência e capacidade para gerenciar nada.

Afirmar isto não é preconceito é reconhecer que lhe falta qualificação e ponto.

Sem considerarmos a inépcia para o trabalho. Desde rapaz Lula se dedicou à política sindical por ser brilhante comunicador e, por entender a índole das pessoas, um ótimo negociador.

Movimentos sindicais, política, discursos, agitações e mesas de bar não são atributos suficientes para um bom gerente, um bom administrador.

O líder político, como o Lula, tem o dom de encontrar e apontar o rumo para conquistas sociais, mas isso não o credencia a gerenciar ações para implementá-las. Definir objetivos, saber cobra-los, nomear corretamente profissionais capacitados para as funções executivas requer conhecimento e prática gerencial. Lula não os tem. Detesta reuniões de trabalho para definir estratégias e táticas de governo. É incapaz de ler um plano de ação e de negócios.

Toca de ouvido. Vive de bostejo até onde a corda agüentar.

É incapaz de nomear um assessor de fora de seu círculo de amizades sem titubear quase indefinidamente. Só conhece a troca política, é incapaz de enxergar um palmo além do papo de botequim da política rasteira do compadrio e da cupinchada. Quando encurralado joga ao fogo seus amigos e assessores para vender aos incautos seu desconhecimento dos fatos mais corriqueiros, mesmo para um chefe de nação africana.

É incapaz de demitir e de tomar posições a respeito de fatos que fragilizam os poderes da República. Seu comportamento é sempre de empurrar com a barriga, com posicionamentos dúbios de apoio “ma non tropo” que possam comprometê-lo no futuro. Para quem quer ver bastam os casos de Renan, do Dirceu, do Palocci, todos amigos desde que afastados o suficiente para não contamina-lo.

O caso da tragédia do avião da TAM, é um exemplo gritante de sua incompetência para o cargo. Não soube identificar o tamanho do problema do caos aéreo, não teve autoridade junto aos responsáveis diretos para cobrar ações, omitiu-se com relação à permanência de seu ministro da Defesa, expondo um senhor provecto de invejável currículo, ao papel de bobo da corte. Bem disse o deputado Raul Jungmann, “um dia o destino comparece”.

Infelizmente o preço foi muito alto!

Voltando à vaca fria, ao comentário do Veríssimo. Outro ponto que os “com - Lula” sempre levantam é de que seus críticos são reacionários.

Que coisa mais antiga e mais inadequada. Reacionário a quê? Classicamente seria ser contrário a mudanças, defender o status quo que privilegiaria as elites, ser contra programas de inserção social, de divisão de renda, de emprego, moradia, escola e saúde dignos. Você reconhece esse discurso em todos os “programas” de partido, desde os sem vergonhas PP, PR, PTB até os bandos do PMDB, de Quércia, do MR8 e de Temer e outras sumidades , PSDB e PT.

Os partidos brasileiros não têm ideologia, tem interesses. Todos refletem com perfeição nosso povo.

Mesmo o PT que todos afirmavam ser o único com ideologia, desde que assumiu o poder em Santo André e outros santos, revelou-se o pior de todos os corruptos, da boquinha e das mordomias.

Reacionário a quê? Ao roubo, às propinas, ao aparelhamento do estado, às boiadas dos devassos, reacionário a quê, exatamente?

Voltando à divertida resposta do Lula ao Quércia em 1994, hoje ela não mais teria graça. De lá para cá parece que a única coisa que o Lula aprendeu foi mesmo a roubar as pipocas.

quarta-feira, julho 18, 2007


segunda-feira, julho 16, 2007

Os bons ares dos estádios!

Nesse fim de semana senti nos estádios esportivos o renascer da esperança.

Vi numa final com “los hermanos”, o Brasil jogando um futebol como aquele Brasil dos bons tempos, combativo, guerreiro, marcando e encurralando o adversário, ostentando sua supremacia! Sou Dunga desde criancinha, salve Dunga! Salve Brasil!

Antes desse jogo memorável, em outro estádio, o Brasil demonstrou sua inquietação. Uma vaia comportada até, mostrou que, sim, a esperança não morreu. Que a unanimidade burra, na expressão de Nelson Rodrigues, já não vinga, que ainda resta indignação em nossas veias. Revelou-se, cariocamente, que a fanfarronice tem limite, que o bostejo tem hora para acabar, que a inépcia, a incompetência, o cinismo e o cara durismo já não são sucessos nacionais!

Noutra arena, essa em Brasília, os proxenetas no poder estão com prazo de validade vencido. Nem seus asseclas têm mais como disfarçar o incômodo do corporativismo para ocultar corrupção tão deslavada.

Creio que os bons ares vão mostrar que estamos vivos e atentos e que com os novos ventos a esperança vencerá o butim!

domingo, julho 15, 2007

Sony? Tô fora!


De uns tempos para cá tenho uma incrível dificuldade de comprar qualquer coisa, seja lá o que for. Levo semanas para decidir se troco ou não o meu celular, por exemplo, que ainda é daqueles a querosene!

Quando digo semanas, digo semanas e mais semanas e mais semanas, sim porque entre uma semana e outra surgem novidades que interferem na decisão da compra e aí eu preciso começar todo o processo de novo.

Semana passada, fui pela terceira vez ao shopping me informar na Oi como me inscrever num dos seus trezentos planos de Conta Total, quanto pagaria por mês e por quanto me sairia, finalmente, meu novo celular. O Conta Total é, em princípio, inteligente. Você assina um determinado plano que lhe dá direito a tantos minutos de franquia no fixo, mais tantos no celular, outros tantos no DDD e internet ilimitada. Simples, prático e você sabe quanto vai pagar todo mês pelo seu sistema particular de comunicações!

Como não sou um cara chegado a grandes papos, muito menos pelo telefone, o que me interessa mesmo é ter uma internet banda larga e um limite amplo para chamadas locais de fixo para fixo porque sou tão conciso que, normalmente, depois que já desliguei o telefone me lembro que não falei tudo o que tinha a dizer. Tenho que ligar de novo para completar o papo.

Preciso então de um plano para várias, seguidas e brevíssimas chamadas.

Sei que não sou um cara de fácil trato quando o assunto é ir a um shopping e fazer compras. Pior, tenho um especial bloqueio de humor para conversar com qualquer pessoa que se identifique como preposto, funcionário ou dono da Telemar, hoje Oi! Chega a me dar comichão.

Voltando ao shopping. Estava eu conversando com o vendedor num quiosque da dita cuja, inclinadíssimo a fechar a compra, quando ele me informa que para cada linha de telefone que eu assinar terei um desconto de R$ 200,00 na compra de um novo aparelho. Me animei.

Uma linha fixa e outra móvel abatia R$ 400,00 no preço do celular. Como eu queria um Sony Erickson de R$ 500,00 pagaria R$ 100,00 e estávamos conversados. Quando íamos fechar o negócio pedi para ver o aparelho. Procura daqui, dali e nada. Tava em falta, mas não me preocupasse que pediria um para amanhã. A venda começou a balançar.

Qualquer vendedor iniciante sabe que no momento de fechar negócio não pode passar nem mosca por perto, tudo tem que estar na ponta dos cascos, é tirar a nota fiscal e meter a mão na grana! Como não tinha o aparelho que eu queria estiquei um pouco a conversa, pedi que repetisse as condições.

Enquanto repetia notei uma piscada nervosa no seu olho esquerdo. Sugeri: como já tenho as linhas, fixa e móvel, poderíamos adiantar o negócio preenchendo o contrato. Pra que! Se eu já tinha as linhas seria uma migração para um novo plano e, portanto, não teria o desconto na compra do aparelho. Mas como? E se eu comprar uma nova linha e cancelar a atual? Aí tem o desconto, disse exultante! Virei às costas e fui embora.

Este papo me custou outras duas semanas de postergação da compra do celular.

Aí, um dia, o pior aconteceu. Ouvia o Jornal da Band quando o Boechat informava sobre aqueles veadinhos que espancaram uma doméstica no Rio com a inacreditável justificativa de que pensaram tratar-se de uma prostituta! Ao final da reportagem exibiu, indignado, um game da Sony em que a competição era justamente essa: quem matasse mais prostitutas na rua ganhava o jogo!

Juro que me senti ultrajado.

Uma porra de uma multinacional do entretenimento mundial vende games onde o objetivo é matar prostitutas na rua e essa aberração é consumida por jovens e até mesmo crianças em qualquer Lan House do país. E ninguém toma qualquer providência!

Onde anda a Justiça que manda a Polícia Federal prender bicheiros, bingueiros, ladrões, empresários e políticos corruptos e não manda fechar essa merda de empresa e outras similares no Brasil, jogar no lixo esses games e prender todos os responsáveis por essa excrescência?

Li aqui na internet alguns proto-imbecis “justificando” que o joguinho não é de matar prostitutas, mas quaisquer pessoas na rua e também prostitutas!

Olha é de amargar! Não posso me livrar dos imbecis, mas, certamente, não comprarei mais nenhum produto da Sony.

Lá vou eu começar tudo de novo. Para garantir comprei uma bateria usada do meu velho celular que, espero, dure algumas semanas até que eu tome fôlego para uma nova ida ao shopping!

sexta-feira, julho 13, 2007

A galinha sofre, mas bota! O Lula, não!


Sabe quando o Lula aparece logo cedo com aquela cara de mala mal arrumada de quem já tomou uma para rebater o porre de ontem? Pois é. Ontem no Recife ele estava no ponto.


Em discurso no Teatro Guararapes anunciou R$ 1,3 bilhão do PAC para obras em Pernambuco. Só alegria!

Começou o improviso aspergindo perdigotos e falando na sua infância de pobreza em Caetés, sofrida como de tantos conterrâneos. Neste momento vê na platéia o Severino Cavalcanti, de triste memória, e emenda de primeira, “Tá aí o Severino que sabe bem o que é sofrer com o preconceito das elites”. Bela referência! Logo ele ex-presidente da Câmara, rei do baixo clero, que renunciou para não ser cassado por extorquir um mensalinho do arrendatário do restaurante daquela casa! A platéia dos "sem mensalinho" aplaude freneticamente.

Continuou, suando aos pingos, a distribuir preciosidades.

Falando em saneamento básico disse que eram obras invisíveis que muitos políticos delas se esqueciam para priorizar obras onde pudessem colocar o nome do fulaninho, seu cupincha, e tirar foto para campanha! Ao seu lado, com a devida cara de bunda, exibindo um sorriso amarelíssimo, o prefeito do Recife, João Paulo que numa das obras mais controvertidas de seu governo, batizou, sob protestos generalizados, um parque a ser construído em Boa Viagem com o nome de D. Lindu em homenagem à mãe do presidente. Os "com foto" foram ao delírio!

O espetáculo estava divertidíssimo, nada freava a inspiração presidencial. Seguiu dizendo que “o nordeste não pode continuar sendo exportador de pobres. Não queremos ser só pedreiros, queremos ser engenheiros, médicos, daí por que temos que investir na formação de doutores nas universidades”. A galera dos "sem pedreiros", urrava em êxtase!

Continuou triunfante criticando a burocracia que criava tantas dificuldades que era mais fácil uma galinha botar um ovo do que um investimento ser aprovado. “Ela sofre, mas bota o ovo. Aqui a gente sofre, mas o ovo não sai!” Os burocratas pululavam em excitados cocorocós!

Lula e a patuléia estavam impagáveis. Adoro quando ele toma umas!

terça-feira, julho 10, 2007

Escroto!

Disse hoje o Renan que aqueles que quiserem tomar sua cadeira de presidente do Senado deverão sujar as mãos deixando claro que imagina estarem agindo como oportunistas.

Vamos, nós, deixar de firula e mandar esse indivíduo de volta ao aconchego de seu rebanho.

Se alguém sujou as mãos foram os que deram tapinhas em suas costas quando acusado por reportagem da Veja.

Emporcalharam-se desavergonhadamente, entre eles o senador por Pernambuco, Marco Maciel, que sairia ganhando se continuasse calado e ausente como é de seu feitio.

Toda essa encenação de ter ou não dinheiro para pagar a pensão, ter bois e vacas no pasto ou no abraço, é irrelevante e protelatória para o julgamento político de falta de decoro.

Usar um lobista de empreiteira para pagar suas contas, mesmo as mais triviais, já caracteriza falta de decoro.

Mesmo que o tal de Gontijo fosse apenas um estafeta, um office-boy, um menino de recado, sendo empregado de um grande fornecedor do governo não poderia jamais pagar contas do presidente do Senado do Brasil! Muito menos à ex-amante, despesa de absoluta intimidade do dito cujo!

É simplesmente um escândalo e um escárnio à Nação! Se é que se pode lembrar de Nação falando de tão baixa escrotice!

Faz tempo que não fico indignado, estava me fazendo falta.

Mais ainda pelo mau gosto da Mônica.

segunda-feira, julho 09, 2007

Equívocos

Gontijo estava com um problemão.

Mônica, uma jornalista belíssima, gostosona mesmo, acabava de lhe comunicar que estava grávida, que maçada!

Casado, diretor de grande empreiteira, com trânsito pelas altas esferas de Brasília, amigo de poderosos, ameaçado pela amante que prometia por a boca no mundo se ele não assumisse a paternidade de seu filho!

Extremamente inconveniente, constrangedor.

Não poderia expôr-se assim, pulando cerca, ainda mais com uma jornalista de pequeno alcance que teria muito a lucrar com um bom “disse que disse” em Brasília, capital da fuleragem.

Bem verdade que de início, quando a chama da paixão falava mais alto, não tiveram pudor de se exibirem em jantares a dois em restaurantes badalados da cidade com indisfarçáveis carícias, caras e bocas.

Mas isso era normal na República. Era um executivo fazendo média com a imprensa, defendendo os interesses de sua empresa. Corriqueiro, banal.

Mas, pôrra, a filha da puta querer gritar ao mundo que estava prenha de filho seu, era demais!

Os empreiteiros, seus chefes, tão orgulhosos de sua dignidade profissional, da atuação absolutamente sem mácula, ilibada, impoluta da empresa, não iriam ver com bons olhos a exposição pública de seu executivo.

No particular, certamente, dariam tapinhas cúmplices em suas costas, piscariam o olho numa clara reverência à conquista tão deliciosa!

Mas, em público, não, iriam renegá-lo e eliminá-lo do quadro de funcionários, uma afronta aos dogmas e padrões de empresa tão respeitável!

Desesperou-se, não sabia a quem recorrer!

Engraçado, tantos favores já prestara a seus amigos em Brasília e, agora, numa hora tão delicada para seu futuro, não sabia a quem confiar um pedido de ajuda! Prestara favores até, digamos, escusos, como um dinheirinho aqui, uns jantarzinhos ali, e até mesmo grandes boladas para grandes contratos. Riam-se lembrando a revista “Pequenas empresas, grandes negócios”, com eles não, eram grandes boladas para grandes negócios! Divertiam-se!

Mas esse pessoal, sabe como é, enquanto está tudo limpo são amigos de fé, desde criancinha, mas turvou um pouco a água e fogem como o diabo da cruz. Amigos, quem os tem em Brasília? Só interesses.

Num lampejo lembrou-se do Calheiros, esse sim amigo, já tantas vezes testado e aprovado. Dera a ele uma fazendola em Alagoas com algumas reses e ele liberara uma emenda no orçamento federal para o porto de Maceió que valera um grande contrato para a empresa.

Esse não lhe faltaria. Ligou para o amigo, implorou, chorou, prometeu mundos e fundos, prometeu-lhe um futuro nababo não só para ele, mas para seus herdeiros, pelo amor de Deus me ajude!

Calheiros, no que seria sua última fraqueza como poderoso da República, constrangido, aquiesceu. “Calma Gontijo, deixa que eu assumo a criança!”

sábado, julho 07, 2007

O Brasil cafajeste

Respire fundo e tape o nariz.

O presidente do Senado é acusado de falta de decoro parlamentar por utilizar um lobista de empreiteira para pagar suas despesas pessoais com a ex-amante, mãe de sua filha, e de ter falsificado documentos de venda de gado para comprovar uma renda sequer declarada no seu imposto de renda.

O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha, é processado no Supremo Tribunal Federal por estelionato e formação de quadrilha.

Tá bom ou quer mais?

O senador Joaquim Roriz foi pego descontando um modesto cheque de 2,3 milhões de um empresário, pai do dono da Gol, para pagar metade da bezerra “Miragem” de R$ 300 mil e aparentemente ficou com o troco e dividiu com comparsas, entre eles o ex-presidente do Banco Regional de Brasília, preso por suspeita de corrupção.

O suplente do Roriz, Gim Argello, que não teve um voto, é ex-deputado distrital e é acusado de causar um prejuízo de R$ 1,7 milhão à Câmara Legislativa do Distrito Federal além de responder a denúncias de que teria recebido propina.

O ex-presidente do Conselho de Ética do Senado, Sibá Machado, também é um sem-voto, suplente da Marina Silva. O ex-relator do processo no Conselho contra Renan, o Cafeteira, vulgo Epitáfio, quis arquivar o processo contra o amigo, ficou contrariado com a oposição à sua desfaçatez, passou mal e foi internado, babando na gravata, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Seu substituto, Wellington Salgado, o breve, também é suplente, não teve um voto e renunciou dois dias depois de assumir, indignado por adiarem a votação do relatório que havia herdado do Cafeteira.

Renan continua peitando a população, os senadores, o congresso e diz que não arreda pé da presidência do Senado.

Enquanto isso no planalto, Lula continua negociando cargos do segundo escalão, não só por que gosta, mas chantageado por deputados e senadores. Com sua voracidade, o PMDB, através do deputado Eduardo Cunha, relator do projeto de emenda constitucional que prorroga a vigência do CPMF, desde o fim de abril, não acha tempo para apresentar o relatório pressionando o presidente para nomear Luiz Paulo Conde para presidência de Furnas!

“Se não houver acordo, a bancada ruralista vai obstruir as votações da CPMF. Não tem conversa!” Com esta respeitosa frase o deputado Abelardo Lupion do Paraná ameaçou o Planalto para que conceda, mais uma vez, a rolagem da dívida dos ruralistas que já beira os R$ 40 bilhões além de um descontinho de 30% nos valores vincendos neste ano!

Na maré de toma lá dá cá, Lula nomeou para a CEF um apadrinhado do Roriz, membro de sua quadrilha, Carlos Antonio de Brito, ex-diretor do Banco Regional de Brasília, sob investigação da Polícia Civil do Distrito Federal.

Em cerimônia de recepção da tocha pan-americana, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou que "tem muita gente que acha caro" o gasto do Pan, mas disse que “o evento servirá como credencial para a realização da Olimpíada no Brasil no futuro.”

Os custos do Pan já excedem em 793,72% o orçamento de 2002, quando o Rio apresentou sua candidatura: de R$ 414 milhões para R$ 3,7 bilhões!!

Com o histórico deste Brasil cafajeste, após o pipocar dos fogos comemorando nossas medalhas no Pan, o que mais você acredita que vai estourar no Rio de Janeiro?

De bunda prá lua!

Li dia desses no jornal a origem da expressão “nascer de bunda para a Lua”. As crianças nascem de cabeça, isto é, a cabeça é a primeira a sair, como se a se certificar que está em segurança. Quando o parto é feito com a bunda em primeiro lugar é necessária muita perícia médica e muita sorte para a criança nascer viva e feliz. Daí presumir-se que os nascidos nesta posição já nascem com sorte.

Lógico que tem os que ao nascerem já blefam. Querendo logo de saída ludibriar o médico e os parentes de que ali está uma criancinha de sorte, engana por alguns segundos mas logo se nota que ali nasce uma criança com uma tremenda cara de bunda. Acaba penalizada duas vezes pela afronta. Primeiro que não terá a sorte que simulou que teria e segundo que vai ter de viver com aquela cara para o resto da vida!

Mas a expressão me veio à cabeça por que tem gente que realmente tem muita sorte. Ganham 200 vezes na sena, Land Rover de amigos, jet ski, viagens, mensalões, vivem relaxados e gozando, são admiráveis!

A gente aqui na planície sonhando com um simples terno na “dupla sena” e nada. Minto, há mais de vinte anos jogo na sena os mesmos números. Um dia, fiz um terno! Levei R$ 74,29! Foi um prazer indescritível! Mesmo assim a moça da lotérica disse que não tinha troco se eu podia deixar por R$ 74,25! Feliz que estava, deixei pra lá!

Imagine ganhar um aviãozinho, por exemplo. O restaurante Montana Grill, se não me engano do Chitão e do Chororó, vai sortear um pequeno avião em comemoração a alguma coisa que não me lembro. Assim não há a menor chance de eu ganhar, afinal só ganha quem joga é ou não é? Não! Tem gente que nem joga e ganha. Vejam o caso do Roriz, por exemplo.

Lógico que ter amigos ricos já é um bom começo para se ter sorte, principalmente quando se é político. Parece que a sorte persegue certo tipo de político. São normalmente políticos de muita fé, muita oração, sermões, crentes em Jesus, outros na Virgem Maria, penitentes, de ir à missa aos domingos, este tipo de político.

Voltando ao Roriz. Um dia surge uma oportunidade de ouro para ele comprar metade da bezerra “Miragem”, filha de campeões, por míseros R$ 270.000,00. Logo neste dia Roriz estava de caixa baixa. Não se apertou, ligou para o amigo de missa Nenê Constantino, empresário extremamente bem sucedido, explicou o caso e perguntou se ele não podia ajudá-lo. Seu Nenê não iria negar esse favor ao amigo de tantos pais nossos e aves marias.

“Olha Joaquim, por coincidência, estou aqui com um cheque, manda buscar. Tá em meu nome, mas já mando endossado, vai ao banco e desconta.”

Roriz, exultando de alegria, manda buscar o tal cheque. Quando recebe fica surpreso com o valor, R$ 2,3 milhões!

Mais que depressa, liga para o amigo Nenê:

“Nenê, o cheque é de mais de dois milhões, o que eu faço?“

“Ah, Joaquim, não estressa, pode ficar com o troco!”

Caraca, que sorte danada! Este, creio, nasceu com duas bundas, a real, que certamente veio à frente, e a outra, na cara, com a qual se passa por vítima para seus fiéis eleitores! Vôte!

terça-feira, julho 03, 2007

Custo Brasil

Quando se fala em custo Brasil logo se pensa nas taxas de juros, as mais altas do mundo, na carga tributária, idem, e na nossa precária infra-estrutura com estradas intransitáveis, portos inoperantes e caríssimos e o tão em moda caos do transporte aéreo. Pouca atenção se dá aos prosaicos custos do dia a dia como o trânsito que consome humores, energia e infindáveis horas de trabalho.

Chico Anísio contava em um de seus shows, há vários anos, quando ele ainda tinha graça, o imaginário lançamento de uma astronave tripulada brasileira. Tudo dava errado, desde o atraso do astronauta, que chegava numa Kombi velha, até a falha dos motores propulsores. Aí começava a parte mais engraçada quando chamavam um mecânico para ver se dava jeito no defeito. Ele chega olhando, medindo a situação e dizendo a mais temida frase tão conhecida dos cidadãos brasileiros, o famoso “Deixa comigo!”. Lógico que só dá merda!

Você, certamente, já teve seu dia de sorte de levar o carro para a oficina, aquela recomendada por um amigo, de total confiança e preço bastante camarada. Para fugir das autorizadas que cobram a hora de mão de obra mais cara que uma assessoria da Nasa, você leva seu possante para a tal oficina. Algumas vezes dá certo, mas na maioria das vezes você tem que retornar após ter trocado a parafuseta do bigorrilho e o carro continuar com o mesmo defeito. É ou não é?

E seu micro, já deu “pau”? Seu técnico soube, alguma vez, dizer qual o problema ou teve que ficar com o micro em teste por três a quatro dias para dar um veredicto? Mudou a fonte, a placa mãe e na hora que você o reinstala em casa ele, simplesmente, se recusa a ligar?

Seu encanador é bom? Na última intervenção do meu, o banheiro e o quarto da suíte ficaram inundados. E o chuveiro continuou pingando. Voltou no dia seguinte para refazer o complexo e dificultoso procedimento de trocar uma buchinha.

Aqui em frente têm uns postes altíssimos para iluminar a praia, mas normalmente as lâmpadas não acendem. Sexta-feira vieram consertar. O funcionário da companhia de eletricidade é, antes de tudo, um acrobata. Como não tem escada que alcance as lâmpadas, sobe por uma puxando outra que apóia na primeira, amarra sua parte inferior no poste, sobe equilibrando-se e quando chega em cima amarra a parte superior para ficar seguro fazendo o serviço. Com tamanha performance circense não poderíamos esperar que também soubesse consertar luminárias! Não ficam acesas por mais de quarenta minutos! Voltaram hoje, segunda, já que fins de semana não trabalham. Estou certo que esta noite teremos mais alguns minutos de iluminação!

Agora vem o melhor. Todo dia ao ir dormir você pode ter o sono dos justos. Sim, porque você, assim como todos os brasileiros, patrioticamente, contribui para pagar o custo diário de R$ 6.466,00 de seus deputados, estadual e federal. É verdade! Cada deputado estadual custa aos contribuintes R$ 1.147.152,90 por ano de mandato e o federal R$ 1.213.217,94, ou seja, R$ 6.466,00 por dia! Por dentro, bem entendido. Somados o gado, as bezerras, as ambulâncias, as amantes e os mensalões, perde-se a conta! E, convenhamos, o serviço prestado não é nem melhor nem pior que o dos eletricistas. É nenhum!

É a única classe que não diz o temerário “Deixa comigo!”. O refrão aqui é outro, “Não tenho nada a ver com isso!”. Não sabe, não viu, nem ouviu.

Enquanto isso, e apesar disso, para inveja do Renan e do Roriz, a Friboi, brasileira, comprou a Swift, americana, e se tornou a maior empresa frigorífica do mundo com capacidade de abate de 47 mil cabeças de bovinos por dia!

Acredito que poderia nos dar uma grande ajuda abatendo algumas raposas e tantas antas aboletadas nos poderes da República!