Meusditos

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Local: Varanda em Pernambuco

quinta-feira, outubro 28, 2010

O latão e os sujões

A Globo Nordeste em seu jornal “NETV primeira edição” lançou uma oportuníssima campanha contra as pessoas que jogam lixo nas ruas. A má educação geral é de espantar. O camarada passa ao lado de uma lixeira e com o maior pouco caso joga o lixo ao lado dela na rua.

Aqui perto de onde eu moro tem uma pequena birosca que serve comida chinesa, regional e alguns aperitivos. Ontem, tomava lá uma cervejinha quando o cozinheiro veio limpar uma mesa ao meu lado, pegou dois palitos e um guardanapo usado e jogou-os no chão na calçada em frente de seu restaurante.

Não resisti e falei: “meu camarada não faça isso”. Encabulou-se pediu desculpas e catou o que havia jogado.

Hoje no NETV o repórter Sérgio Borges durante matéria do latão chamou a atenção para os “quase cidadãos” que ao lado da lixeira jogam o lixo na rua chamando-os de “sujões”.

Esse tratamento é um achado. Com a audiência da Globo se o mote pega tenho certeza que o pessoal vai começar a se mancar e os “cidadãos por inteiro” vão começar a reagir aos sujões.

Não é a primeira boa campanha do NETV que presta, sempre, um ótimo serviço de utilidade pública. Como nas outras, torço para que esta também dê certo!

domingo, outubro 24, 2010

Sem compostura

O que mais me incomoda no Lula não é o Lula, somos nós brasileiros. Explico.

Com oito anos de governo, uma viagem por mês, contato com líderes de todo o mundo, ele consegue ser impermeável à dignidade que um presidente deve ter, à compostura de um chefe de estado, à liturgia do cargo, enfim.

Mesmo assim nós conferimos a ele 80% de popularidade. Parece que somos fãs ardorosos do cafajestismo. Mestre em nivelar o Brasil por baixo, por indecências, roubalheiras e tudo justificar, relativizar.

Esta sua última intromissão na campanha de sua candidata foi de um primarismo digno de torcidas organizadas em fim de jogo "coringão e parmeira", todos bêbados.

Senti uma enorme vontade de voltar atrás em minha posição e não mais votar. Participar dessa baixaria não é um ato cidadão. É quase uma conivência com o que há de pior no Brasil.

Ao invés de festejarmos nossa democracia temos que lamentá-la. Graças a um presidente que se porta como chefe de quadrilha.

segunda-feira, outubro 18, 2010

O "menos pior".

Tenho o privilégio de receber emails de amigos “pró Serra”, “pró Dilma”, “pró Marina” e até “pró porra nenhuma”.

Confesso que com o frangalho em que se encontram nossas instituições vez por outra me pego simpatizando com o “porra nenhuma”. Mas há tempos já me convenci que votar branco ou nulo não é opção, visto que alguém será eleito. Acostumei-me, então, com a teoria do “menos pior”.

O que acho graça nos emails que recebo é que, invariavelmente, declaram preferências e buscam para elas fundamentos. Não há uma análise isenta da situação do país e de sua inserção no mundo que, então, levem à sua opção.

São sempre preconceitos em busca de razões.

Os “pró Dilma”, normalmente são nordestinos, burgueses da burocracia estatal e da estabilidade e os “intelectuais” de sempre. Atacam a privatização e a volta ao capitalismo selvagem, seja lá o que isso signifique. Desde sempre não tivemos nenhum presidente que mudasse o capitalismo, selvagem ou não. Lula só se elegeu porque em carta aberta ao povo brasileiro declarou respeitá-lo e teve a sabedoria de manter os fundamentos econômicos de seu antecessor nomeando, inclusive, um tucano para chefiar o Banco Central.

Quanto a privatizar ou aparelhar o estado e as empresas estatais opto firmemente pela privatização.

Para reforçar minha posição cito o próprio Lula: “O que não podemos aceitar, e nenhum brasileiro devia aceitar, é que o servidor público fique 90 dias de greve e receber por isso”. Segundo ele, ao fazer greve, o trabalhador sabe que há um sacrifício a ser feito pelo que se pleiteia. “Ficar em casa 40, 50, 90, 100 dias não é greve. É férias”, concluiu com sua peculiar gramática.

Os nordestinos expõem, também, um claro preconceito contra “o paulista e essa gente do sul”, companheiros de FHC. Como se isso fosse algum pecado e não um privilégio pertencer à um grupo em nada parecido com mensaleiros, aloprados e traidores.

Os “pró Serra” tentam desconstruir a Dilma como inexperiente, arrogante e mandona. Convenhamos que não é uma tarefa difícil já que, realmente, a candidata só teve sua biografia um pouco conhecida depois de escolhida pelo Lula. Mas o exagero é tanto na campanha que dá a impressão que o fantoche foi o Lula e que a candidata era quem tocava o governo!

Para mim ela ainda é uma incógnita.

Os “pró Marina”, entre os quais me incluí no primeiro turno, desejavam um voto no novo, longe das safadezas da política atual. Um voto na história da candidata, sua honestidade, seu programa e firmeza de propósitos. Torço para que os candidatos que disputam o segundo turno abracem algumas de suas causas, principalmente, a urgente prioridade ao saneamento básico.

Estamos chegando, enfim, à hora da escolha.

Para começar sugiro que entendamos que o mundo e o Brasil evoluem, são governos que se sucedem e com eles políticas sociais e econômicas. Nenhuma nasceu num determinado governo e foi totalmente esquecida pelo sucessor. Isto é mais verdade desde Itamar quando lançou o plano real, melhorado pelo Fernando Henrique e mantido pelo Lula.

A estabilidade econômica foi o grande trunfo da política social para os mais pobres e não as bolsas de assistência também iniciadas no governo de FHC. Proporcionou um crescente poder aquisitivo da população mais pobre. Junto com ela os bons ventos da economia mundial e os investimentos que aportaram ao Brasil, justamente por sua estabilidade política e econômica, gerando emprego e renda.

Escolher Dilma tem o risco dela se parecer mais com o que há de pior no PT como os mensaleiros do Zé Dirceu, Erenice Guerra, seu braço direito e os porra- loucas do Marco Aurélio Garcia e Franklin Martins e menos com seu patrono o Lula que pode ter muitos defeitos menos o de não ter uma visão política invejável, apesar de, ultimamente, ter exagerado na dose, ou nas doses, e esculhambado as instituições da República, principalmente a Justiça Eleitoral.

O Serra é antes de tudo um chato (aí vai minha dose de preconceito). Mas é competente e experimentado. O risco é querer dar uma reviravolta na política econômica e arriscar nossa estabilidade. Desde o governo de Fernando Henrique queria ser Ministro da Fazenda e, talvez por seu voluntarismo, tenha sido barrado. Mas é, no mínimo, conhecido.

No que os dois candidatos tem se igualado é na campanha eleitoral que parece, por suas mentiras e promessas, como dirigidas a um povo semi-analfabeto e sem nenhum discernimento com relação às baboseiras que apresentam. O chato é que, infelizmente, talvez tenham razão.

Afora a questão religiosa e com relação ao aborto. Religião não é assunto de estado que é laico e o aborto é, no máximo, assunto para o Legislativo. Pelo primarismo e hipocrisia, nego-me sequer a tecer comentários. Deixo a tarefa para as “donas Candinhas” de plantão.

O maior desafio e perigo, mesmo, será administrar o legado da política fiscal do Lula e o cuidado que a economia internacional ainda requer. Para isso o “menos pior” é o Serra.

Como não vou convidá-lo para tomar um chopinho não importa se é chato ou não. Só espero que faça um bom governo.

sexta-feira, outubro 08, 2010

Brasília e a superbactéria

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal já confirma que 108 pacientes, em dezessete hospitais públicos e particulares, foram contaminados pela superbactéria.

“A medida mais importante, tanto dentro dos hospitais quanto na comunidade, seria a higienização das mãos com álcool a 70%. Por incrível que pareça, é a medida mais simples, eficaz e que salva vidas”, explica Julival Ribeiro, médico infectologista.

Para mim não é nenhuma novidade. Nunca fui à Brasília sem levar comigo um potinho de álcool a 70%.

Só para garantir.

domingo, outubro 03, 2010

A eleição e os palhaços!

Pensei comigo, coitado do cara isso é nome que o pai dê para um filho? É que tem um candidato a deputado federal aqui em Pernambuco que se anuncia Anta!

Fiquei curioso e fui pesquisar o fulano. Descobri que Anta é o apelido, seu nome é José Antão da Silva Filho. Poderia ter escolhido Zé da Silva muito em moda hoje em dia. Até o Serra já quis ser o Zé. Mas não. Escolheu Anta. Deve ter suas razões, mas sejam quais forem certamente combinam com sua preferência.

Outro que se destaca é o Clóvis Correa. Aparece dizendo que só tem 10 segundos para falar, “o que é um absurdo”! Ao invés de escolher um tema, ou temas, como ”tudo pelo saneamento básico”, “educação exige bons salários”, ou “segurança anda um caos” escolheu colocar um boneco que parece chinês dizendo “Correa neles!” Deve ter se achado o máximo e extremamente criativo.

Tem também os “hors concours”: o democrata cristão Eymael que acena para o espaço e o tal de Levy Fidelix para quem depois dele o Brasil nunca mais será o mesmo. E o cansativo “não vote em burguês, vote 16” do "famoso" partido PSTU.

O tal do Tiririca, em São Paulo, até que não é uma aberração. É um protesto que se leva a sério e vai mamar um bom dinheiro da viuva dos impostos que pagamos, inclusive de seus eleitores.

Afinal quem é o palhaço, êle ou nós?

Os mestres de cerimônia do picadeiro certamente foram os ministros do STF. Não decidiram a lei do ficha limpa e conseguiram decretar que o único documento que não serve para votar é.... o título de eleitor!

Viva nós!!!!