Rica e louca!
Saímos do Recife no vôo da TAM de uma hora da tarde. Pousamos em Guarulhos, São Paulo, às 16,15 .Meu filho havia deixado seu Honda Civic no estacionamento do aeroporto para agilizar nosso regresso à casa do meu outro filho no Campo Belo, ironicamente, próximo ao aeroporto de Congonhas. Foi outra viagem.
Entre marginal do Tietê, Avenida 23 de maio e outros poucos quarteirões foram outras duas horas. Chegamos em casa às 18,30.
Não fosse a companhia do meu filho e o conforto do carro eu teria ficado louco. Não só com o trânsito se é que se pode chamar de trânsito o que mal transita. A alucinante presença dos motoqueiros trafegando a 80, 90, cem km por hora entre os carros é um absurdo inaceitável. Não é a toa que morre nas avenidas um motoqueiro por dia.
Fiquei impressionado com a calma de meu filho que como todos os paulistanos não teve e não tem outra opção senão a de conviver com o caos.
Dia seguinte, um sábado, abro o jornal e me deparo com uma quantidade de anúncios de lançamentos imobiliários colossal. Não só prédios, mas novos bairros inteiros com casas e prédios onde a rede viária já não suportava o trânsito de 20 anos atrás!
São Paulo enlouqueceu. Não há a mais remota chance de recuperação.
Não fosse a companhia do meu filho e o conforto do carro eu teria ficado louco. Não só com o trânsito se é que se pode chamar de trânsito o que mal transita. A alucinante presença dos motoqueiros trafegando a 80, 90, cem km por hora entre os carros é um absurdo inaceitável. Não é a toa que morre nas avenidas um motoqueiro por dia.
Fiquei impressionado com a calma de meu filho que como todos os paulistanos não teve e não tem outra opção senão a de conviver com o caos.
Dia seguinte, um sábado, abro o jornal e me deparo com uma quantidade de anúncios de lançamentos imobiliários colossal. Não só prédios, mas novos bairros inteiros com casas e prédios onde a rede viária já não suportava o trânsito de 20 anos atrás!
São Paulo enlouqueceu. Não há a mais remota chance de recuperação.
Se num passe de mágica a administração da cidade não mais dependesse dos políticos e um grupo de extraterrestres definisse um correto planejamento para a cidade e sua primorosa execução, mesmo assim São Paulo teria de parar, ser redesenhada, parcialmente demolida, reconstruída, coisa para os próximos 50 anos.
Por outro lado, São Paulo respira sucesso. Obras monumentais, o melhor das artes do país, uma orquestra sinfônica que paga R$ 100 mil mensais ao seu dirigente maior que a colocou no topo das orquestras mundiais, o melhor do teatro, cinema, música, shows, gastronomia!
É um paradoxo. Com aproveitar o melhor dos mundos sem o estresse do simples ir e vir? Só mesmo sendo um dos incontáveis bilionários e neo-bilionários da cidade que usam helicópteros para visitar o vizinho, carros blindados e seguranças para garantir a vida e o bolso. São Paulo enlouqueceu.
O que salva, em parte, é que não existe uma São Paulo, mas várias. Ainda existem bairros aprazíveis, calmos, de boa vizinhança, com pequenos e bons bares e restaurantes, bons para morar.
Por outro lado, São Paulo respira sucesso. Obras monumentais, o melhor das artes do país, uma orquestra sinfônica que paga R$ 100 mil mensais ao seu dirigente maior que a colocou no topo das orquestras mundiais, o melhor do teatro, cinema, música, shows, gastronomia!
É um paradoxo. Com aproveitar o melhor dos mundos sem o estresse do simples ir e vir? Só mesmo sendo um dos incontáveis bilionários e neo-bilionários da cidade que usam helicópteros para visitar o vizinho, carros blindados e seguranças para garantir a vida e o bolso. São Paulo enlouqueceu.
O que salva, em parte, é que não existe uma São Paulo, mas várias. Ainda existem bairros aprazíveis, calmos, de boa vizinhança, com pequenos e bons bares e restaurantes, bons para morar.
Mas para desfrutar tudo o que a cidade oferece tem que circular, não há solução. Para mim é um preço alto demais.


